Cultura Brasileira

Os índios viam a chegada dos portugueses como “o povo de Deus”, por nunca ter se deparado com tamanhas embarcações. Os portugueses viam encantadas as moças desnudas, eles se encantaram com a fauna, a flora, mas pensavam que precisavam salvar essa gente, que andava pelada, com as vergonhas de fora, que era toda diferente.

O novo mundo era abrigo dos falidos, asilo dos homicidas, das mulheres perdidas. É fundado fazendo o intermédio de cada europeu que chegava, entre Brasil e Europa.

Começa a extração do pau Brasil, através dos índios, que trocavam o serviço por missangas, espelhos, tecidos e facas, coisas pequenas e novas para eles.

Diogo Alvarez naufragou e constituiu uma aldeia. E assim começa o Brasil, com a coragem de cada indivíduo e sem decisão do Estado português. As índias que tinham filhos dos “brancos” iniciavam a população que não seria indígena ou europeia, e sim a mistura, o povo híbrido que caracterizava a colonização brasileira.

Mesmo com a repartição entre espanhóis e portugueses, os quais os portugueses podiam utilizar o “novo mundo” como bem quisesse, o Brasil chama atenção de outros povos por sua exuberância. Seria assim transformado em uma colônia produtiva. O projeto colonial tinha um sentido econômico, fazendo com que se tornasse produtivo através do trabalho forçado aos índios. E o projeto religioso, que se tratava da catequização dos indígenas.

Assim o povo indígena estava ameaçado a não ter continuidade. As pestes europeias que foram trazidas também ajudaram em uma dizimação indígena. Os povos se caçavam, e como os índios davam muito problema aos portugueses, o foco do trabalho escravo virou o negro. Os portugueses pensavam que os negros não davam tanto trabalho.

O quadro brasileiro foi mudando, agora composto de mais uma raça que dava inicio a outra mistura, os mulatos. O Brasil é a prova do desafio aceito de toda a mistura, de que somos sempre mestiços com múltiplas ancestralidades, não havendo pureza, essa é a marca brasileira no mundo.