Correntes De Transmissão
Trabalho Universitário: Correntes De Transmissão. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: jsilverio.borela • 23/2/2014 • 4.873 Palavras (20 Páginas) • 1.221 Visualizações
OBJETIVO
O presente relatório tem o objetivo de informar sobre o histórico, tipos e definições de correntes e suas características e conceitos para preparação de uma apresentação de 35 minutos, sendo 10 minutos para arguição.
Serão apresentados os tipos mais comuns, suas principais aplicações, a padronização e a terminologia utilizada, o processo de seleção e recomendações de projeto.
INTRODUÇÃO
As correntes são elementos de máquinas flexíveis utilizadas para a transmissão de potência ou transporte/movimentação de carga. A seleção o tipo de transmissão mais adequado depende dos requerimentos específicos. As correntes, apesar de possuírem características comuns a outros tipos de transmissão (correias e engrenagens), têm também características únicas, devendo o projetista analisá-las e considerá-las como uma interessante opção e decidir sobre sua utilização.
Elas são largamente utilizadas na indústria mecânica, onde as aplicações abrangem diversas áreas, como automobilística, naval, aeronáutica, na indústria nuclear, de mineração e máquinas transportadoras, entre outros.
CURIOSIDADE
Já no século 16 Leonardo da Vinci fez desenhos do que aparenta ser a primeira corrente de aço para transmissão. Porém, os créditos desta invenção são dados a Hans Renold que apresentou a patente da corrente de rolos (ou roletes) em 1880. Até então, as correntes utilizavam apenas pinos e placas. A figura 1 mostra uma moderna corrente de rolos dupla.
Figura 1: Partes de um corrente de rolos
Desde então as correntes de rolos vêm sendo largamente empregadas na indústria mecânica. Por isso o engenheiro projetista deve utilizar criterioso processo de seleção desde os primeiros passos do projeto. A seleção da corrente mais adequada a certa aplicação implica em maior eficiência e menor custo. Assim o projetista deve considerar alguns parâmetros e critérios para a correta seleção de correntes. Os principais são:
Potência transmitida;
Relação de transmissão (i) ou as velocidades dos eixos motor e movido;
Características da máquina movida e da motora;
Espaço disponível (distância entre os eixos);
Vida e confiabilidade requerida;
Condições de operação (temperatura, sujeira, etc.);
Custo.
As características principais deste tipo de transmissão são:
Adequada para grandes distâncias entre eixos (tornando impraticável a utilização de engrenagens);
Transmissão de maior potência (quando comparada com correias);
Permite a variação do comprimento, com a remoção ou adição de elos;
Menor carga nos mancais, já que não necessita de uma carga inicial;
Não há perigo de deslizamento;
Bons rendimentos e eficiência (98 a 99%, em condições ideais);
Longa vida;
Permite grandes reduções (i<7);
São mais tolerantes em relação a desalinhamentos de centros;
Transmissão sincronizadas;
Condições severas de operação (correias são inadequadas sob umidade, alta temperatura ou ambiente agressivo);
São articuladas apenas em um plano;
Sofrem desgaste devido a fadiga e a tensão superficial;
Ruídos, choques e vibrações;
Necessidade de lubrificação;
Necessidade de proteção contra poeira e sujeiras;
Menor velocidade
MATERIAS DE FABRICAÇÃO E TIPOS DE CORRENTE
Os materiais de fabricação das correntes devem atender aos requerimentos de carga elevada, alta resistência, alta suscetibilidade ao tratamento térmico, alta resistência aos esforços de fadiga, baixa temperatura de transição dúctil-frágil, baixa sensitividade ao impacto, excelentes possibilidades de usinagem, conformação, corte e solda. As correntes são normalmente fabricadas em aços especiais, (aço cromo-níquel), tratados termicamente (têmpera e revenido), com superfícies de apoio (pinos e buchas), endurecidos, para aumentar a resistência à fadiga, ao desgaste e à corrosão. Aços inox também são utilizados, bem como ferro e ferro fundido.
TIPOS DE CORRENTE
Galle
São correntes sem roletes, compostas apenas por placas laterais e pinos maciços, figura 2. Aumentando-se o número de placas laterais pode-se obter maiores capacidades de carga. Normalmente são utilizadas para elevar ou abaixar pequenas cargas, tais como: máquinas de elevação até 20 T e com pequena altura, portões e transmissão de pequenas potências em baixas rotações. A relação de transmissão máxima recomendada é de 1:10 e a velocidade máxima recomendada de 0,5 m/s, devido ao grande desgaste das placas laterais.
(II)
Figura 2: (I) Corrente tipo GALLE com dupla placa lateral e (II) simples.
Zobel ou Lamelar
Este tipo de corrente é empregado em transmissão de potência em médias velocidades (até 3,5 m/s) e relação de transmissão máxima recomendada de 1:10. São mais resistentes ao desgaste do que as correntes do tipo Galle, pois possuem maior superfície de contato. Possuem as buchas fixas às placas internas e os pinos fixos às placas externas. Os pinos podem ser ocos, resultando em uma corrente com menor peso.
Figura 3: Corrente tipo ZOBEL
Fleyer
São semelhantes às correntes Galle
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