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DIVERSIDADE CULTURAL

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Por:   •  30/9/2014  •  1.564 Palavras (7 Páginas)  •  566 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O vídeo O “perigo de uma história única” a autora fala sobre como o indivíduo ao tomar conhecimento através de informações recebidas pela geração anterior, pela literatura de um único país, ou pela mídia ,vai formando através do seu imaginário, características individuais que são atribuídas a um determinado indivíduo ou grupo, e que a partir destes conceitos elaborados, começa a reproduzir um modelo mental desse grupo e agir de acordo com essa sua percepção.

Chimamanda Adichie, uma escritora nigeriana, criada em uma família de classe média, sai de sua cidade natal e migra para os Estados Unidos,para cursar uma Universidade. Se surpreende ao perceber que os americanos criaram os estereótipos sobre a população africana,generalizando o seu povo de modo único. Desconhecem que a África não é um país, e que nem todos os países localizados neste continente são habitados por animais selvagens e povos nativos, só existindo neste país( como eles definem a África), fome, Aids e miséria..Finaliza alertando sobre o perigo que se tem em se conceituar uma determinada pessoa, grupo ou lugar sem conhecer suas raízes, sua identidade.

Assim como no vídeo apresentando, todo povo tem sua história, sua característica, sua resistência, seus conflitos. Neste contexto abordaremos a definição de Cultura, Identidade e Etnocentrismo e qual a contribuição que o pensamento antropológico trouxe para a conduta do Assistente Social.

CULTURA, IDENTIDADE E ETNOCENTRISMO

A palavra cultura tem um amplo significado e diferente conceituação quando empregada de uma forma Coletiva pelas Ciências Sociais e Biológicas, tanto quanto empregada na antropologia,em suas diferentes correntes de atuação (estruturalista, evolucionista, funcionalista etc..) , causando muitas vezes divergências entre os mesmos seguidores.Esqueçamos o que foi dito e aprendido no colegial , e aprofundaremos desde os primórdios da Civilização.Originou-se da palavra Romana Colere, que significa cultivar a Terra, no sentido de Agricultura(Arendh1997apud Silva,2005). Segundo a autora, o filosófo Romano, Marco Tulio Cícero,usou o termo “excolere animum” , que seria o cultivo do espírito e o termo “cultura anime” representado espírito cultivado.O antropólogo evolucionista Edward B. Tylor foi o primeiro percussor a definir Cultura:

‘Cultura e Civilização, tomada em seu sentido etnográfico amplo, é este todo complexo que inclui conhecimento, crença, arte,moral,lei costume e todas as demais capacidades e hábitos adquiridos pelo homem enquanto membro de uma sociedade. A condição, entre as diversas sociedades da espécie humana, na medida em que é passível de ser investigada nos princípios gerais, é tema apropriado para o estudo do pensamento e da ação humana. (A Cultura Primitiva”,1871,apud SILVA,2005).

Desde então vem surgindo vários conceitos de Cultura, a partir do método científico e suas correntes antropológicas que concordam ou contestam entre si, de modo que sua Teoria seja compreendida a partir do seu campo de conhecimento.

A nossa Identidade é construída a partir do momento que temos contato com outra pessoa, primeiramente no ambiente familiar e conforme nossas relações vão se ampliando, nossa identidade vai se transformando e procuramos nos inserir num determinado grupo social que mais se assemelha com nosso estilo de vida, costume, crenças, etc.., ou seja com o grupo que compartilhe com a mesma cultura.

Uma forte manisfestação cultural que reforça o pensamento do filósofo romano Cícero, o conceito de identidade e cultura baseada na construção da etnografia, introduzida pelo pensador Franz Boas, podemos citar o grupo Zambiapumga, situado no litoral do sul da Bahia, na cidade de Nilo Peçanha, próxima à Valença. Uma cidade de gente simples,com poucos habitantes, em poucos minutos é possível andar pelas principais ruas da cidade. Tem lindas cachoeiras, e seu povo sobrevive do cultivo do cacau e dendê e da pesca do Pitu e Rubalo. Originado dos povos Bantos da África,O Zambiapumga tem uma tradição de mais de 200 anos, perpetuado de geração a geração, tendo os seus membros, na sua grande maioria, pertencentes ao mesmo grupo familiar. Na madrugada do dia primeiro de novembro, um grupo de nativo local, mascarados, se vestem com roupas coloridas, saem pelas ruas da cidade dançando ao som de enxadas, foices, tambores, cuicas e búzios gigantes, como uma forma de “afugentar os maus espíritos”. Também se apresentam no segundo domingo de janeiro, dia do Santo Padroeiro da Cidade,numa demonstração de fé e tradição.

Dado o exemplo citado, podemos definir Cultura como sendo um conjunto de crença, arte, moral, tradição, costumes, culinária, símbolos e ritual de um povo,no expressar de sua identidade.

Com a nossa identidade cultural formada, criamos nossas regras, nossos modelos comportamentais e começamos a cultivar a cultura do “eu”, “meu”, “nosso”,no sentido de perfeição e superioridade e começamos a criticar, julgar, excluir, tudo que não se encaixem no contexto elaborado , menosprezando a visão do “outro”. Segundo Laraia, essa forma de pensar denominada etnocentrismo,é responsável em seus casos extemos por numerosos conflitos sociais.

O antropólogo Claude Lévi-Strauss, Teorico Estruturalista, acreditava na diversidade cultural, seu campo de estudo com Tribos Indígenas no Brasil,, lhe rendeu fama e reconhecimento mundial com a obra “Tristes Tópicos” . Marc Argé ,faz o seguinte comentário em seu vídeo : Ele expressa uma espécie de relação com o mundo que vai além até mesmo da descoberta do outro, das descobertas das paisagens, dos costumes, das diferenças. Apresentamos um trecho tirado de sua obra,Tristes Trópicos” .

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