De Que Maneira As Organizações Através Das Tecnologias De Gestão Podem Se Anteciparem Aos Impactos Causados No Meio Ambiente Por Meio Da Atividade Fim Da Organização. Como O Direito Empresarial Atua Em Relação às Responsabilidades Da Organizaçã
Ensaios: De Que Maneira As Organizações Através Das Tecnologias De Gestão Podem Se Anteciparem Aos Impactos Causados No Meio Ambiente Por Meio Da Atividade Fim Da Organização. Como O Direito Empresarial Atua Em Relação às Responsabilidades Da Organizaçã. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Jenilucia • 2/11/2014 • 3.652 Palavras (15 Páginas) • 1.015 Visualizações
Projeto Interdisciplinar aplicado à Tecnologia em Recursos Humanos, apresentado como requisito do curso de Tecnologia em Recursos Humanos da Universidade Anhanguera Uniderp, polo Belenzinho, sob a orientação da tutora EaD Tania Maria Alves Capodifoglio.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
2. Corpo de ensaio
2.1. Desenvolvimento teórico
2.2. Considerações do desafio profissional
3. Considerações finais
REFERENCIAS
A EMPRESA E A GESTÃO AMBIENTAL
UMA ANÁLISE A PARTIR DA
PERSPECTIVA EVOLUCIONISTA
Introdução
O processo de desenvolvimento econômico tem se caracterizado pelo acelerado progresso técnico e globalização do industrialismo, com reorganização da produção e alteração das relações sociais com o ambiente físico e natural. As empresas, nesse processo, são agentes ativos, e uma das contribuições das mesmas para a promoção do bem-estar da sociedade está na possibilidade de influenciar o processo de promoção do desenvolvimento de maneira concomitante ao tratamento do meio ambiente. No processo de formulação de políticas públicas com vistas à sustentabilidade sócio-ambiental, a não consideração dos fatores motivacionais desses agentes econômicos através de um instrumental teórico adequado, podem minimizar os efeitos pretendidos. A análise de experiências concretas pode contribuir tanto para abordagens de gestão intra e inter-firmas, como para fornecer subsídios necessários aos gestores públicos e à interação dos atores sociais.
As políticas ambientais na seleção de alternativas tecnológicas para a resolução de
problemas ambientais, que ainda estão sendo tímidas com relação à pressão sobre o
conjunto das empresas, com vistas a uma mudança de paradigma. Algumas razões podem estar direcionando essa posição, entre elas, destacamos uma possível rigidez tecnológica já que uma mudança de processo, muitas vezes, é necessária, o que imprime vultosos investimentos. Mas o que se defende, nesse trabalho, é que a mudança conduz, quase sempre, a uma revisão de erros, e, muitas vezes, a eliminação de passivos ambientais que, se já diretamente prejudica a clientes e à indivíduos em geral, pode levar uma empresa a situações financeiras e legais deletérias.
Este artigo tem por objetivo analisar o comportamento das empresas no processo de
adoção de sistemas de gestão ambiental, bem como o papel que podem desempenhar nas políticas ambientais. Esse viés teórico é aqui privilegiado porque tem-se revelado um marco orientador no entendimento das relações entre as instituições do ambiente econômico e social na questão da tecnologia e desenvolvimento. E, na medida em que novos arranjos organizacionais e novas tecnologias sejam fundamentais no planejamento de alternativas sustentáveis de produção, identificar os fatores de inovação e difusão das novas concepções produtivas devem estar presentes nessa discussão.
1 Economista da UFRJ, especialista em Engenharia Econômica pela UFRJ e em
Engenharia de Produção pela COPPE-UFRJ, mestre em Ciência Ambiental
pelo PGCA-UFF.Professora do CADEMP/EBAP/FGV e Consultora na ENSP/FIOCRUZ.
2 Algumas conclusões desse artigo foram desenvolvidas na dissertação o
"Gestão Ambiental e Competitividade: O Caso BRASILAMARRAS", apresentada
em outubro de 2001, no mestrado de Ciência Ambiental no PGCA-UFF.
A firma na economia evolucionária
Soluções tecnológicas que imprimam um novo relacionamento entre a produção e meio
ambiente exigem novos padrões produtivos que, se orientados para a conquista de
competitividade, podem sofrer difusão e transformar-se em novos paradigmas tecnológicos.
Com base nessa percepção, necessário de faz uma abordagem das questões econômicas
envolvidas na relação empresa/meio ambiente que garanta uma perspectiva mais
interdisciplinar do problema. O viés teórico adotado nesse trabalho, com vistas a analisar as implicações competitivas e de difusão associados a processos de gestão ambiental, será o da economia evolucionária. Essa abordagem tem-se caracterizado por incluir outras áreas de conhecimento, além das econômicas, tais como a sociologia, com o fim de representar uma realidade mais fiel quando se explora o comportamento de empresas, setores econômicos, empreendedores e instituições nos processos de decisão.
Um de seus axiomas centrais é a de que o “capitalismo é visto como um processo histórico e, portanto, evolutivo, em que a mudança (e não o equilíbrio) é o fato mais relevante e, por conseguinte, mais carente de investigação”.
A concorrência, estabelecida pela rivalidade entre as empresas e ativa no processo de seleção, revela-se a força propulsora da mudança, alimentada pelas inovações tecnológicas, que serão as principais componentes das estratégias empresariais. A interação entre inovações e concorrência estabelece tanto o progresso econômico, como o conflito e incerteza no sistema econômico.
Nesse sentido, para haver um desenvolvimento que associe a melhora da qualidade de vida, deve haver uma priorização pelo incentivo à investimentos, às opções processo-integradas, que trarão benefícios tanto à produção quanto à proteção ambiental.
No que se refere ao comportamento da firma e a sua capacidade de responder às mudanças, os fatores derivam de habilidades e condições de caráter intrínseco. Entre eles destacam se a aprendizagem e rotina, processo cumulativo e coletivo, codificado ou tácito, envolvendo todas as pessoas da empresa, que, uma vez internalizado, manifesta-se espontaneamente. Esses conhecimentos tácitos estão presentes na cultura organizacional das empresas, e, frequentemente, são identificados na cultura da empresa, cuja qualidade desses
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