Cidades De Papel - Resenha
Casos: Cidades De Papel - Resenha. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Copyyou • 25/4/2014 • 1.023 Palavras (5 Páginas) • 578 Visualizações
Em Cidades de papel, Quentin Jacobsen nutre uma paixão platônica pela vizinha e colega de escola Margo Roth Spiegelman desde a infância. Naquela época eles brincavam juntos e andavam de bicicleta pelo bairro, mas hoje ela é uma garota linda e popular na escola e ele é só mais um dos nerds de sua turma. Certa noite, Margo invade a vida de Quentin pela janela de seu quarto, com a cara pintada e vestida de ninja, convocando-o a fazer parte de um engenhoso plano de vingança. E ele, é claro, aceita. Assim que a noite de aventuras acaba e um novo dia se inicia, Q vai para a escola, esperançoso de que tudo mude depois daquela madrugada e ela decida se aproximar dele. No entanto, ela não aparece naquele dia, nem no outro, nem no seguinte. Quando descobre que o paradeiro dela é agora um mistério, Quentin logo encontra pistas deixadas por ela e começa a segui-las. Impelido em direção a um caminho tortuoso, quanto mais Q se aproxima de Margo, mais se distancia da imagem da garota que ele pensava que conhecia.
É claro que todos conhecem John Green, aquele cara que tem a incrível e inestimável capacidade de ganhar o leitor mais crítico e fazê-lo rir, chorar e se emocionar com suas histórias diferentes de tudo, e que fazem pensar. John, em seu novo livro intitulado “Cidades de papel”, publicado pela editora Intrínseca, exerce mais uma vez sua maestria em forma de palavras, compondo uma trama cheia de aventuras, mistérios, ação e, principalmente, metáforas, que são, para mim, a marca registrada do autor.
“Eis o que não é bonito em tudo isso: daqui não se vê a poeira ou a tinta rachando ou sei lá o quê, mas dá para ver o que este lugar é de verdade. Dá para ver o quanto é falso. Não é nem consistente o suficiente para ser feito de plástico. É uma cidade de papel.” – Página 68.
Quentin Jacobsen poderia ser qualquer um, como ele mesmo se descreve nas primeiras páginas do livro. Mas não. Ele foi vizinho de Margo Roth Spiegelman. De qualquer pessoa no universo inteiro – ou em toda a Flórida -, Q foi vizinho de Margo. Apesar de serem amigos de qualquer hora, a garota sempre foi um mistério… mas ele era platonicamente apaixonado por ela.
Apesar de Q poder enxergar a janela de Margo de seu quarto e de se cruzarem todos os dias no colégio, seus destinos tomaram rumos diferentes e ela tornou-se uma desconhecida para ele. Até o dia em que Margo bateu em sua janela durante a noite, com a cara pintada de preto, convidando-o para uma aventura noturna. Quentin, é claro, foi. E, durante aquela noite, Q pensou que as coisas mudariam entre eles. Elas mudaram, mas não do jeito previsto: quando o dia amanheceu, Margo não apareceu mais na escola. E pela próxima dezena de dias.
Mas ela lhe deixou dicas e, com a ajuda de seus excêntricos e engraçados amigos, inicia uma busca pelos lugares mais remotos da Flórida à busca da menina que era um total mistério para ele. Mas a busca pode revelar mais do que um paradeiro, mas a personalidade de quem é procurado e, principalmente, de quem procura.
“Fazer as coisas nunca é tão bom quanto imaginá-las.” – Página 90.
Cidades de Papel é um livro de aventura e busca: você se sente ligando os pontos das pistas junto a Quentin para descobrir onde está Margo e, principalmente, o que a levou a desaparecer. Mas, acima de tudo, essa é uma história de descobertas. John Green nos ensina que as pessoas nunca são o que pensamos ser (elas nunca serão nós, e nós nunca seremos elas), e que, quando tentamos defini-las, é a nós
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