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Por:   •  4/10/2013  •  4.054 Palavras (17 Páginas)  •  371 Visualizações

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Introdução

A Eslovênia foi a primeira república a separar-se da Iugoslávia (RSFI- República Socialista Federativa da Iugoslávia) quando caiu a "cortina de ferro" e tornou-se uma república democrática parlamentar em 25 de junho de 1991. A sua capital, Liubliana, apresenta inúmeros resquícios de suas ligações com a Itália e a Áustria. A economia, muito organizada, e a indústria moderna da Eslovênia permitiram que o país estabelecesse novas relações com o resto da Europa.

Desde a sua independência a Eslovênia vem se desenvolvendo economicamente a um ritmo superior ao dos países vizinhos e vem tendo uma inserção internacional cada vez maior, sendo o único ex-país comunista a fazer parte ao mesmo tempo da União Europeia, do Acordo de Schengen, da Zona Euro, da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa, do Conselho da Europa e da OTAN.

O primeiro país do antigo bloco comunista a adotar o euro, o antigo Estado emblemático da antiga Jugoslávia, está lutando com todas as forças para recuperar-se da crise de 2009. E o novo – e frágil – Governo de Janez Janša esforça-se arduamente para arrancar o país do impasse.

Cinco anos após a adesão ao euro, a economia eslovena enfrenta novas dificuldades. Na verdade, o país nunca recuperou plenamente da queda do PIB de 8%, em 2009, a mais acentuada da zona do euro, e o Eurostat prevê um crescimento de apenas 1% para este ano, com a dívida aumentando rapidamente e o consumo em queda. Os economistas locais mostram-se ainda mais preocupados, prevendo para 2012 um crescimento de apenas 0,2%, ou até ainda mais negativo, se a situação na zona do euro continuar negativa.

O Banco da Eslovênia considera seriamente a hipótese de salvar a Nova Ljubljanska Banka (NLB), que nos últimos três anos, registou prejuízos que ascendem a 386 milhões de euros, noticiou, em fevereiro deste ano, o diário Ljubljana’s Finance.

"A rápida desaceleração do crescimento deveu-se, sobretudo, às alterações adversas da conjuntura internacional, que induziram um abrandamento das exportações e das despesas de capital", disse ao Ljubljana’s Finance Boštjan Vasle, do Instituto de Análise Macroeconômica e Desenvolvimento.

Nos últimos meses, a Fitch desceu a nota do país, primeiro em setembro, de AA para AA-, e depois em novembro, colocando-o na sua lista de países sob vigilância, com um outlook negativo, justificado pela forte pressão a qual o governo esloveno tem enfrentado para reduzir o déficit público, o qual, desde 2009, nunca caiu abaixo dos 5% do PIB.

Janez Janša prometeu reformas ambiciosas, entre as quais o corte de 5% na despesa, a redução progressiva de 20% para 15% do imposto sobre as sociedades, o aumento dos incentivos fiscais para as despesas de I&D [Investigação e Desenvolvimento], dos atuais 40% para 100%, e o congelamento temporário das pensões de reforma.

No dia 2 de setembro, o site do IEDE News International anunciou que os problemas econômicos da Eslovênia estão se tornando cada vez piores, apresentando resultados que despertaram o receio de que a Eslovênia viesse a ser o próximo país da zona do euro a necessitar de ajuda do fundo de resgate europeu.

No primeiro trimestre, foi registrado uma queda anual da economia eslovena de 0,7% e numa base trimestral houve uma estagnação. Os negócios internos foram enfraquecidos, os investimentos sofreram uma forte queda e as exportações diminuíram. A Eslovênia exporta cerca de 70% de sua produção, principalmente para outros países da União Europeia.

No início de agosto, a Eslovênia já pagava juros de 7% sobre seus empréstimos, devido à avaliação negativa de riscos das agências de rating. Estas temem que a Eslovênia não consiga manter seu setor bancário, já bastante enfraquecido. Além disso, o país também sofre com um déficit orçamentário elevado.

Em contrapartida, em um artigo publicado em 5 de setembro de 2012, entitulado “Petróleo, indústria, energia, as chaves do sucesso” pela fonte da UE Presseurop, o último relatório anual da Deloitte, sobre os resultados econômicos das 500 principais empresas instaladas em 18 países da região, mostram que os lucros dessas empresas aumentaram 30% em 2011, provando que essas empresas, por enquanto, vem resistindo bem à crise. As empresas que vem prosperando bem são as companhias de petróleo, as montadoras automobilísticas e o setor energético.

Embora o volume total de negócios das 500 maiores empresas da região tenha tido um aumento de 16%, a sua rentabilidade baixou para 3,5%.

Segundo o jornal Hospodářské noviny a situação pode agravar-se em caso de colapso do euro. O jornal ainda previne que a Eslováquia e a Eslovênia, que pagam em euros, estão atualmente na primeira linha dos países ameaçados.

Ficha do País

Área: 20 273 Km2

População: 2,0 milhões de habitantes

Densidade populacional: 98,7 hab./ Km2

Designação oficial: República da Eslovênia

Capital: Ljubljana

Outras cidades importantes: Maribor, Kranj e Celje

Língua: Esloveno, alguns grupos minoritários falam o húngaro e o italiano

Unidade Monetária: tolar da Eslovênia (SIT) 1 EUR = 230,0815 SIT

Religião (s): católica romana, 57,8%, 2,4% muçulmanos, 2,3% Ortodoxa

História

Os eslovenos instalam-se na região entre o século VI e VIII. No século IX passam a ser governados pelos alemães da Baviera. Entre os séculos XIII e o XX, ficam sob o domínio da dinastia dos Habsburgo.

A colonização alemã entre os séculos 11 e 15 estreitou terras eslovenas a uma área apenas um pouco maior do que são hoje. O fim da Idade Média (séculos 15 e 16) foi marcado por incursões turcas. A insatisfação com as defesas ineficazes feudais contra os turcos e com a introdução de novos impostos culminou em revoltas camponesas. Levantes continuaram até a primeira metade do século 18, quando Austro-Hungria tornou-se dominante.

O programa político esloveno primeiro, chamado de "Eslovênia Unificada" surgiu durante a "Primavera das Nações", na Europa, em março e abril de 1848, exigindo que todas as terras habitadas pelos eslovenos deviam ser unificadas em uma só província chamada Eslovênia. Nesta província, o esloveno seria feita a língua oficial.

Em 1878, apesar de

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