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Cindy Sherman

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Por:   •  20/10/2014  •  922 Palavras (4 Páginas)  •  322 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Neste trabalho abordaremos a obra da fotógrafa Cindy Sherman, que tornou-se famosa pelas imagens que fez de si mesma. Embora seja a protagonista de todas elas, essas fotografias não cabem na definição autorretrato: mostra, ao invés de sua verdadeira face, personagens construídos e incorporados por ela que suscitam uma série de reflexões. Ao longo de sua carreira, explorou de forma eloquente e provocadora a construção da identidade contemporânea na arte através de representações elaboradas a partir de uma ilimitada oferta de imagens (em revistas programas de televisão, filmes, internet e imagens clássicas).

BIOGRAFIA

Cindy Sherman nasceu em 19 de janeiro de 1954 em Glen Ridge, Nova Jersey, um subúrbio de Nova York, EUA. Logo após o seu nascimento, sua família se mudou para a cidade de Huntington, Long Island onde a menina cresceu. Com o pai engenheiro e a mãe professora de leitura, Cindy não teve muito contato com as artes durante sua infância, mas já demonstrava interesse, e ao concluir o ensino médio, com o apoio de seus pais ela ingressou na escola de arte do Buffalo State College. Em principio Sherman começou a estudar pintura, até o ponto em que frustrada pelas limitações da pintura sentiu que já tinha feito tudo o que podia e desistiu: "Não havia mais nada a dizer - sobre a pintura", ela relembrou mais tarde. "Eu estava meticulosamente copiando a arte de outros e então eu me dei conta que eu poderia somente usar uma câmera e colocar em prática uma ideia instantânea." Ela passou o resto dos seus anos de faculdade focada na fotografia.

Quando se formou em 1976 a jovem decidiu se mudar para Nova York para embarcar em sua carreira na arte. Tomando um loft em Fulton Street, em Manhattan, Sherman começou a tirar fotos de si mesma. Estas fotografias viriam a ser conhecidas como “Untitled Film Stills”, talvez a obra mais conhecida e reconhecível da carreira da fotógrafa, e sua reputação foi estabelecida logo no inicio, era uma série de fotografias em preto-e-branco em que ela retratava-se vestida com as formas de heroínas de filmes B clichês. Sherman concluiu o projeto três anos depois, em 1980, quando ela "ficou sem clichês" com a qual trabalhar. Esta série deu Sherman muita publicidade e aclamação da crítica. Em 1980, Sherman também criou uma série do que ela chamou de "Projeções Rear-Screen", em que, à semelhança dos Film Stills, Sherman se vestiu e desfilou contra um fundo de slides projetados.

A segunda obra mais conhecida de Sherman veio algum tempo depois dos Film Stills, em torno de 1988-1990, a série “History Portraits” e nela a fotógrafa novamente usa-se como modelo, mas desta vez ela lança-se em papéis de pinturas arquetipicamente famosas. Embora poucos quadros específicos fossem realmente referenciados, ainda se sentia uma familiaridade de forma entre o trabalho de Sherman e as obras dos grandes mestres. Usando partes de próteses para aumentar o seu próprio corpo, Sherman recria grandes obras de arte e, portanto, manipula seu papel como uma artista contemporânea trabalhando no século XX. Cindy viveu na Europa durante este período de sua vida, e mesmo que os museus parecessem ser a fonte de inspiração para esta série, ela não era fã: "Mesmo quando eu estava fazendo essas fotos de história, eu estava vivendo em Roma, mas nunca fui

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