Conhecendo Um Pouco De Libras

UM BREVE RELATO HISTÓRICO SOBRE OS SURDOS

NO MUNDO

A história dos surdos no mundo remonta períodos remotos que nos aclara a ideia de que os surdos sempre existiram e mesmo sendo tão humanos quanto os ouvintes, sempre foram tratados como se não fossem. Uma das teorias desenvolvidas na Grécia antiga associa o pensamento a fala, e partindo desse pressuposto, nivela os surdos aos animais por serem desprovidos da oralidade, dessa forma, eram excluídos do acesso ao conhecimento.

Em Roma, a exclusão dos surdos estava na sua grande maioria ligada aos parâmetros da igreja católica, sendo privados do casamento, família, e o ato confessional, sendo este ultimo, o maior castigo, pois os excluía do convívio religioso em uma sociedade arraigado pela ideia clerical, como consequência disto, os mais radicais afirmavam que os surdos não entrariam no reino de Deus. Esse pensamento não motivava a retirada dos “impuros” do convívio da sociedade pois não representavam ameaça a igreja, mais sim eram tidos como imbecis, anormais, incompetentes (SILVA, 2009).

Por décadas, o conceito de que a surdez era uma doença curável, tomou conta do mundo, o que só começa a mudar com o início dos debates, mesmo que ínfimos, sobre a importância da comunicação por sinais como meio de proporcionar aos surdos uma condição mais humana que os podia conduzir a oralidade (MOURA, 2000). Mas Sócrates inicia uma nova forma de pensar a importância da comunicação por sinais quando afirma:

“Se não tivéssemos voz nem língua e ainda assim quiséssemos expressar coisas uns aos outros, não deveríamos, como aqueles que ora são mudos, esforçar-nos para transmitir o que desejássemos dizer com as mãos, a cabeça e outras partes do corpo?”.