Crescimento de receita total e de classe econômico
Resenha: Crescimento de receita total e de classe econômico. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: mclmoran • 10/9/2014 • Resenha • 2.229 Palavras (9 Páginas) • 270 Visualizações
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Crescimento da renda total e por classes
econômicas
Uma parcela crescente da população brasileira está
ampliando e sofisticando sua cesta de consumo
de bens e serviços. O consenso geral das últimas
pesquisas divulgadas sobre o assunto é o de que
o rendimento médio é crescente, como também
é crescente a inclusão da população de classes de
renda mais baixa nas categorias medianas de renda.
No entanto, as análises dessa evolução são mais
complexas e profundas do que se pensava.
Mudanças no perfil do consumidor
O estudo elaborado pela Deloitte teve como objetivo
analisar a distribuição das classes de renda no Brasil
e sua evolução, focando tanto os rendimentos do
trabalho quanto as demais fontes de renda. Neste
intuito, foram utilizados os dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que
classificam a população em níveis de rendimento por
salário mínimo de acordo com a Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (PNAD). Para fins de análise,
buscou-se fazer uma correlação entre as diferentes
classes de salário mínimo do IBGE e a classificação
econômica utilizada pela Associação Brasileira de
Empresas de Pesquisa (ABEP). A relação deve ser
utilizada apenas como referencial de análise.
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De acordo com a pesquisa, utilizando dados referentes
a 2008 (último disponível), a renda média cresceu
33% entre 2005 e 2008. Para as classes de renda A
e B, o crescimento foi de 31%, já para as classes mais
baixas, o crescimento foi ainda superior, de 33%, 39%
e 37% (classes E, D e C, respectivamente).
A população de menor poder aquisitivo está
ganhando participação no total da renda brasileira e
atraindo o interesse dos varejistas. Essas mudanças
são mais visíveis na região Nordeste, comparando-se
antes e depois da implantação do Programa Bolsa
Família. A classe de rendimento E somava, em 2005,
participação de 8,2% do total da população e, em
2008, a composição passou a ser de 7,9%. A classe
D, por sua vez, passou de 36,9% para 38,8% da
população em igual período.
Evolução das classes de renda e inclusão
econômica
A combinação de taxas de crédito mais acessíveis,
controle de preços e crescimento econômico foram
fundamentais para a elevação da renda no Brasil. Esse
movimento, no entanto, não seria completo se não
fosse introduzida a evolução e o impacto das políticas
de inclusão social praticadas pelo Governo Federal,
que não só contribuíram de forma multiplicadora para
o crescimento da economia como também para a
sustentabilidade desse crescimento.
O estudo mostra que vem ocorrendo efetivamente
uma tendência de redução da parcela da população
que não contava com rendimento algum e agora
passa a integrar classes de rendimento que ganham
até cinco salários mínimos. Em 2001, 92,1% da
renda total da população da classe E era proveniente
do trabalho, os 8% restantes representavam o
rendimento total de aposentadoria, previdência
complementar e outros benefícios em forma de
rendimento. A mesma relação mostra que, em 2008,
77,8% da renda total é proveniente do trabalho, ou
seja, os demais rendimentos não provenientes do
trabalho subiram de 7,9% para 23,2% da participação
na renda total para a classe E.
Em conclusão, houve uma evidente injeção de renda
na base da pirâmide, que possibilitou a inclusão da
população de baixa renda em classes superiores. E,
por conta do movimento econômico como um todo,
houve crescimento da renda para todas as classes,
além da mobilidade das pessoas de baixa renda para
classes de renda mais altas. Entre 2005 e 2008, o total
da população das classes A e B caiu 4%. Das classes
E, D e C aumentou 9, 10% e 11%, respectivamente.
Por sua vez, a faixa da população sem rendimentos
apresentou queda de 3%.
Perspectivas de crescimento e impactos sobre
consumo e varejo
O resultado da melhora do rendimento da população
pode
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