Currículo Território Em Disputa
Trabalho Escolar: Currículo Território Em Disputa. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: luanatavares • 12/4/2014 • 593 Palavras (3 Páginas) • 7.278 Visualizações
O referente trabalho é uma resenha sobre o capítulo do livro de Miguel Arroyo Currículo, Territórios em Disputa denominado Confromando autoidentidades profissionais. Neste texto o autor aborda a tão falada crise da docência em que se fala hoje como uma conformação de novas identidades profissionais, na qual o papel do professor vai além de ensinar conteúdos ele passa a ser visto com um educador. De certo modo, a função de educador nunca esteve muito presente nos currículos escolares brasileiros, pois a a própria ditadura militar e as políticas neoliberais fizeram questão de expatriar a educação dos currículos.
O professor que está hoje em sala de aula aprende articular em um único profissional a identidade docente e identidade educadora, embora as avaliações nacionais corroboram no sentido de frear tais iniciativas, uma vez que retoma o papel do professor com um aulista treinador de alunos para obter boas notas em processos avaliativos. Tal tensão está posta na identidade profissional que tira o foco dos educandos, de suas vivências humanas, valorizando-os apenas como exitosos acertantes nas avaliações oficiais. De certo modo, assistimos à quebra das identidades profissionais e humanas que até então se vinha construindo.O que se percebe hoje é tensões entre os avanços da autonomia e criatividade docente versus controle e cobrança por intermeio de leis e avaliações nacionais.
Conforme Arroio, é preciso que se avance em duas direções: abrindo novos tempos-espaços e práticas coletivas de autonomia e criatividade profissional, como também, aprofundar o entendimento e discussões das estruturas, concepções e mecanismos e limitam tal autonomia e criatividade. É precisar pensar e prepensar os currículos escolares que hoje persistem nas escolas, os quais mantêm conhecimentos superados, fora da validade resistindo à incorporação de indagações e conhecimentos vivos, que vêm da dinâmica social e da própria dinâmica do conhecimento, assim os esforços dos professores se veem limitados pela rigidez da velha estrutura dos currículos escolares.
É necessário e urgente um movimento de reação ao caráter controlador e padronizador que as políticas de avaliação impõem sobre os doentes e educandos, sobre o que ensinar-aprender. As diretrizes curriculares perderam o sentido inovar soterradas no caráter impositivo das políticas nacionais e estaduais de avaliação.
Outro ponto interessante, é a autonomia reconhecida do pesquisador-docente da educação superior que contrasta com a rigidez e os controles que negam qualquer autonomia e autoria aos pesquisadores-docentes da educação básica, dos quais se espera que cultuem o conhecimento curricular como sagrado e indiscutível. Na educação básica, os currículos, os conteúdos, a sua transmisão e aprendizagem viram um território e um ritual sagrado, onde tudo fica intocável e inevitável. Neste contexto, os docentes são levados a incorporar uma postura de defensores instransigentes dos conteúdos e dos rituais de sua transmissão-apreensão, ainda que sua criatividade seja cerceada e que milhares de percursos escolares sejam truncados.
A sacralização de rituais de passagem são impostos á escola e à docência pela persistência dos rituais e relações segregadoras da sociedade. Deste modo, conhecimento sacralizado vira elitizado, segregador e controlador. A indiferença com os
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