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Conhecimento de ensino

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Por:   •  28/9/2014  •  Seminário  •  1.323 Palavras (6 Páginas)  •  339 Visualizações

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http://De acordo com o entendimento do autor, o saber e o trabalho se relacionam, sendo que o saber dos professores deve ser compreendido em íntima relação com o trabalho deles na escola e na sala de aula. Nesse sentido sobre a experiência de trabalho enquanto fundamento do saber, o autor revela que devemos admitir que o saber dos professores não provém de uma fonte única, mas de várias fontes e de diferentes momentos. Assim o saber dos professores traz marcas de seu trabalho, que ele não é somente utilizado como um meio no trabalho, mas é produzido e modelado no e pelo trabalho.

Sobre a pluralidade do saber, este depende das condições, nas quais, o trabalho deles se realiza, e da personalidade e experiência profissional de cada professor.

Tardif destaca que quanto menos utilizável no trabalho é um saber, menos valor profissional parece ter.Sugere que as universidades tenham uma nova articulação e um novo equilíbrio entre os conhecimentos produzidos pelas mesmas a respeito do ensino e os saberes desenvolvidos pelos professores em suas práticas cotidianas.

Comecemos então pela parte I, na qual, o autor apresenta conceitos e definições para os estudos dos saberes docentes e a formação profissional, observam-se algumas indagações em relação aos saberes docentes dos professores, quais sejam: será que os professores sabem alguma coisa, mas o que, exatamente? Que saber é esse? São eles apenas transmissores de saberes produzidos por outros grupos? Produzem um ou mais saberes na profissão?

Tardif busca em sua obra identificar e definir os diferentes saberes presentes na prática docente, bem como as relações estabelecidas entre eles e os professores. Salienta-se a definição de saber docente, como um saber plural formado pelo amálgama mais ou menos coerente de saberes oriundos da formação profissional, e saberes disciplinares, curriculares e experienciais.

Os saberes docentes dividem-se em: “a)Saberes da formação profissional,são um conjunto de saberes transmitidos pelas instituições de formação de professores; b)Saberes disciplinares,correspondem aos diversos campos do conhecimento, aos saberes de que dispõe a nossa sociedade, tais como se encontram hoje, integrados nas universidades, sob forma de disciplinas, no interior de faculdades e cursos distintos; c)Saberes curriculares,correspondem aos discursos, objetos, conteúdos e métodos a partir dos quais a instituição escolar categoriza e apresenta os saberes sociais por ela definidos e selecionados como modelos da cultura erudita e de formação para a cultura erudita; e, d)Os saberes experenciais ou práticos,são os saberes baseados no trabalho cotidiano e no conhecimento de seu meio, brotam da experiência individual e coletiva de saber fazer e saber ser”.

Podemos classificar então que o saber docente é heterogêneo, e que a partir desta heterogeneidade implica um processo de aprendizagem e de formação, e quanto mais desenvolvido, formalizado e sistematizado é um saber, mais longo e complexo se torna esse processo de aprendizagem.

É importante destacar também que em outro trecho do livro, o autor traz à tona que os saberes são elementos constitutivos da prática docente, pois os saberes adquiridos através da experiência constituem os fundamentos de sua competência, sendo a partir deles que os professores irão julgar sua formação inicial e continuada. Nesse mesmo contexto é evidenciado em seu livro que os saberes experienciais possuem três objetos que são: as relações e interações que os professores estabelecem e desenvolvem com os demais atores no campo de sua prática; as diversas obrigações e normas as quais o seu trabalho deve submeter-se; a instituição enquanto meio organizado e composto de funções diversificadas; a objetivação parcial dos saberes experienciais, a qual tem origem, portanto, na prática cotidiana dos professores em confronto com as condições da profissão.

E se tratando mais especificamente do saber docente, podemos destacar que o saber docente então é um saber plural, pois é formado por diversos saberes provenientes de diversas instituições de formação profissional.

Tardif nos traz em seu livro um capítulo que trata da relação dos saberes com o tempo e com a aprendizagem do trabalho no magistério. Para dar um apanhado geral o autor traz que em termos sociológicos pode-se dizer que o trabalho irá modificar a identidade do trabalhador, pois trabalhar não é somente fazer alguma coisa, mas fazer alguma coisa de si mesmo e consigo mesmo, estes saberes, portanto ligados ao trabalho do professor são temporais, pois são construídos e dominados progressivamente durante um período de aprendizagem.

A respeito da formação da identidade profissional docente, temos que tanto o imaginário social, como o nosso imaginário de professor podem ser construídos baseados nos professores que tivemos na nossa vida escolar, dentre outras maneiras. Por isso, torna-se importante resgatarmos nossos tempos de infância e adolescência, nossas primeiras vivências escolares, procurando ver as “marcas” que trazemos desses tempos-espaços e o quanto essas incorporam o nosso “modo de ser” e “dever-ser” de educadores. Esses são momentos de muita profundidade, intimidade e reflexão que, por vezes, nos desestabilizaram, pois nos confrontamos com os diferentes processos

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