DESENVOLVIMENTO DA VIDEIRA "SUPERIOR SEEDLESS" EM DIFERENTES ÉPOCAS DE PODA EM JUAZEIRO-BA
Ensaios: DESENVOLVIMENTO DA VIDEIRA "SUPERIOR SEEDLESS" EM DIFERENTES ÉPOCAS DE PODA EM JUAZEIRO-BA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: fanutecnologo • 6/5/2013 • 898 Palavras (4 Páginas) • 845 Visualizações
DESENVOLVIMENTO DA VIDEIRA “SUPERIOR SEEDLESS” EM DIFERENTES
ÉPOCAS DE PODA EM JUAZEIRO-BA
Laise Guerra Barbosa 1, Juliane Rafaele Alves de Barros1, Francislene Angelotti2, Fanuel
Gonçalves Silvestre1 , Heraldo Alves Fernandes3, Marisa Martins Zucal4;
(1) Tecnológo em Fruticultura Irrigada, bolsista Embrapa Semiárido. E-mail:
laise_guerra@hotmail.com; (2) Engª. Agrônoma, Embrapa Semiárido, BR 428, Km 152, CEP
56302- 970, Petrolina, PE. E-mail: fran.angelotti@cpatsa.embrapa.br; (3)Biólogo, bolsista
FACEPE/Embrapa Semiárido. E-mail: heraldoaf@hotmail.com; (4) Agrônoma, bolsista
FACEPE/ Embrapa Semiárido.
INTRODUÇÃO
A cultura da videira apresenta uma grande importância econômica e social para o
Vale do São Francisco, por envolver um grande volume anual de negócios voltados para os
mercados interno e externo, apresentando o maior coeficiente de geração de empregos
diretos e indiretos, destacando-se na fruticultura Irrigada.
Apesar de ser uma cultura de clima temperado, a videira adaptou-se muito bem nas
condições climáticas tropicais do Submédio do São Francisco, podendo produzir até 2,5
safras por ano. O clima possui forte influência sobre a videira, sendo importante na definição
das potencialidades das diversas regiões para a cultura. Para a região Nordeste, verifica-se
que o comportamento fenológico da cultura é totalmente distinto das regiões de clima
subtropical e temperado, vriando também com as diferentes épocas de poda.
A fenologia visa caracterizar a duração das fases de desenvolvimento da videira em
relação ao ambiente, especialmente às variações climáticas estacionais, servindo para
interpretar como as diferentes regiões climáticas interagem com a cultura (TERRA et al.,
1998).
De acordo com Leão; Silva (2003), a fenologia varia em função do genótipo e das
condições climáticas da região produtora ou em uma mesma região devido às variações
estacionais do clima ao longo de todo o ano. Também fornece informações ao produtor para
o conhecimento antecipado das prováveis data de colheitas, indicando ainda o potencial
climático das regiões para cultivo e produção de uva (PEDRO JUNIOR et al., 1993).
O objetivo deste trabalho foi avaliar o comportamento fenológico e o crescimento dos
ramos da videira, cultivar “Superior Seedless”, em diferentes períodos de poda.
MATERIAL E MÉTODOS
O trabalho foi conduzido na Embrapa Semiárido e no Campo Experimental de
Mandacaru (09º24'S 40º26'W e 375,5 m) ), município de Juazeiro - BA, no período de março
à agosto de 2010. Foi utilizada a cultivar “Superior Seedless”, em sistema de condução tipo
latada, espaçamento 4 x 2 m, manejo convencional e irrigação por microaspersão. Os
tratamentos constaram de diferentes épocas de poda: 15/mar, 12/abr, 10/mai, 07/jun. Cada
poda foi constituída de duas fileiras com 10 plantas, casualizando quatro plantas em cada
fileira. Para a avaliação do crescimento da planta foram avaliadas, semanalmente, o
comprimento do ramo, e acompanhamento do estádio fenológico de cada poda de acordo
com a escala de Eichhorn; Lorenz (1984).
Figura 1. Temperatura máxima, média, mínima (oC) e precipitação (mm), médias diárias
monitoradas no período de março a agosto de 2010, Juazeiro-BA.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Com os dados obtidos no campo, observou-se variação na duração dos estádios
fenológicos principalmente para as podas de 15/março e 07/junho. Inicialmente a poda
15/março obteve um desenvolvimento mais acelerado, devido às condições favoráveis de
temperatura. Para a poda 07/junho o desenvolvimento foi mais rápido na fase de maturação,
não havendo diferença no período de colheita entre os tratamentos (Tabela 1). Essas
variações ocorreram principalmente devido as variações de temperatura nos diferentes
períodos de poda.
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Temperatura (°C)
Precipitação
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