Caso De Ensino De Marketing Social: Uma Parceria Entre A Administração Pública E Uma Empresa De Comunicação
Dissertações: Caso De Ensino De Marketing Social: Uma Parceria Entre A Administração Pública E Uma Empresa De Comunicação. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: bobi • 7/10/2013 • 2.991 Palavras (12 Páginas) • 871 Visualizações
1. INTRODUÇÃO
Importantes mudanças podem ser observadas no cenário econômico do Brasil no que diz respeito ao mercado de trabalho. Dentre essas mudanças, destaca-se a participação feminina cada vez mais ativa e essencial. Apesar de ainda enfrentarem muitas dificuldades para sua inserção, permanência e ascensão no mercado trabalhista, as mulheres têm conquistado seu espaço de forma competente. A entrada das mulheres na força de trabalho constitui uma conquista, concretizada ao longo dos anos, fruto de intensas lutas e conscientização.
No entanto, muitos entraves ainda se colocam na atualidade para a entrada e permanência da mão de obra feminina. Nesse sentido, o assédio tanto moral quanto sexual tem se mostrado como obstáculo à concretização desse objetivo tão almejado pela classe feminina. Outros problemas também têm contribuído para tal, como o preconceito de gênero, a discrepância de salários, porém o assédio ainda destaca-se de forma imponente.
Há diversos motivos que levam a tal situação, muitos deles baseados, ainda, em conceitos machistas que, infelizmente, permeiam pela nossa sociedade, concebendo a figura feminina como frágil ou até mesmo incapaz de ocupar e permanecer em determinados cargos, como, por exemplo, os postos ou cargos públicos e políticos.
Nesse sentido, o presente estudo de caso propõe uma discussão sobre o tema assédio, sofrido por uma mulher negra que assume, provisoriamente, o cargo de chefia de uma repartição pública, tratando das relações raciais e de gênero existentes no ambiente de trabalho, fazendo alusão à diversidade cultural e profissional cada vez mais presentes no mercado de trabalho de modo geral.
2. DESENVOLVIMENTO
No estudo de caso são apresentados os seguintes personagens: Fernando, chefe titular da área de Orçamentos, Finanças e Controladoria do Departamento de Projetos do Ministério de Políticas Estratégicas, mostra-se comprometido com seu trabalho, demonstra ser uma pessoa íntegra, tem confiança no que faz. Carla é servidora Pública, com o curso de graduação e Especialização em perícia judicial de cálculo Trabalhista. Ela é mulata, é considerada uma pessoa de confiança de Fernando, capacitada e a mais antiga funcionária da repartição. Ricardo, o Promoter da Área de Orçamentos, informalmente eleito para organizar os eventos sociais internos e externos do setor que atua, mostra-se um homem brincalhão que gosta de contar piadas e apelidar colegas e possui um bom entrosamento com todos, sendo o mais recente membro da equipe.
Fernando, através de uma bateria de exames, descobre que está com um problema grave de saúde e se vê obrigado a afastar, temporariamente, de seu trabalho. Escolhe Carla para substituí-lo, ocupando o cargo de chefe titular por tempo determinado. É a mais antiga servidora da repartição e possui graduação que a qualifica e confere competência para assumir, mesmo que temporariamente, o cargo de chefia. Fernando mostra-se um chefe democrático e bem quisto pela equipe que lidera e Carla procura fazer o mesmo.
Durante o período em que Carla está como chefe do setor, Ricardo começa a assediá-la, ou seja, a cortejá-la, com mimos e elogios. A princípio mostra-se generoso e com empenho em ajudá-la no trabalho da repartição. Mas com o tempo, o que era gentileza torna-se assédio, uma vez que começa a causar constrangimentos à Carla, criando uma situação incômoda, principalmente para ela.
Não obtendo retorno com suas investidas, Ricardo começa a difamar Carla pelos corredores da repartição e para seus colegas, colocando sua competência e profissionalismo a dúvida. Com isso, Carla começa a se desestabilizar tanto emocional quanto profissionalmente.
2.1 Estilos de Liderança
Sabe-se que uma organização deve ter colaboradores motivados e comprometidos dispostos a contribuir com os objetivos da empresa, a fim de satisfazer o mercado cada vez mais exigente. Nesse sentido a liderança, ou seja, o líder tem papel importante uma vez que é ele quem coordena todas as ações de seus cooperadores, devendo saber lidar com as diferenças e dificuldades surgidas no dia a dia do trabalho. Assim, os líderes são de extrema importância para o desempenho e o crescimento da organização, dirigindo equipes para servirem ao bem comum. Carlzon (2005, p.43) descreve que:
Um líder não é escolhido porque sabe tudo e pode tomar qualquer decisão. É escolhido para reunir o conhecimento disponível e então criar os pré-requisitos para a realização do trabalho. Elabora os sistemas que lhe permitem delegar responsabilidade para as operações do dia-a-dia.
Existem muitos estilos de liderança, dentre eles destacam-se: liderança autocrática, liderança democrática e liderança liberal. De acordo com De acordo com a Teoria Comportamental, Bonome (2008, p.60) conceitua liderança autocrática como:
"Supervisão cerrada com a chefia determinando o que deve fazer, escolhendo os membros, elogiando ou criticando, não se envolvendo pessoalmente com os indivíduos. Os indivíduos mostraram-se frustrados, tensos e consequentemente agressivos."
Já Maximiano (2000, p. 344) diz que no comportamento autocrático:
"Quanto mais concentrada a autoridade no líder, mais autocrático seu comportamento ou estilo. Muitas formas do comportamento autocrático abrangem prerrogativas da gerência, como as decisões que independem de participação ou aceitação. Infelizmente, o estilo autocrático pode degenerar e tornar-se patológico, transformando-se no autoritarismo.
Por meio desses conceitos entende-se que o líder autocrático é centralizador, define os objetivos de seus subordinados, além de escolher o método de trabalho, não deixando que os liderados participem das decisões tomadas.
Com relação à liderança democrática, Bonome (2008, p.60) diz que:
"O líder portou-se de modo impessoal – orientação e decisão em grupo, tarefas previamente decididas e bem comunicadas em que o grupo escolhia e dividia o trabalho por si mesmo. O líder elogiava o grupo e não o indivíduo. Facilidade de comunicação, franqueza, amizade e responsabilidade predominavam."
Enquanto que Maximiano (2000, p.344) afirma sobre o comportamento democrático que:
"Quanto mais as decisões forem influenciadas pelos integrantes do grupo, mais democrático é o comportamento do líder. Os comportamentos democráticos envolvem alguma espécie de influência ou participação dos liderados no processo de decisão ou de uso da
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