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DESMUNDO

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Por:   •  23/9/2013  •  Resenha  •  688 Palavras (3 Páginas)  •  263 Visualizações

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“DESMUNDO”

RESENHA:

Por volta do ano 1570. Chegam ao Brasil algumas órfãs, enviadas pela rainha de Portugal, com o objetivo de casarem com os primeiros colonizadores. Destaca-se então, uma linda jovem órfã, Oribela, a qual é muito romântica e religiosa e após uma frustrada cerimônia de noivado ela se vê obrigada a se casar com Francisco de Albuquerque, que a leva para seu pequeno engenho de açúcar. Nesta situação a personagem vive uma nova situação, a que ela terá que se adaptar para cumprir seu novo papel de esposa. E neste papel a mulher sofria variadas formas de submissão como, por exemplo, a violência sexual. Assim Oribela desesperada foge, tentado se livrar dessa difícil situação, nesse roteiro desenvolve-se uma grandiosa história de determinação, coragem que vai de encontro a formação e situação do homem colonial.

SITUAÇÃO DAS MULHERES NO MUNDO COLONIAL

O Filme Desmundo, aborda a situação da mulher no Brasil colonial, de uma maneira mais sintética, dando uma imagem, uma identidade a situação da mulher gerando assim emoções e registros de alguns acontecimentos, "A situação da mulher no Brasil colônia". O filme atesta alguns pontos, como o da preocupação de Portugal e da igreja católica com a formação étnica da colônia, com isso trazia-se para o Brasil jovens portuguesas, judias, pobres e órfãs de variadas idades, as quais eram criadas e educadas por freiras e consequentemente eram completamente despreparadas para o casamento. Dessa forma a igreja e Portugal intermediavam e controlavam os casamentos entre pessoas de sangue "brancos"com a finalidade de conter o nascimento de mestiços, na tentativa de manter uma pureza de sangue, com isso aumentava a possibilidade do Estado manter a ordem pois a população colonial não ficaria comprometida pelo incremento de bastardos e mestiços e a igreja não perderia sua batalha na formação de famílias católicas. O filme e a obra coincidem também no modelo de homem colonial, mostrando homens que lutaram para se estabelecer na selva e assim foram se tornando mais duros e brutos em prol de sua necessidade, consequentemente não havendo mulheres brancas para todos estes relacionavam se com índias e negras, quase que sempre por meio de estupros e violências físicas. É interessante também perceber que o filme retrata muito bem o cotidiano dos índios que viviam no engenho, mostrando uma índia que conhecia ervas medicinais, índios trabalhando muito no engenho e visitas constantes dos jesuítas ao engenho com a finalidade de tomar crianças indígenas para transformá-las em pequenos cristão. Um ponto importante que faltou no filme, seria uma abordagem da situação da mulher que se prostituía, pois o texto trás que tais fatos aconteciam rotineiramente em grande escala, devido às condições de sobrevivência que eram difíceis e não davam muitas escolhas a mulher na colônia, que geralmente trabalhavam nas lavouras ou como costureiras, lavadeiras e complementavam o orçamento doméstico se prostituindo e muitas vezes colocando suas filhas nesta mesma situação. O filme mostrou como a mulher casada deveria se portar na sociedade colonial, e que até mesmo um simples olhar ou toque não intencional a outro homem poderia acarretar morte ou violência à mulher. A autora a afirma que as mulheres

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