Colorimetria

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Apostila elaborada por Márcia Silva Magalhães

HISTÓRICO

O cabelo tem sido considerado desde os tempos antigos até os dias atuais, um dos elementos mais importantes de todo o corpo humano, sendo considerado por homens e mulheres como objeto de vaidade. Mulheres de todo o mundo desejam cabelos fortes e saudáveis, enquanto homens se frustram ao primeiro sinal do desaparecimento dos mesmos. Um exemplo que ilustra de forma significativa a importância de cabelos longos é a história da Rapunzel, onde a jovem no alto de uma torre joga suas tranças para que seu amado suba por seus cabelos e vá ao seu encontro. Na história de Sansão e Dalila, após revelar a origem de toda a sua surpreendente força, Sansão teve seus cabelos cortados por sua amada, perdendo então toda a força que possuía. Em documentos históricos de mais de 4.000 anos, foram encontrados dados sobre a anatomia do couro cabeludo e do cabelo. Isso comprova que desde aquela época, homens já estudavam sobre esse assunto e buscavam fórmulas para a cura da calvície (alopecia), indicando receitas que incluíam em seus ingredientes principais, a mistura de gordura de leão, hipopótamo, crocodilo e ganso. São muitos os relatos que nos demonstram que a vaidade em relação aos cabelos é algo muito antigo. Reis, Imperadores e homens de posses dos séculos passados usavam perucas para esconder a calvície, que era visto como motivo de vergonha para os homens daquela época. Júlio César, o grande Imperador tentava esconder ou disfarçar sua calvície, usando na cabeça uma coroa de louros. E Cleópatra, a rainha do Egito já indicava a utilização de ratos domésticos, dentes de cavalo, gordura de urso e medula de veado a Julio César, como fórmula para a cura de sua calvície. A história relata que NEFERTITI, tenha mudado a cor do Tecido Piloso.

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Os muçulmanos raspavam os cabelos, deixando somente uma mecha no centro da cabeça para que Maomé (o Profeta dos Muçulmanos) pudesse segurá-la e conduzi-los ao Paraíso. No período da Idade Média observou-se a criação de vários medicamentos para a eliminação da Calvície. Veja alguns exemplos: a Saliva de bode, raízes de folhas secas, casca de carnaúba, o Tônicos a base de ginseng, o Sêmen humano com a raspa da babosa, o Urina de cachorro com sumo de ervas, o Infusões de vegetais com fezes de animais, o Rezas específicas e até rituais de exorcismo.

Cabelos longos e saudáveis eram motivos de orgulho para as mulheres na 2ª Guerra Mundial e por isso, as mulheres que mantivessem relações com inimigos, tinham suas cabeças raspadas como forma de castigo. Essas mulheres eram humilhadas e seus cabelos raspados era um sinal de vingança ao país. Na Grécia antiga, as virgens cortavam partes de seus cabelos como oferenda a Deuses para terem seus desejos atendidos. Na era Cristã, os padres raspavam suas cabeleiras para demonstrar à Deus e a sociedade, o total desligamento das vaidades do mundo. Em mulheres e homens, o cabelo sempre foi considerado de muita importância como um fator predominante tanto na área estética como na decorativa.

ANATOMIA CAPILAR

Tricologia = ESTUDO DO TECIDO PILOSO Trico - Cabelo + Logia - Estudo

• COURO CABELUDO - Tecido Cutâneo em abundância de folículos pilosos e glândulas sebáceas, cuja epiderme está em mudança constante. Os primeiros Tecidos Pilosos no bebê, já são encontrados no quinto mês de gestação.

• TECIDO PILOSO – O tecido Piloso é constituído de Células Proteicas e de Queratina. A estrutura Pilosa tem combinações que formam cadeias que podem resultar em diversos Aminoácidos.

• FOLÍCULO PILOSO - Forma-se da invaginação do Tecido Cutâneo. Encontrando-se na parte interna do Tecido Cutâneo. É na Derme que se aloja o Tecido Piloso. Ligada a ele se encontram as Glândulas Sebáceas, responsáveis pela formação do Sebo, que lubrifica o cabelo e o couro cabeludo.

• RAÍZ – Encontra-se na parte interna do Folículo Piloso, que surge em direção ao Óstio. É na raiz que o Tecido Piloso se desenvolve através das células germinativas.

• BULBO CAPlLAR - É a parte mais abaixo do folículo piloso, representando um saco. Em seu interior encontramos a PAPILA.

• PAPILA – As células germinativas produzem células que empurram as células mortas em direção aos Folículos, passando as mesmas por um processo de queratinização e alongamento, transformando-se no Tecido Piloso . Os capilares sanguíneos trazem Substâncias Vitamínicas e Oxigênio.

• GLÂNDULAS SUDORÍPARAS - A glândula sudorípara tem como função a secreção de suor, vertendo diretamente esta secreção para o exterior do Tecido Cutâneo, sendo, portanto, glândula Exócrina. Distribuem-se por toda a superfície Cutânea, exceto no leito das unhas e nos lábios, alcançando maior densidade nas palmas das mãos e nas plantas dos pés.

• GLÂNDULAS SEBÁCEAS – Glândulas ligadas diretamente ao Folículo Piloso com a função de fornecer oleosidade natural ao Tecido Piloso e ao Tecido Cutâneo. O mau funcionamento dessas glândulas incide diretamente na lubrificação e no crescimento capilar.

FASES DE CRESCIMENTO DO TECIDO PILOSO

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Divide-se em 3 fases totalizando aproximadamente 25 ciclos:

ANÁGENA Em média 80% do Tecido Piloso encontram-se nesta fase. A divisão celular é constante, novas divisões celulares são produzidas que empurram as antigas divisões celulares para o exterior. Esta é a Fase do crescimento ativo do Tecido Piloso. Média de duração de 5 anos.

CATÁGENA Em média 5% a 10% não estão fixados. Fase em que o Tecido Piloso está em repouso. A produção das células fica mais lenta, cessando em seguida, na espera que seja formado um novo Tecido Piloso. Média de duração de 4 semanas.

TELÓGENA Nesta fase, 14% encontram-se em queda. Fase em que o Tecido Piloso contrai e aproxima-se do Tecido Cutâneo. Observe que o novo Tecido Piloso começa a empurrar o Tecido Piloso que será substituído. Média de duração de 3 a 4 meses. Tecido Piloso em Queda Papila Dérmico Células em Repouso Vasos Sanguíneos Tecidos Pilosos Fixo Bainha Radicular Interna Bainha Radicular Externa Bulbo Capilar Papila Dérmica Células Germinativo Tecido Piloso Pré-Fixado Formação de um novo Tecido Piloso Células em produção para a formação de um novo Tecido Piloso.

PARA CONHECERMOS A COLORIMETRIA, TEMOS QUE CONHECER O pH. POTENCIAL DE HIDROGÊNIO – pH

O pH mede a acidez ou a alcalinidade de um produto, superfície, bases líquidas ou consistentes, através de sua escala de graduação. Cada produto tem uma concentração de íons: hidrogênio (H) ou oxigênio (OH). Em um produto que tenha mais íons de Hidrogênio, ele terá o pH ácido. As substâncias ácidas com pH entre 3,5 e 6 mantêm o tecido piloso não dilatado. Em um produto que tenha mais íons de Oxigênio, ele terá o pH alcalino. As substâncias alcalinas com pH de 8 em diante têm a tendência de dilatar a cutícula, alterando assim a composição da cadeia de aminoácidos do tecido piloso. Somente uma substância ácida pode neutralizar uma substância alcalina. O produto que obtiver quantidades iguais de íons H e íons OH, terá seu pH neutro. As substâncias neutras com pH 7 não modificam a estrutura do tecido piloso.