Conceito de competência
Pesquisas Acadêmicas: Conceito de competência. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: auriceliamartin • 9/5/2014 • Pesquisas Acadêmicas • 1.546 Palavras (7 Páginas) • 563 Visualizações
I. CONCEITO DE COMPETÊNCIA
As transformações socioeconômicas ocorridas em todos os setores trazem novos desafios para a educação, num espaço onde a competitividade tem se acirrado na medida em que cresce a valorização do conhecimento e informação, incentivados pela sociedade e presente nas organizações modernas, Dutra (2001, p. 45) nos coloca que:
As organizações estão cada vez mais pressionadas, tanto pelo ambiente externo quanto pelo interno, a investir no desenvolvimento humano. Elas mesmas percebem a necessidade de estimular o apoio contínuo para o desenvolvimento das pessoas como forma de conquistar vantagens e de continuar competitivas no mercado. Ao mesmo tempo, os indivíduos hoje se dão conta de que aperfeiçoar-se é condição sine qua non para sua inserção ou manutenção no mercado de trabalho.
O conceito de competência vem assumindo diferentes significados ao longo do seu uso e de acordo com o objetivo a ser usado, segundo Fleury e Fleury (2004) entre os profissionais da área de Recursos Humanos, uma das definições mais usadas é a de ser um conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes que afetam a capacidade de uma pessoa para desempenhar um trabalho. Na visão dos autores, esta competência pode ser mensurada quando comparada com padrões estabelecidos e também pode ser desenvolvida mediante atividade de treinamento.
Porém, com o passar do tempo, o termo competência foi se alterando e adquiriu uma conotação genérica, sobretudo dentro das organizações, que passaram a interpretar competência como a capacidade que um indivíduo tem de realizar determinada tarefa.
De acordo com Bitencourt (2004),
[...] é possível observar pelo trabalho de alguns autores, que a noção de competência surge como parte de um discurso empresarial, com ausência da idéia de relação social, sendo uma espécie de contraponto ao conceito de qualificação.
Breve histórico sobre conceitos de competência, baseado na coletânea de diversos pesquisadores, de acordo com o quadro 1:
Quadro 1:Histórico dos conceitos de competência
AUTOR CONCEITO AUTOR CONCEITO
1. Boyatizis
(1982, p. 23) “Competências são aspectos verdadeiros ligados à natureza humana. São comportamentos observáveis que determinam, em grande parte, o retorno da organização.” 6. Magalhães et al. (1997, p. 14) “Conjunto de conhecimentos, habilidades e experiências que credenciam um profissional a exercer determinada função.”
2. Spencer e Spencer (1993, p. 9) “A competência refere-se à características intrínsecas ao indivíduo que influencia e serve de referencial para seu desempenho no ambiente de trabalho.” 7. Perrenoud (1998, p. 1) “A noção de competência refere-se a práticas do quotidiano que se mobilizam através do saber baseado no senso comum e do saber a partir de experiência.”
3. Sandberg (1996, p. 411) “A noção de competência é construída a partir do significado do trabalho. Portanto, não implica exclusivamente a aquisição de atributos”. 8. Durand (1998, p. 3) “Conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes interdependentes e necessária à consecução de determinado propósito”.
4. Bruce (1996, p. 6) “Competência é o resultado final da aprendizagem.” 9. Fleury e Fleury (2000, p. 21) “Competência: um saber agir responsável e reconhecido, que implica mobilizar, integrar, transferir conhecimentos, recursos, habilidades, que agreguem valor econômico à organização e valor social ao indivíduo.”
5. Boterf (1997, p. 267) “Competência é assumir responsabilidades frente a situações de trabalho complexas, buscando lidar com eventos inéditos, surpreendentes, de natureza singular.” 10. Becker et al. (2001, p. 156) “Competências referem-se a conhecimentos individuais, habilidades ou características de personalidade que influenciam diretamente o desempenho das pessoas.”
Fonte: Bitencourt, 2001
Quando menciona-se o termo competência, é possível observar a existência de competências básicas que segundo Chiavenato (2000) “são aquelas características pessoais essenciais para o desempenho das atividades e que diferenciam o desempenho das pessoas”. O autor continua dizendo que “todo funcionário precisa possuir um conjunto de competências básicas para desenvolver suas atividades na empresa.
Acerca da palavra competência surgem muitas derivações, além de competências básicas que são pertinentes. Cita-se uma delas que Bitencourt (2004) apud Prahalad & Hamuel (1995) discutem competências partindo da idéia de competência essencial.
As competências essenciais constituem o aprendizado coletivo na organização especialmente como coordenar as diversas habilidades de produção e integrar as múltiplas correntes de tecnologia (...) Ela também está associada à organização do trabalho e à entrega de valor (...), à comunicação, ao envolvimento e a um profundo comprometimento em trabalhar através das fronteiras organizacionais.
Chiavenato (2000, p.166) afirma ainda que “quando um funcionário possui um elevado perfil de competência, ele demonstra as qualidades requeridas para levar adiante determinadas missões”. Entende-se por missão, segundo Aurélio Buarque de Holanda Ferreira função ou poder que se confere a alguém para fazer algo.
De acordo ainda com Chiavenato (2003, p.6), competência significa qualidade que uma pessoa possui e que é percebida pelos outros. Ele ainda nos diz que não adianta possuir competências, é necessário que as outras pessoas reconheçam sua existência, elas são dinâmicas, mudam, evoluem, são adquiridas ou perdidas.
Através do autor, pudemos perceber que a competência só é válida quando as outras pessoas a percebem. É interessante sua afirmação da necessidade do reconhecimento por outras pessoas e não só a competência reconhecida pela própria pessoa.
Algumas competências básicas são fundamentais nas empresas e nos novos ambientes de negócio como diz Chiavenato (2000 p. 166 e 167):
• Aprender a aprender;
• Comunicação e colaboração;
• Raciocínio criativo e resolução de problemas;
• Conhecimento tecnológico;
• Conhecimento de negócios globais;
• Desenvolvimento da liderança;
• Autogerenciamento
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