DEPRISÃO, ESCAPE E AMORTIZAÇÃO, APLICADA A NÍVEL AGRÍCOLA
Tese: DEPRISÃO, ESCAPE E AMORTIZAÇÃO, APLICADA A NÍVEL AGRÍCOLA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Pezzato • 21/4/2014 • Tese • 3.481 Palavras (14 Páginas) • 191 Visualizações
DEPRECIAÇÃO, EXAUSTÃO E AMORTIZAÇÃO APLIACADOS `A AGROPECUÁRIA
Conceitos da Empresa Rural
Na empresa rural , os bens podem sofrer desgastes, quando expostos as ações do ambiente sejam elas, climáticas ou pela interferência do homem entre outros. Nesses casos, os bens podem sofrer alterações em seu valor, tanto podendo ser aumentado como diminuído em seu tempo de vida útil, devido às suas condições serem adequadas ou não.
Além disso, pode-se considerar a perda de valor de um bem quando o mercado oferece outros bens e novas tecnologias tornando-os obsoletos. Desse modo, o bem perde valor ao longo do seu tempo devido a ação da natureza, uso inadequado, manutenção deficiente e obsolescência.
Atividades Agrícolas
As culturas agrícolas dividem-se em:
a) temporárias: a que se extinguem pela colheita, sendo seguidas de um novo plantio; e
b) permanentes: aquela de duração superior a um ano ou que proporcionam mais de uma colheita, sem a necessidade de novo plantio, recebendo somente tratos culturais no intervalo entre as colheitas.
Culturas Temporárias ( Circulante )
As culturas temporárias, de acordo com Marion (2010) são aquelas que oferecem apenas uma colheita e sujeitas ao replantio, normalmente, o período de vida é curto. Para Crepaldi (2011) culturas temporárias são aquelas sujeitas ao replantio a cada colheita. Elas são arrancadas do solo para que seja feito novo plantio, como é o caso do milho, da soja, do feijão, do alho, entre outras. Esse tipo de cultura, conforme Marion (2010), também, é conhecida como anual. Estas plantações são contabilizadas no Ativo Circulante, na conta "Cultura em Formação" e sub-conta com o nome específico da cultura.
Todos os custos como sementes, fertilizantes, mudas, inseticidas, depreciação de tratores, mão-de-obra, mudas, demarcações, serviços profissionais e demais gastos com a cultura serão registrados nesta rubrica.
Vale observar que se tratando de uma única cultura - o que é raro de ocorrer - todos os custos se tomam diretos à cultura, sendo apropriados diretamente. Entretanto, existindo várias culturas, há a necessidade do rateio dos custos indiretos, proporcionais a cada cultura.
Com a conclusão da colheita, o saldo da conta "Cultura Temporária" transfere-se para uma nova conta do Ativo, do grupo Estoque, com o título de "Produtos Agrícolas" (milho, feijão, cebola ... )
Todos os custos após a colheita para acabamento do produto, para deixá-lo em condições de ser comercializado e custos de manutenção de estocagem, serão somados à conta "Produtos Agrícolas". Poderá ocorrer que os produtos agrícolas estando prontos para a venda' totalmente acabados, resolva o produtor rural armazená-los temporariamente visando alcançar uma melhora nos preços. Nesta hipótese estes gastos devem ser considerados como despesa operacional e não como custo do produto.
Por ocasião da venda, transfere-se proporcionalmente da conta "Produtos Agrícolas" para uma conta de resultados, "Custo do Produto Vendido" (maçã, feijão, cebola ... ) e a partir desse momento é possível apurar mediante o confronto das Receitas de Vendas e o Custo do Produto Vendido, o Lucro Bruto.
Culturas Permanentes ( Imobilizado )
As culturas permanentes diferem-se das temporárias. As culturas permanentes caracterizam-se por oferecer mais de uma colheita ou produção (Marion, 2010). Na visão de Crepaldi (2011) as culturas permanentes são aquelas que propiciam várias colheitas, sem a necessidade de serem replantadas. Como exemplo de cultura permanente, temos os pomares. Marion (2010, p. 16) coloca que “normalmente atribui-se às culturas permanentes uma duração mínima de quatro anos” e que dentro do seu ponto de vista basta que a cultura tenha duração de mais de um ano e propiciar mais de uma colheita para ser considerada permanente.
Neste tipo de plantação os custos para a formação da cultura serão considerados Ativo Permanente - Imobilizado. Todos os custos com adubação, formicidas, mão-de-obra, seguro da cultura, sementes, mudas, produtos químicos, depreciação de equipamentos utilizados na cultura, etc, são acumulados na conta "Cultura Permanente em Formação" (maçã, uva, araucária, pinus, etc.).
Quando a cultura estiver formada, fato que pode levar até alguns anos, como é o caso de certas qualidades de macieiras, 04 anos para a primeira florada e produção, transfere-se o valor acumulado na conta "Cultura Permanente em Formação" para a conta "Cultura Permanente Formada", identificando-se com unia sob conta a cultura específica.
Por fazer parte do imobilizado desde a formação, a cultura deverá ser corrigida monetariamente e, também a partir da primeira produção deverá ser reconhecido o efeito da depreciação da cultura.
Quanto a colheita ou produção da cultura permanente, assemelha-se seu tratamento contábil a "Produtos em Processo" como temos na indústria.
Todos os gastos ocorridos a colheita serão registrados tio Ativo Circulante, sub-ítem "Estoques", e "Colheita em Andamento".
Compreende como gastos com a colheita, tudo o que for aplicado na cultura após a sua formação, visando uma boa colheita. Assim, engloba-se nesse conceito, mão-de-obra de capina, aplicação de produtos químicos, raleação, formicidas, seguro de safra, depreciação da cultura formada e outros gastos necessários até a última etapa da colheita.
Terminada a colheita, transfere-se o total acumulado em "Colheita em Andamento" para a conta "Produtos Agrícolas". Se houver ainda, mais algum custo como beneficiamento, acondicionamento ou outro processo do gênero aplicado aos produtos, também 'insere-se nesta conta.
Por ocasião das vendas, se dará baixa em "Produtos Agrícolas", transferindo-se proporcionalmente para "Custo de Produtos Vendidos" (Uva, maçã, laranja,...
Dois outros aspectos econômicos devem ser reconhecidos na escrituração contábil da cultura permanente: o aumento da vida útil e as perdas extraordinárias.
Gastos na cultura como reposição de árvores velhas ou doentes, e outros tratos culturais que beneficiarão mais de uma colheita, devem ser adicionados ao valor da cultura para serem depreciados até o término
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