Desafios éticos do superior Educação
Tese: Desafios éticos do superior Educação. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: AngelicaFelix • 25/10/2013 • Tese • 1.797 Palavras (8 Páginas) • 249 Visualizações
Introdução
O objetivo deste trabalho é refletir sobre algumas questões relativas à ética na educação superior. Abordaremos sobre as instituições de educação superior que devem formar os estudantes para que se convertam em cidadãos bem informados e profundamente motivados, providos de um sentido crítico e capazes de analisar os problemas, e buscar soluções para que se apresentam à sociedade.
E que o convívio dentro de uma Instituição deve ser organizado de maneira que os conceitos de justiça, respeito e solidariedade sejam vividos e compreendidos pelos alunos como aliados à perspectiva de uma "vida boa". Dessa forma, não somente os alunos perceberão que esses valores e as regras decorrentes são coerentes com seus projetos de felicidade, como serão integrados às suas personalidades: se respeitarão pelo fato de respeitá-los. A ética é indispensável em todos os aspectos da vida, ela nasce da crítica de cada indivíduo.
QUESTÕES ÉTICAS NA EDUCAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR
Conceito de ética
A palavra ética se origina diretamente do latim ethica, e, indiretamente, do grego ηθική, que apresentam vários significados como: costume ou habito; morada, estância, residência, o abrigo permanente, casa; caráter, índole natural, temperamento, conjunto de disposições físicas e psíquicas de uma pessoa. A ética pode ser compreendida inicialmente como aquilo que vetoriza determinada ação, ao ofertar-lhe uma origem e uma destinação específica.
Ética é um conjunto de princípios e valores que guiam e orientam as relações humanas. Esses princípios devem ter características universais, precisam ser válidos para todas as pessoas e para sempre.
A ética é indispensável em todos os aspectos da vida, seja profissional ou social, no tempo presente e no futuro, visando tanto à realização pessoal quanto as convivências sociais.
A ética na formação do Educador e Educando
A educação formal é apenas uma parcela do processo educativo, entretanto, tem o poder de desenvolver o pensamento crítico e estético, a partir do conhecimento acumulado ao longo das gerações.
Quando um docente começa a exercer no ensino superior, ele precisa de uma código de ética, para haver um compromisso entre docente e aluno. A profissão docente se dá a serviço de todos e a seu próprio benefício, desenvolvida de maneira estável em conformidade com a própria vocação e em atenção à dignidade humana.
De acordo com Vasques (1995), a ética é a ciência do comportamento moral dos homens em sociedade, a ética pode ser um conjunto de regras, princípios ou maneiras de pensar que guiam a sociedade.
Os professores do ensino superior têm um papel determinante na formação de atitudes éticas positivas no alunado. Devemos levar em consideração, e jamais esquecermos, que nas mãos do professor universitário estão à responsabilidade de formar médicos, arquitetos, psicólogos, pedagogos, advogados e uma lista imensa de outros profissionais, e ainda novos professores. Essa conscientização se faz ainda mais necessária quando se trata de alunos da área de educação, que estão na universidade para se tornarem professores.
O que possibilita o caminho de exercício de sua profissão pela ética é a reflexão, ela permite o desenvolvimento atingindo uma maior competência profissional e ética. Dessa forma, é necessário, nos dias atuais, que o professor invista em sua formação, para que ele possa aprimorar e reconstruir seus saberes, muitas vezes vindos de uma educação tradicional, o que deixa de demonstrar seus valores sociais, éticos, culturais e epistemológicos que não se relacionam diretamente a sua capacidade permanente de renovação.
Um dos principais objetivos da educação é ensinar valores. É preciso mostrar a ele como compreender a si mesmo para que possa compreender os outros e a humanidade em geral.
De acordo com Castanho (2002), O PROFESSOR é o principal ator na situação universitária, é um sujeito histórico e vive num contexto social e político que deve ser levado em conta pra que se entendam suas ações. Ele afirma também que pensa numa nova forma de ensinar e aprender, que inclua ousadia de inovar as práticas de sala de aula, de trilhar caminhos inseguros, expondo-se, correndo riscos, e não se apegando ao poder docente.
Chauí (1988, p. 45) relata que “Sócrates acreditava que bastava saber o que é bondade para ser bom”. O pressuposto básico da Ética de Sócrates – que basta saber o que e bondade para que se seja bom. E para Chauí, a filosofia é o comportamento ético, é aquele que é considerado bom, e, sobre a bondade, os antigos diziam que: o que é bom para a leoa, não pode ser bom à gazela. E, o que e bom à gazela, fatalmente não será bom à leoa. Este é um dilema ético típico (CHAUI, 1988, p. 89).
Um fator importante na formação ética é o diálogo. Não há ética na atuação do docente que não se compromete com sua missão, e restringir seu compromisso às formas tradicionais de educação. É também fundamental que o professor veja na educação a distância a oportunidade de seu próprio aperfeiçoamento e reciclagem, como novas oportunidades de um aprendizado que afinal, espera-se, traduzir-se em uma elevação do nível geral das aulas ministradas.
A ética, para o aluno, cristaliza-se na adesão sincera a um projeto de educação do qual ele deve ser personagem ativo, assim contribuindo para que o ensino a distância se aperfeiçoe, se estenda, seja entendido como forma viável de educação. Alunos devem perceber a educação à distância como a oportunidade de aprendizado, de reciclagem, de aperfeiçoamento, de interação com um mundo que gera informações incessantemente, e que espera que os que nele transitem saibam se informar.
Se vir a educação à distância como oportunidade de realização de um curso sem o compromisso de uma presença em sala de aula, sem a convivência com o ambiente escolar, sem a cobrança, que se presume seja maior no ensino presencial, é retirar a credibilidade do ensino a distância, prejudicando-lhe o desenvolvimento e encurtando-lhe as possibilidades.
Para Georgen (2001) entende que o caráter utilitarista e operacional da educação superior atualmente é uma das consequências da modernidade. A juventude universitária enxerga os estudos como uma forma de ponte para ter uma profissão, como fonte de retorno financeiro e como roteiros de operações
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