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Depressão

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Por:   •  23/11/2013  •  Seminário  •  3.128 Palavras (13 Páginas)  •  196 Visualizações

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Depressão

A depressão é um distúrbio afetivo que acompanha a humanidade ao longo de sua história. No sentido patológico, há presença de tristeza, pessimismo, baixa auto estima, que aparecem com frequência e podem combinar-se entre si. É imprescindível o acompanhamento médico tanto para o diagnóstico quanto para o tratamento adequado.

Causas

A depressão é uma doença. Há uma série de evidências que mostram alterações químicas no cérebro do indivíduo deprimido, principalmente com relação aos neurotransmissores (serotonina, noradrenalina e, em menor proporção, dopamina), substâncias que transmitem impulsos nervosos entre as células. Outros processos que ocorrem dentro das células nervosas também estão envolvidos. Ao contrário do que normalmente se pensa, os fatores psicológicos e sociais, muitas vezes, são consequência e não causa da depressão. Vale ressaltar que o estresse pode precipitar a depressão em pessoas com predisposição, que provavelmente é genética. A prevalência (número de casos numa população) da depressão é estimada em 19%, o que significa que aproximadamente uma em cada cinco pessoas no mundo apresenta o problema em algum momento da vida.

Sintomas de Depressão

Humor depressivo ou irritabilidade, ansiedade e angústia.

Desânimo, cansaço fácil, necessidade de maior esforço para fazer as coisas.

Diminuição ou incapacidade de sentir alegria e prazer em atividades anteriormente consideradas agradáveis.

Desinteresse, falta de motivação e apatia.

Falta de vontade e indecisão.

Sentimentos de medo, insegurança, desesperança, desespero, desamparo e vazio

Pessimismo, idéias frequentes e desproporcionais de culpa, baixa autoestima, sensação de falta de sentido na vida, inutilidade, ruína, fracasso, doença ou morte.

Como reconhecer os sintomas da Depressão

A pessoa pode desejar morrer, planejar uma forma de morrer ou tentar suicídio.

Interpretação distorcida e negativa da realidade: tudo é visto sob a ótica depressiva, um tom "cinzento" para si, os outros e o seu mundo.

Dificuldade de concentração, raciocínio mais lento e esquecimento.

Diminuição do desempenho sexual (pode até manter atividade sexual, mas sem a conotação prazerosa habitual) e da libido.

Perda ou aumento do apetite e do peso.

Insônia (dificuldade de conciliar o sono, múltiplos despertares ou sensação de sono muito superficial), despertar matinal precoce (geralmente duas horas antes do horário habitual) ou, menos frequentemente, aumento do sono (dorme demais e mesmo assim fica com sono a maior parte do tempo).

Dores e outros sintomas físicos não justificados por problemas médicos, como dores de barriga, má digestão, azia, diarréia, constipação, flatulência, tensão na nuca e nos ombros, dor de cabeça ou no corpo, sensação de corpo pesado ou de pressão no peito, entre outros.

DEPRESSÃO, O MAL DO SÉCULO:

DE QUE SÉCULO?

RESUMO: Conhecer a história da depressão nos leva a entender o ser humano como hoje o conhecemos e incorporamos. Este artigo tem por objetivo resgatar a história da depressão no mundo ocidental. Não se trata de reescrever a história, mas sim de realizar uma análise historico-social, revisitando o tema sob as perspectivas filosófica, poética e científica desde a antigüidade até os dias atuais. Acreditamos ser de vital importância o profissional da área de saúde conhecer quais os paradigmas em que ele se baseia no atendimento às pessoas com depressão, suas idéias e seus conceitos. Muitas vezes pode não estar consciente, mas são demonstrados em seus atos. Conhecendo a história da depressão, o profissional pode tornar esses conceitos explícitos, analisá-los e decidir-se por mantê-los no atendimento às pessoas

com depressão ou transformá-los, posicionando-se com consciência.

INTRODUÇÃO

A depressão é uma doença pós-moderna?

Alguns podem pensar que sim, pois está sendo muito comentada atualmente. O olhar da mídia direcionado para a depressão nos últimos anos, não é à toa.

No ultimo relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS), a depressão se situa em quarto lugar entre as principais causas de ônus entre todas as doenças, e as perspectivas são ainda mais sombrias. Se persistir a incidência da depressão, até 2020 ela estará em segundo lugar. Em todo o mundo, somente a doença isquêmica cardíaca a suplantará. No entanto, apesar dessas estatísticas, a depressão não é uma doença do século XXI. Perturbações há muito chamadas de melancolia são agora definidas como depressão. Primeiramente, vale

a pena conhecermos a definição de melancolia. Etimologicamente, a palavra vem do grego melano chole, significando bílis negra. O termo depressão foi inicialmente usado em inglês para descrever o desânimo em 1660, e entrou para o uso comum em meados do século XIX2.

Conhecer a história da depressão nos leva a entender a invenção do ser humano como hoje o

conhecemos e incorporamos. Este artigo teve como objetivo resgatar a história da depressão no Ocidente. Não se trata de reescrever a história, mas sim de realizar uma análise historico-social, revisitando o tema sob as perspectivas científica, filosófica e poética. Afinal, antigamente os grandes pensadores eram filósofos, teólogos, matemáticos, médicos...

Partimos do pressuposto que o conhecimento norteia a conduta do profissional. A depressão é

assunto atual e torna-se importante conhecer sua história para que os paradigmas nos quais a prática do profissional está baseada se tornem explícitos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Trata do tema na Antiguidade, Idade Média, Idade Moderna e Idade Contemporânea.

Antigüidade (500 a. C. – 100 d. C.) Mente sã em corpo são. Os gregos já partilhavam a idéia moderna de que as doenças da mente estão conectadas de algum modo à disfunção corporal. A prática médica grega era baseada na teoria dos quatro humores, que considerava

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