Definição, características, classificação de modos de tráfego de mercadorias
Tese: Definição, características, classificação de modos de tráfego de mercadorias. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: dessadark • 21/11/2013 • Tese • 1.633 Palavras (7 Páginas) • 236 Visualizações
1-Introdução
Essa pesquisa refere-se ao transporte no Brasil que possui grande presença econômica e comercial no mundo. Visando atender as necessidades do comercio internacional, o país adota o que se chama “logística de transporte”, que vem a ser o transporte de mercadorias, garantindo a integridade da carga, no prazo combinado e a baixo custo.
Essa movimentação de produtos pode ser feita de varias maneiras. A escolha depende do tipo de mercadoria a ser transportada, das características da carga,da pressa e principalmente dos custos.
A seguir, veremos cinco tipos de modais, ou modalidades de transporte, que atendem os anseios do mercado.
Rodoviário: O transporte rodoviário oferece rotas de curta distância de produtos acabados ou semi-acabados.
Ferroviário: O transporte ferroviário é lento, muito utilizado para transportar matérias-primas e manufaturados de baixo valor para longas distâncias.
Aeroviário: Transporta itens com pouco volume e alto valor agregado como eletrônicos, instrumentos óticos e materiais frágeis.
Hidroviário: Transporta principalmente granéis como carvão, minérios, cascalho, areia, petróleo, ferro, grãos, entre outros. Trabalha com itens de baixo valor agregado e não-perecível.
Dutoviario: Utilizado em movimentos de petróleo, derivados e gás. Custo baixo de movimentação, oferece linha de produto limitada.
2-Revisão da literatura
Todas as modalidades tem suas vantagens e desvantagens. Algumas são adequadas para um determinado tipo de mercadorias e outras não. O caminho é escolher a melhor opção, analisando os custos, características de serviços, rotas possíveis, capacidade de transporte, versatilidade, segurança e rapidez.
O transporte representa o elemento mais importante do custo logístico na maioria das empresas e tem papel fundamental na prestação do Serviço ao Cliente. Do ponto de vista de custos, Nazário (In: Fleury et al., 2000:126) afirma que o transporte representa, em média, cerca de 60 % das despesas logísticas. Ele pode variar entre 4% e 25% do faturamento bruto, e em muitos casos supera o lucro operacional. Dessa forma, iniciativas como a intermodal idade (integração de vários modais de transporte) e o surgimento de operadores logísticos, ou seja, de prestadores de serviços logísticos integrados, apresentam relevante importância para redução dos custos de transporte, pois geram economia de escala ao compartilhar sua capacidade e seus recursos de movimentação com vários clientes.
Este trabalho visa definir, caracterizar, classificar os modais de transporte de carga, estabelecendo uma comparação entre eles, a fim de enriquecer a discussão acerca do tema. Termos como logística, multimodalidade, intermodalidade e operadores logísticos serão utilizados e rapidamente tratados, já que fazem parte da discussão do tema transportes.
2.1- Modais de Transporte Ferroviário
[...] No Brasil, o transporte ferroviário é utilizado principalmente no deslocamento de grandes tonelagens de produtos homogêneos, ao longo de distâncias relativamente longas.
Como exemplos de meios de transporte ferroviário, pode-se citar o transporte com vagões, containers ferroviários (1 a 5 toneladas) e transporte ferroviário de semi-reboques rodoviário (piggyback).
Apresenta, ainda, maior segurança, em relação ao modal rodoviário, com menor índice de acidentes e menor incidência de furtos e roubos. São cargas típicas do modal ferroviário:
Produtos Siderúrgicos, Grãos, Minério de Ferro, Cimento e Cal, Adubos e Fertilizantes, Derivados de Petróleo, Calcário, Carvão Mineral e Clinquer e Contêineres.
O sistema ferroviário nacional é o maior da América Latina, em termos de carga transportada, atingindo 162,2 bilhões de tku (tonelada quilômetro útil), em 2001. Os dados operacionais e econômico-financeiros encontram-se disponíveis no SIADE - Sistema de Acompanhamento do Desempenho das Concessionárias de Serviços Públicos de Transporte Ferroviário.
Com relação aos custos, o modo ferroviário apresenta altos custos fixos em
equipamentos, terminais e vias férreas entre outros. Porém, seu custo variável é baixo.
Embora o custo do transporte ferroviário seja inferior ao rodoviário, este ainda não é
amplamente utilizado no Brasil, como o modo de transporte rodoviário. Isto se deve a
problemas de infra-estrutura e a falta de investimentos nas ferrovias.
O sistema ferroviário brasileiro totaliza 29.706 quilômetros, concentrando-se nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste, atendendo parte do Centro-Oeste e Norte do país. Foram concedidos aproximadamente, 28.840 quilômetros das malhas.(Fig.1 modal ferroviário, fonte www.vesoloski.eti.br)
Fig.1 modal ferroviário,fonte www.vesoloski.eti.br
2.2- Rodoviário
É o mais expressivo no transporte de cargas no Brasil, atingindo praticamente todos os pontos do território nacional, pois desde a década de 50 com a implantação da indústria automobilística e a pavimentação das rodovias, esse modo se expandiu de tal forma que hoje é o mais procurado.
Difere do ferroviário, pois se destina principalmente ao transporte de curtas distâncias de produtos acabados e semi-acabados. Por via de regra, apresenta preços de frete mais elevados do que os modais ferroviário e hidroviário, portanto sendo recomendado para mercadorias de alto valor ou perecíveis. Não é recomendado para produtos agrícolas a granel, cujo custo é muito baixo para este modal.
Em relação aos serviços, além da distinção entre transportadoras regulares e frota privada, existem também transportadores contratados e isentos. Quando os clientes
desejam obter um serviço mais adequado as suas necessidades, isentando-se de despesas de capital ou problemas administrativos associados a frota própria, estes se utilizam de
transportadores contratados. Os transportadores contratados são utilizados por um número limitado de usuários em contratos
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