Comunicaçâo E Expressão

Este artigo trata de uma análise dos impactos das mudanças tecnológicas e organizacionais da composição da força de trabalho e na qualificação dos trabalhadores.

Os avanços tecnológicos fazem parte da evolução do homem e não poderiam ser dissociado deste, porém nas ultimas décadas esses avanços se tornaram tão acentuados que se tornou difícil para os brasileiros acompanhar a evolução crescente, pois chegou um momento da história em que a velocidade de novas descobertas nesta área vem nos atropelando, sem dar tempo de adaptação e afetam até mesmo a empregabilidade das pessoas.

Muitas das ofertas de trabalho tem a ver com uso de máquinas automatizadas ou computadores, porém, as pessoas não tem qualificação para atender a demanda dos empregadores.

Com a implementação de novas tecnologias, as empresas tem buscado mão de obra especializada, habilidade polivalente, criativa, voltada para participar e solucionar problemas.

As pessoas estão sem qualificação em face das exigências do mercado pelo fato de terem baixa escolaridade. Muitas delas precisam deixar a escola em busca de seu próprio sustento e de seus familiares.

Também há pessoas sem acesso à tecnologia, pois não tiveram oportunidade de aprender utiliza-las e tampouco condições financeiras de adquiri-las, como por exemplo, um micro computador.

Como exemplo, uma pesquisa mostrou que nos Estados Unidos a cada 200 Mi de habitantes, há 185 Mi internautas. Em contraste, no Brasil o índice é bem inferior, pois à cada 200 Mi de Habitantes há apenas 22,3 Mi de internautas. Isso significa que 67% dos americanos tem mais acesso à internet do que os brasileiros. Também há uma diferença grande entre outros países tais como China e Japão como podem ser visto no gráfico.

Fonte: http://download.inep.gov.br/download/enade/2005/provas/FILOSOFIA.pdf

As análises realizadas permitiram verificar que o processo de reestruturação produtiva pela qual tem passado a economia exige do mercado de trabalho adaptações e aprimoramento.

Em meio a esse contesto, tanto o setor público como o privado deve assumir a qualificação da mão de obra, tendo em vista que ambos serão beneficiados com os resultados.

Somente o treinamento simples e puro da mão de obra, conforme mostramos nesse artigo, não são suficientes para minorar os problemas. Deve-se salientar a importância dos investimentos em educação e treinamento realizados pelo governo, assim como as politicas públicas de qualificação profissional, que proporcionam aos trabalhadores melhores condições frente aos novos desafios do mercado. Não podemos deixar de mencionar que o individuo precisa buscar também com assiduidade, motivação e interesse ávido a sua própria qualificação. Aos trabalhadores, agentes fundamentais desse processo, impõem-se a necessidade de qualificação profissional como forma de elevar a produtividade e, por conseguinte, a competitividade econômica.

Considerando a educação como tábua de salvação, capaz de resolver todos os problemas do mercado de trabalho, sem atentar para as suas verdadeiras causas, as teorias de qualificação de mão de obra nos levam à lembrança da teoria do capital humano, que a história já tratou, não só de contestar, mas de desnudar seu caráter ideológico, evidenciado