Determinação da necessidade real de investimentos em segurança do trabalho nas empresas

1. INTRODUÇÃO

O presente estudo visa expor o atual cenário das empresas brasileiras com quadro de funcionários composto por mais de 100 trabalhadores. Nessas empresas, é exigido, através da lei nº 5.889, de 5 de junho de 1973, a implementação de equipes completas de segurança no trabalho, que são formadas por médico do trabalho, engenheiro do trabalho, enfermeiro do trabalho e técnico em segurança do trabalho.

A formação dessas equipes exige muitas vezes altos custos e uma reestruturação inter na da empresa que demanda uma série de alterações nos procedimentos gerais que antes eram tomados pela mesma. Isso não se mostra um problema em empresas que gastam muito com processos e outros gastos que envolvem acidentes de trabalho, pois os resultados trazidos são recompensadores. Mas existe o outro lado, as empresas onde nunca ocorreram acidentes, aquelas em que os custos empregados no cumprimento da lei são altos em comparação ao que se gasta com processos e outros custos envolvendo acidentes de trabalho.

Dentro desse contexto, questiona-se: Em uma empresa onde nunca ocorreu acidente de trabalho, investir em segurança não seria perda de tempo? Será que o retorno trazido por esse investimento não seria pequeno diante dos ganhos anteriores das empresas, visto que nas mesmas nunca foram relatados ou registrados nenhum tipo de gasto demandados por acidentes? Claro que não.

2. OBJETIVOS

Esta pesquisa tem como objetivos: identificar a real necessidade do investimento em segurança do trabalho nas empresas; comparar os gastos com segurança no trabalho com os ganhos de produção: relacionar os ganhos de produção entre empresas que cumprem a lei nº 5.889 e as empresas que não a cumprem ; analisar a existência de melhoria na qualidade de vida dos trabalhadores empregados nas empresas que cumprem a lei nº5.889.

3. JUSTIFICATIVA

Justifica-se este trabalho a partir do fato de que é desconhecida por grande parte dos representantes, gerentes e responsáveis por empresas, a real necessidade da implantação de uma equipe de segurança do trabalho.

Sabemos que o tema ainda é bastante obscuro a muitos. E devido à sua abrangência, que engloba desde a área específica de prevenção de acidentes, até a área social, achamos que merece destaque. Portanto, este trabalho irá esclarecer essa área obscura mostrando as melhorias observadas onde se cumpre a lei.

Estas melhorias no que diz respeito ao aspecto social, estão relacionadas a convivência e relação entre os funcionários, pois existem treinamentos dentro da empresa, conduzidos pelos profissionais do trabalho, que simultaneamente melhoram o profissionalismo com que o empregado desenvolve sua profissão e a relação com os seus colegas de trabalho, como também a qualidade de vida dos mesmos.

A qualidade de vida é um tema que merece destaque. É comum observarmos stress, problemas psicológicos e problemas físicos de saúde em alguns profissionais no nosso dia-a-dia. Isso acontece pelo indevido exercício de suas profissões. E isso sim é um problema de segurança do trabalho, se os funcionários tivessem a devida orientação e treinamento, tais problemas raramente apareceriam. Os funcionários poderiam viver com maior qualidade e as empresas gastariam menos com indenizações e por funcionários aposentados.

4. METODOLOGIA

A metodologia baseou-se na busca por conhecimento de segurança no trabalho através de livros que serão citados ao decorrer do trabalho, baseou-se também na exposição e teste desse conhecimento através da redação e pesquisa no campo empresarial de duas empresas, uma que cumpre a lei nº 5.889 e outra que não cumpre. Em seguida nós vamos traçar um paralelo entre a qualidade de vida dos funcionários das mesmas e vamos relacionar os ganhos trazidos às devidas empresas.

5. SEGURANÇA DO TRABALHO

Em empresas de qualidade, a presença de do Técnico de Segurança do Trabalho ou do Engenheiro de Segurança do Trabalho é certa. Uma das maiores características desses é a cobrança e fiscalização dos procedimentos corretos dentro do ambiente de trabalho, muitas vezes essa cobrança é tão excessiva que faz os dois profissionais se tornarem chatos, mas essa chatice se baseia simplesmente em evitar alguns prejuízos.

Segundo artigo publicado por Gilberto no site artigonal.com, esses prejuízos se baseiam em “Evitar acidentes que danifiquem ferramentas de trabalho, pois toda e qualquer ferramenta de trabalho é adquirida pela empresa para assegurar o trabalho bem feito, eficiente e dentro de normas que garantam a boa qualidade e preço competitivo. Evitar que se danifiquem os produtos fabricados pela empresa, pois qualquer produto danificado é sinônimo de prejuízo material, onerando toda uma cadeia produtiva. Evitar que o funcionário machuque terceiros, pois além de todo o desconforto e transtorno causados por um acidente deste tipo, a empresa terá que arcar com indenizações que além de onerar a cadeia produtiva, poderiam ser evitadas”.

Toda a preocupação com esses prejuízos tanto por parte da empresa quanto por parte da sociedade e governo surgiu de uma época onde não existia ainda indústria nem empresas de grande porte, a história e o surgimento da segurança do trabalho vem de tempos antigos.

5.1. A HISTÓRIA DA SEGURANÇA DO TRABALHO NO MUNDO.

De acordo com a FUNDEC, o mais antigo relato sobre a intranqüilidade relacionada à segurança do trabalho está registrado em um antigo documento egípcio denominado “papiro Anastacius V”, que informa as condições de trabalho de um pedreiro, e dá destaque ainda à preservação da