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De Trabalho Do Assistente Social No Campo Da Saúde Mental

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Por:   •  7/1/2014  •  5.667 Palavras (23 Páginas)  •  1.053 Visualizações

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Sumário

Introdução................................................................................................................................

1. Exclusão e criminalização da loucura: Uma breve história da saúde mental.....................

2. Ética e Serviço Social ........................................................................................................

3. Contexto Histórico Serviço Social e Saúde mental..............................................................

4. Processo de Trabalho do Assistente Social no campo da Saúde Mental...........................

5. Política atual da Saúde Mental............................................................................................

Considerações finais................................................................................................................

Bibliografia...............................................................................................................................

Anexos

Introdução

Este trabalho tem por objetivo analisar a história do serviço social na saúde mental, sua inserção como profissão. Além de analisar a ética profissional desta categoria como instrumento totalmente interligado ao processo sócio histórico do Serviço Social brasileiro e no campo da Saúde Mental à luta pela não exclusão do sujeito com transtornos mentais e pelo direito ao tratamento junto à comunidade.

Para a elaboração deste trabalho foram utilizados obras de vários autores que abordam esse tema de forma impar: Forti, Iamamoto, Barroco, Bisneto dentre outros.

Serviço Social e Saúde Mental: Contextualizações e Observações Críticas o grupo chegou a esse titulo partindo do pressuposto de que como futuros assistentes sociais não precisam apenas conhecer a História, mas também critica-la de forma imparcial a fim de se evitar o retrocesso e erros que possam ser fatais para a humanidade. “A História se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa” K. Marx

1. Exclusão e criminalização da loucura: Uma breve história da saúde mental

Ao longo da história a loucura foi vista de diversas formas pela realidade e sociedade que ela pertencesse. Na Grécia antiga a loucura era vista como um dom divino, ou seja, os loucos eram vistos como mensageiros dos deuses. A loucura na Grécia encontrou um lugar social, ela não era banida da sociedade, porém essa visão da loucura mudou historicamente.

Partimos aqui da loucura na conjuntura histórica da Idade Média (século V ao XV), época em que a religião dominante era a cristã e que os seus valores morais e éticos eram predominantes e absolutos. Nesta sociedade a religião também possuía um poder político e detinha o monopólio da vida intelectual A moral e a ética estão completamente ligadas a um contexto religioso que se manifesta na vida medieval, sendo assim qualquer prática ou modo de vida que não condissesse com a moral cristã era abolida do meio social. A medicina cuidava do corpo e a religião cuidava da mente imortal, portanto qualquer que apresentasse sintoma de transtorno mental, ou que não praticasse as normas estabelecidas pela sociedade era tido como louco e o seu destino era ser condenado à fogueira.

Bruxas, alcoólatras, dependentes químicos, homossexuais, jovens mães solteiras, dentre outros eram abolidos da sociedade e tidos como doentes mentais. O louco na Idade Média era tido como “possuído”, não pelos deuses como na Grécia antiga, mais por demônios. Não se havia estudos sobre as doenças mentais. O momento de confinamento, exclusão e purificação da loucura só viria mais tarde após a Renascença.

Entre fins do século XIV e meados do século XVI a uma transformação em diversas áreas da vida humana (cultura, sociedade, economia, política e religião) marcam o fim da Idade Média e inicio da Idade Moderna, que caracteriza a transição do Feudalismo para o Capitalismo. A época conhecida como Renascimento, trás uma mudança na sociedade, o pensamento antes religioso e teocêntrico passa a ser antropocêntrico, colocando o Homem como centro da ciência e da razão. Este período também traz de volta os ideias da Grécia Antiga. A loucura passa então a expressar as verdades do mundo de uma forma trascedental, ela passa a ser exaltada, não precisa ser dominada.

Em outro momento da Renascença a visão sobre a loucura deixa de ser a de expressar as forças da natureza, o conhecimento do homem de si mesmo e passa a ter um caráter moral, a loucura passa a ser vista como um conjunto de vícios, vagabundagem, este louco então deve ser retirado do convívio social, Foucault em sua obra História da Loucura na Época Clássica vai nos mostrar um dos métodos utilizados durantes a renascença, a Nau dos loucos, este barco fazia parte do cotidiano dos loucos que eram colocados ali apara serem retirados da sociedade e ficavam vagando sem rumo pelo mar. Para Foucault esse navio simbolizava mais do que a segurança dos cidadãos da cidade mais também, o medo da loucura vista como uma assombração e como um mistério do homem sobre si mesmo. Em meados do século XVII com o avanço do capitalismo concorrencial, a ascensão da burguesia ao poder, a formação das grandes cidades entorno das fábricas e com a expansão do modo de produção capitalista surge então um novo embate a essa sociedade, as expressões da questão social, o conjunto de problemas econômicos, sociais , políticos entre outros que assola a classe operária, sujeito sociopolítico na sociedade burguesa. É desta sociedade que necessitou de artifícios e mecanismos de punição e de disciplina da força de trabalho para expandir seu modo de produção capitalista, esses mecanismos serviam como modo de adequação da classe trabalhadora a esse modo de produção, seja com controle ou neutralização dos conflitos.

A partir deste modo de produção a uma mudança na sociedade, nas morais, nos princípios, na ética. A fábrica gera um novo modo de vida ao antigo artesão, agora operário, uma vida de disciplina

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