Como estudar atualidades

Qual a “receita” para estudar atualidades?

Após o ponta pé inicial dado na última publicação (25), vamos lá para uma análise sobre os procedimentos necessários e cabíveis para o estudo de atualidades. Quando elucidado o tema, muitos sentem dificuldade em canalizar e realizar o devido planejamento das estratégias práticas para o estudo da área de atualidades. Inclusive, muitos acabam se equivocando com relação aos meios utilizados para a absorção do conhecimento. O grande perigo de um planejamento com lacunas ou distorcido, é o comprometimento com relação ao entendimento do tema abordado e a formulação de uma visão autônoma sobre o ocorrido, o que será essencial para a interpretação da questão na hora da prova.

Para enfrentar uma questão de atualidades em concurso ou tema de redação de um vestibular, não existe uma única e exclusiva receita. Porém, trajetos bem dimensionados podem conduzir o candidato ao sucesso no que diz respeito ao entendimento, interpretação e argumentação da questão solicitada. A primeira dica para se enquadrar no perfil solicitado pelas várias bancas é versatilidade de temas. O candidato bem preparado consegue discorrer com propriedade sobre os diferentes temas em questão: segurança, economia, política, educação, saúde, transportes, moradia, lazer, etc.. Além disso, é necessário que o candidato saiba aproximar as temáticas e anexá-las ao contexto histórico vigente, o que de fato facilita a sua compreensão enquanto um “todo”.

Dado esses primeiros passos, surge a indagação sobre onde buscar as diferentes formas de notícias e assuntos. Neste momento floresce a terceira e, mais importante dica. O candidato deve-se preocupar em absorver uma mesma notícia por diferentes veículos de comunicação, bem como diferentes posicionamentos ideológicos. A variedade, o pluralismo de redes televisivas, sites, jornais impressos, livros e revistas, maximiza o entendimento e facilita a compreensão dos conteúdos. Obviamente que alguns grandes portais são carro chefe nas provas, mas é necessário filtrar o grande aparto informacional existente na teia digital, para que a informação não passe de ferramenta à arma.

Além do mais, os critérios de concursos e vestibulares, de maneira genérica, têm selecionado candidatos com espírito crítico e reflexivo. O indivíduo rotulado, modelado e alienado, sequer consegue alcançar a capacidade interpretativa de um texto sobre tema da atualidade. O indivíduo que raciocina, reflete, analisa, interpreta e argumenta, é o candidato capaz de resolver uma situação problema dentro de qualquer esfera social. Dado o cenário de marasmo reflexivo, persuadir e mostrar oratória hábil e apurada tem sido suficiente no domínio das massas. Mas não, vestibulares e concursos não querem uma massificação de ideias, e sim “singularidades exóticas”, já que este é o método seletivo.

Por fim, dentro do mundo das grandes avaliações (seja concurso ou vestibular), os candidatos apresentam uma cultura de desmerecimento com relação ao entendimento de temas da atualidade. Um grande problema para os que mantêm essa postura e um grande alento para os que não. É fácil entender! Aqueles que interagirem com as temáticas da maneira como foi descrito acima, terão ótimas condições de gabaritar as questões. Já os outros, que acreditam ser desnecessário o estudo da área, poderão ter um prejuízo direto ou indireto, já que muitas das outras questões das provas, geralmente trazem fragmentos de textos ou citações de temáticas atuais.