CÉLULAS SANGUÍNEAS E COAGULAÇÃO SANGUÍNEA
Ensaios: CÉLULAS SANGUÍNEAS E COAGULAÇÃO SANGUÍNEA. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: AnnaYzis • 28/8/2014 • 1.734 Palavras (7 Páginas) • 551 Visualizações
HEMÁCIAS
As hemácias são as células mais abundantes do sangue e também são conhecidas como eritrócitos. Sua função é transportar a hemoglobina, fazendo com que o oxigênio do pulmão chegue aos tecidos. A hemoglobina deve ser mantida no interior das hemácias para permanecer na corrente sanguínea.
Além da função de transporte, as hemácias têm outras funções: além de conter muita quantidade de anidrase carbônica, a hemoglobina nas células é um tampão acidobásico. Isso faz com que a hemácia tenha a capacidade de tamponamento acidobásico do sangue. Ao passarem pelos capilares, as hemácias podem ter formas diferentes, ou seja, de acordo com a necessidade, ao passar pelos capilares, as hemácias são espremidas, causando a deformação da célula, mas sem ocorrer a ruptura da mesma. Quando não há a produção necessária de hemoglobina, isso acarreta redução do volume de hemácias pelo fato de haver ausência de hemoglobina para encher a célula.
É no saco vitelino que ocorre a produção de hemácias nucleadas primitivas durante as primeiras semanas de vida embrionária. Entretanto, no decorrer da gestação, o fígado se torna o principal produtor de hemácias durante o segundo trimestre de gestação, mas também há a produção pelo baço e pelos linfonodos. Mas, no último mês de gestação e depois do nascimento, somente na medula óssea é que ocorre a produção das hemácias, por meio da célula-tronco hematopoética pluripotente. De acordo com a reprodução das células, uma pequena quantidade fica na medula óssea. Mas, após os vinte anos de idade, é na medula óssea dos ossos membranosos que ocorre a produção da maioria das hemácias. Entretanto, essa produção tende a diminuir de acordo com o aumento da idade.
Os indutores de crescimento são proteínas que tem a função de controlar o crescimento e a reprodução das diversas células-tronco. Já os indutores de diferenciação fazem com que um tipo de células-tronco comprometidas diferencie-se nos estágios de desenvolvimento em relação à célula final adulta. São os fatores externos à medula óssea que vão controlar a formação dos indutores de crescimento e de diferenciação.
O proeritroblasto é uma célula que pertence à linhagem vermelha. Há a produção de grande número dessas células por células-tronco CFU-E quando há a estimulação apropriada. Quando o proeritrobasto é formado, ele vai se dividindo várias vezes até que no final forma diversas hemácias maduras. São chamadas de eritroblastos basófilos as células da primeira geração. Já nas próximas gerações, ocorrem algumas modificações e a células passa a ser nomeada como reticulócito. Nesse estágio, as células saem da medula óssea e, por diapedese, e entram nos capilares sanguíneos.
As hemácias são necessárias para que ocorra o transporte do oxigênio do pulmão para os tecidos. Entretanto, se o número de células for bem maior que o necessário, pode ocorrer o impedimento do fluxo do sangue. Mas, quando ocorre a redução do oxigênio levado para os tecidos, isso faz com que, normalmente, ocorra um aumento na produção de hemácias. Assim, a produção de hemácias está relacionada com a quantidade de oxigênio que são levados para os tecidos de acordo com a precisão tecidual por oxigênio.
A eritropoetina é uma glicoproteína que é produzida nos rins e no fígado e é utilizada para estimular a produção de hemácias, como por exemplo, nos estados de baixa oxigenação. Então, devido à essa função, a pessoa normalmente fica anêmica quando ocorre a retirada dos rins ou quando são destruídos por doença renal.
Deve ocorrer reposição das hemácias continuamente. Devido a essa precisão, as células mais rápidas em relação ao crescimento e reprodução são as eritropoéticas.
Para que ocorra a maturação final das células de linhagem vermelha é indispensável a vitamina B12 e o ácido fólico, pois a falta de um deles faz com que ocorra a redução de DNA, tendo como consequência falha na maturação nuclear e da divisão celular, e ainda, falha de maturação durante o processo de eritropoese. Por isso, a vitamina B12 e o ácido lático são extremamente importantes.
Na formação da hemoglobina, existem etapas químicas, onde a primeira ocorrência é o ligamento da succinil-CoA com a glicina formando molécula de pirrol. Então ocorre a combinação de quatro pirróis, formando assim a protoporfirina IX que vai combinar com o ferro formando a molécula do heme. Cada uma da molécula do heme vai combinar com a cadeia polipeptídica, também chamada de globina. Assim forma a subunidade da hemoglobina, denominada cadeia de hemoglobina. Então, quatro dessas cadeias se ligam formando a cadeia completa de hemoglobina. Em relação às diferentes subunidades da cadeia de hemoglobina, há muitas variações sutis. São denominados como cadeia alfa, beta, gama e delta os diferentes tipos de cadeias, onde a combinação de duas cadeias alfa e duas cadeias betas resulta na denominada hemoglobina A, sendo a forma mais comum no humano adulto.
Em cada molécula de hemoglobina existem quatro átomos de ferro, onde cada átomo pode se ligar a uma molécula de oxigênio. Assim ocorre o transporte por cada hemoglobina. Porém, o que vai determinar a afinidade da ligação entre a hemoglobina e o oxigênio é a natureza das cadeias de hemoglobina. Então, esse oxigênio que é transportado, chega aos tecidos e logo depois é liberado nos líquidos teciduais, onde, durante todo esse processo, está na forma de oxigênio molecular. O ferro também é indispensável na formação da hemoglobina. É no intestino delgado que ele é absorvido lentamente.
Logo após saírem da medula óssea, as hemácias ficam circulando, em média, por 120 dias no sistema circulatório. Existem alguns pontos estreitos da circulação onde as hemácias têm mais dificuldade no momento da passagem. Então é comum a célula se romper. Isso ocorre porque a membrana da célula fica muito frágil. Esse fato, geralmente, acontece no baço fazendo com que haja a autodestruição das hemácias. Ao se romper, ocorre a liberação da hemoglobina. Então, há a fagocitose da hemoglobina por muitos macrófagos, principalmente de Kupffer no fígado e também pelos macrófagos no baço e na medula óssea. Já o ferro da hemoglobina é devolvido para o sangue, podendo ser usado na produção de hemácias ou armazenado como ferritina. E por fim, a porfirina da hemoglobina acaba sendo secretada pelo fígado na bile.
ANEMIA
Anemia quer dizer deficiência de glóbulos vermelhos com o hematócrito atingindo, por vezes, valores tão baixos quanto 10%. A anemia pode ser causada por perda sanguínea excessiva ou por produção
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