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Conceitos Corporais

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Por:   •  22/10/2014  •  Artigo  •  1.222 Palavras (5 Páginas)  •  359 Visualizações

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Resumo:

Desde a antiguidade a corporeidade foi vista de maneiras completamente

diferentes pela sociedade, cada uma em seu tempo determinado até chegar aos dias

de hoje onde o corpo tem uma relação direta com o consumo. Grande parte da

responsabilidade por essa onda de consumo é a influencia das mídias onde utilizam

modelos, atrizes, cantores, celebridades em geral para vender seus produtos ou

serviços na qual gera uma visão de corpo perfeito, valorização do produto ou serviço. O

objetivo deste trabalho é mostrar as transformações da visão do corpo até chegar aos

dias de hoje, bem como somos influenciados pelas mídias nos dias atuais na forma de

ver o corpo, na influencia que recebemos dos canais de comunicação através de

celebridades sendo captadas e entendidas diretamente ou somente pelo nosso

inconsciente. Para elaboração deste trabalho, usamos como base artigos científicos de

diversas áreas do conhecimento e livros para nos munir de informação atualizada e

dados científicos que comprovam a influência da mídia nos dias de hoje.

Introdução2

Para entendermos o conceito de corpo na atualidade, devemos fazer uma retrospectiva

histórica de como o corpo foi tratado desde a antiguidade até os nossos tempos atuais.

Grande parte se não a maior parte da responsabilidade por essa atitude de consumo

excessivo são as influências das mídias em geral que utilizam modelos, atrizes,

cantores, celebridades em geral para vender seus produtos e/ou serviços na qual gera

uma visão de corpo perfeito, pois sempre estão bem arrumadas e magérrimas.

Para analisarmos essas mudanças e mostrar as transformações da visão do corpo até

chegar aos dias de hoje, bem como somos influenciados pelas mídias usamos revisão

de artigos, análise e pesquisa em livros para nos munir de informação e dados

comprobatórios sobre a influência da mídia, hábitos de consumo e perfil de consumo.

O Corpo Histórico, Social e Cultural

A forma de o homem lidar com sua corporeidade, os regulamentos e controle de

comportamento corporal não são universais e constantes, mas sim uma construção

social resultante de um processo histórico.

O homem vive em um determinado contexto social com o qual interage de forma

dinâmica, pois ao mesmo atua na realidade, assim as concepções que o homem

desenvolve a respeito de sua corporalidade e as suas formas de se comportar

corporalmente estão ligadas a condicionamentos sociais e culturais.

De acordo com Ramminger (2000), no século V e IV A.C., Sócrates, Platão e

Aristóteles, determinaram a oposição entre dois mundos: o material e o ideal, o corpo e

a alma, o desejo e o pensamento. No entanto, os antecessores de Sócrates, pensavam

o indivíduo de forma integrada. Corpo, pensamento e o mundo invisível dos Deuses,

faziam parte de um só domínio, a physis.

Na Grécia antiga, o corpo era visto como elemento de glorificação e de interesse

do Estado era valorizado pela sua capacidade atlética, sua saúde e fertilidade. Em

Esparta, atividades corporais recebiam um lugar de destaque na educação de jovens,

que buscavam um corpo saudável e fértil. Já em Atenas no modo de educação

corporal, prevalecia o ideal de ser humano belo e bom. Nas demais cidades gregas a

atividade corporal, encontrava-se em torno dos Jogos Olímpicos, porém as atividades 3

corporais das classes menos favorecidas, tinham como objetivo, a preparação para a

guerra.

Na Idade Média, toda e qualquer preocupação com o corpo era proibida. A

influência da Igreja era grande, extinguindo até os Jogos Olímpicos. Há uma separação

do corpo e da alma, prevalecendo a forma da segunda sobre o primeiro. Segundo

Rosário (2004), o bem da alma estava acima dos prazeres da carne e, portanto, acima

dos aspectos materiais. O corpo tornou-se culpado, perverso e necessitado de

purificação. Havia a prática de autoflagelo, enforcamento, apedrejamentos e execuções

em praça pública.

Entre os séculos XIV até meados de XVIII, as mulheres foram reprimidas e

morreram aos milhares. Esta época, conhecida como “caça as bruxas”, trazia muito

perigo às mulheres, pois qualquer uma poderia ser julgada como bruxa e submetida a

regras cruéis do Malleus Maleficarum, um livro seguido pela sociedade para

identificação de bruxas com questionamentos e formas de tortura.

No Período Renascentista, a concepção de corpo difere das anteriores, pois

começa a haver preocupação com a liberdade do ser humano. O trabalho artesão e a

realização terrena passam a ser valorizadas, juntamente com o pensamento científico e

o estudo do corpo. Acontece a redescoberta

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