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Caça (paca)

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Por:   •  25/11/2014  •  1.958 Palavras (8 Páginas)  •  294 Visualizações

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Introdução

A caça é a prática de perseguir animais, selvagens ou assilvestrados, para fins alimentares, para entretenimento, defesa de bens, populações e atividades agrícolas ou com fins comerciais. O termo em inglês, hunting, refere-se à caça praticada enquanto a atividade legal, e o termo poaching à caça furtiva (constituindo uma atividade ilegal).

Embora não exista uma definição estrita, o termo "caça" aplica-se na perseguição de mamíferos, aves e répteis.

História da Caça

A caça é uma das mais antigas atividades do ser humano para a sua sobrevivência. Algumas teorias da Antropologia afirmam que a espécie humana teria atingido o atual estágio de desenvolvimento mental a partir do momento em que os primeiros hominídeos deixaram de ser coletores para se tornarem onívoros. Isso teria sido determinante no desenvolvimento do senso de colaboração entre humanos, bem como no desenvolvimento de ferramentas. A caça de subsistência ainda é praticada por comunidades indígenas ou de regiões mais isoladas do globo.

A caça e o mundo rural estariam interligados por razões de sociabilidade. Na verdade, a caça envolve uma dupla relação de familiaridade e amizade com os animais domésticos e de hostilidade e agressividade para com o mundo selvagem e misterioso. A caça como elemento cultural de uma sociedade faz parte da idiossincrasia dos habitantes rurais, que se transmite de pais para filhos.

Os adeptos da caça e seus simpatizantes acreditam que a gestão cinegética significa colocar meios técnicos à disposição das populações e ecossistemas, economia e emprego ligados aos equipamentos e infraestruturas, atividade desportiva sociocultural e de ócio.

Considerando a atividade da caça como "recurso natural renovável", entendem que ela A caça, como recurso natural renovável, tem um componente regional não desprezívele que o seu correto aproveitamento seria fonte de riqueza e de bem‐estar para as populações das zonas mais desfavorecidas.

O abate de animais por esporte é praticado por povos em várias partes do mundo, independente de etnia e continua presente onde há condições e legislação permissiva para a sua prática.

Os adeptos da caça acreditam que a subsistência do esporte da caça em áreas milenarmente ocupadas no Velho Mundo, demonstra que um manejo adequado somado a preservação e recuperação das áreas silvestres fariam da caça um esporte ambientalmente sustentável.

O imenso progresso nas condições de vida registrado na segunda metade do século XX gerou uma urbanização sem precedentes, além de uma melhoria e dinamização dos processos produtivos de carne e derivados. Com isso, aliado a penetração de valores de preservação ecológica, a caça começou a ser discutida de forma mais intensa na sociedade. Muitos grupos defendem a proibição irrestrita da caça, especialmente da caça esportiva. Políticas públicas de proibição da caça esportiva são aplicadas em vários países do Mundo, incluindo leis nacionais de iniciativa popular, como no caso da Costa Rica.

Mesmo os praticantes e defensores da pratica da Caça para fins esportivos, culturais ou tradicionais tendem a apoiar atitudes preservacionistas e de diminuição do dano à natureza que tal prática pode causar.

A caça é uma das principais causas de extinção de espécies animais, no passado e até os dias de hoje. Mesmo em Unidades de Conservação da Natureza, a caça - seja para abate ou para a captura de animais vivos com fins de comércio (tráfico ilegal de animais silvestres) - é uma das principais ameaças à fauna nativa.

Caça praticada pelos Nativos

A fauna presente em cada região do vasto território das Américas determinava quais os animais estavam disponíveis para serem caçados pelas tribos, embora crenças religiosas etabus condicionavam as escolhas. A caça era praticada pelo uso de armas e armadilhas. As armas mais comuns eram o arco e flecha, a lança, a borduna, o propulsor ou estólica, o bastão de arremesso, a funda, a zarabatana e outras. Quanto às armadilhas, usavam uma infinidade delas, algumas muito engenhosas, dependendo do tipo de animal a ser capturado. .

Os indígenas brasileiros alimentavam-se de animais como porco-do-mato, macaco, paca e capivara, veado, jabuti, tracajá, e uma grande variedade de aves e vários outros animais. A capivara também era criada como animal doméstico. Saia para pastar, mas depois voltavam para a aldeia.

Várias tribos incluíam carne de cobra em seus cardápios. Os Cinta Larga de Mato Grosso e Rondônia comiam quase todos os tipos de animais como mamíferos, aves, peixes e répteis, mas apenas a jibóia entre as cobras.5 .

Todos os indivíduos dos Kayapó do Mato Grosso e Pará ausentavam-se de suas aldeias por meses para prolongadas caçadas e comiam suas presas na própria floresta. Só os jabutis eram poupados porque sobrevivem muito tempo sem comer e beber. Cada lote de 15 animais era amarrado em duas varas e transportado pelo índio para a aldeia no fim da caçada.

Índios do Chile no século XVI apreciavam a carne da chinchila, pequeno roedor de vinte e cinco centímetros de corpo mais quinze de cauda, cujo pelo, muito macio, era usado na confecção de peças de vestuário. Índios da ilha Mocha, do Chile, alimentavam-se no século XVI da carne de carneiros, provavelmente lá deixados pelos espanhóis. A lã era por eles utilizada para forrar mantas e capotes, o couro para a confecção de chapéus, botas e cintos, os ossos para a sopa e também, moídos, como ingredientes para a fabricação de sabão .

O peru é originário do México, tendo sido domesticado pelos índios bem antes da invasão européia e era criado pela maioria das famílias. O mesmo ocorria com um tipo de cão sem pelo, igualmente usado como alimento. Os nativos com alimentação mais sofisticada eram os Astecas do México. Diariamente os pratos disponíveis para seu Imperador, chegavam a trezentos incluindo pombo, peru, faisão, lebres, coelhos, perdizes, patos domésticos e selvagens, veado, javali e outros.

Os nativos caçavam aves pela carne e pela beleza das penas como arara, ararinha, papagaio, gavião, japuíra, mutum, mutum-carijó, tucano, tucaninho, garça,

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