Comentário Crítico

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS

FACULDADE DE EDUCAÇÃO

CURSO PEDAGOGIA

Comentário Crítico do Texto:

O papel da brincadeira de papéis sociais no desenvolvimento do psiquismo humano

Disciplina: Brinquedos e Jogos Educativos na Educação Infantil

CAMPINAS

Outubro/2011

O texto do autor João Henrique Rossler, cujo o título: O papel da brincadeira de papéis sociais no desenvolvimento do psiquismo humano trás o papel da brincadeira como elemento fundamental no desenvolvimento infantil, ressaltando sua importância no processo de formação e desenvolvimento da criança, bem como seus limites.

De acordo com Newton Duarte (1993), o desenvolvimento humano se processa a partir da apropriação que o homem realiza da objetivação que compõe o gênero humano, e através desse processo o indivíduo torna seu aquilo que foi produzido, objetivado por outro indivíduo. Nesse processo de apropriação é necessário a participação direta ou indireta do outro como mediador, com isso ele se autoproduz e reproduz a própria cultura humana. Um terceiro elemento importante no processo de desenvolvimento do homem é a experiência sociocultural, acumulada objetivamente e transmitida de geração para geração.

As objetivações genéricas de acordo com a filósofa Agnes Heller(1989;1994), estruturam-se em: Objetivações genéricas em si que são os objetos e instrumentos culturais, os quais toda sociedade possui, e as objetivações genéricas para si, que são valores éticos e morais que segundo Duarte depende de um certo nível de desenvolvimento histórico-social para constituir-se. Esses dois níveis de objetivações são necessários para que o desenvolvimento físico e psíquico do ser humano ocorra em sua plenitude e através das atividades lúdicas intermediadas pelas brincadeiras o homem irá apropriar-se dessas objetivações.

A brincadeira infantil segundo Leontiev (1998, p.119-142) consiste em uma atividade humana e objetiva que permite á criança apropriar-se do mundo dos adultos, assim ele afirma ser a brincadeira a principal atividade geradora do desenvolvimento psíquico da criança, possibilitando-as adentrar no universo dos adultos, tornando-o acessível, o adulto passa assim, a ter um papel central nessa atividade, a qual não pode ser considerada alucinatória.

De acordo com Leontiev (1998, p.125) a imaginação e a fantasia tornam-se necessárias e emergem através das ações que a criança executa através da brincadeira. Heller também dá ênfase a fantasia quando diz que não poderia haver essas formas de objetivação se não fosse a esfera fantasiosa do pensamento cotidiano que se encontra em sua base. Também não podemos esquecer um terceiro elemento constituinte dessa atividade que contribui para desenvolver na personalidade da criança a auto-avaliação e a moral que