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Conflitos Do Mundo Atual

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Por:   •  8/2/2015  •  625 Palavras (3 Páginas)  •  521 Visualizações

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Sociedade de Massas

A sociedade de massas formou-se durante o processo da industrialização do século XIX, através da especialização em tarefas, a organização industrial em larga escala, a concentração de populações urbanas, a centralização crescente do poder de decisão, o desenvolvimento de um complexo sistema de comunicação internacional e o crescimento dos movimentos políticos das massas.

Alan Swingewood escreveu em “O Mito da Cultura de Massa (1977)” que a teoria aristocrática da sociedade de massas está ligada à crise moral causada pelo enfraquecimento dos centros tradicionais de autoridade, como a família e a religião. A sociedade prevista por Ortega y Gasset, T. S. Eliot e outros autores é uma dominada por massas filistinas, sem centros ou hierarquias de autoridade moral ou cultural. Nesse tipo de sociedade, a arte só consegue sobreviver se conseguir cortar as suas ligações com as massas, refugiando-se nos valores ameaçados. Ao longo do século XX, este tipo de teoria foi utilizado para distinguir a arte autónoma, pura e desinteressada da cultura de massa comercializada.

Indústria Cultural

A indústria cultural é uma maquina de produção de bens culturais, baseados numa forte racionalização de técnicas para capitalizar. Recorre a uma propaganda instituída nos objetos, que conduz a uma amofinação do indivíduo e das massas. O seu registro na televisão, cinema e rádio rege-se por padrões que tendem em constringir a atividade humana e o espirito crítico. Trata-se de uma estratégia de marketing na estrutura da comunicação que simplifica os objetos a um valor comercial de troca, muitas vezes em detrimento de outro nível de valores. A indústria cultural pode ser vista como um meio para alertar as consequências dos novos processos comunicativos da técnica, e assim estimular o pensamento na interrogação dos valores que cada vez mais regem a sociedade, o quotidiano e a forma de encarar o mundo.

Violência Simbólica

O conceito de violência simbólica foi criado pelo pensador francês Pierre Bourdieu para descrever o processo pelo qual a classe que domina economicamente impõe sua cultura aos dominados. Bourdieu, juntamente com o sociólogo Jean-Claude Passeron, partem do princípio de que a cultura, ou o sistema simbólico, é arbitrário, uma vez que não se assenta numa realidade dada como natural. O sistema simbólico de uma determinada cultura é uma construção social e sua manutenção é fundamental para a perpetuação de uma determinada sociedade, através da interiorização da cultura por todos os membros da mesma. A violência simbólica se expressa na imposição "legítima" e dissimulada, com a interiorização da cultura dominante, reproduzindo as relações do mundo do trabalho. O dominado não se opõe ao seu opressor, já que não se percebe como vítima deste processo: ao contrário, o oprimido considera a situação natural e inevitável.

A violência simbólica pode ser exercida por diferentes instituições da sociedade: o Estado, a mídia, a escola, etc. O Estado age desta maneira, por exemplo, ao propor leis que naturalizam a disparidade educacional entre brancos e negros, como a Lei de Cotas para Negros nas Universidades Públicas. A mídia, ao impor a indústria cultural como cultura,

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