Dieletricos
Tese: Dieletricos. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: henriquehortelio • 15/4/2014 • Tese • 1.180 Palavras (5 Páginas) • 220 Visualizações
ıtulo 8
Diel´etricos
8.1 Introdu¸c˜ao
At´e agora, s´o discutimos campos el´etricos no v´acuo ou na presen¸ca de condutores,
dentro dos quais �E = 0. Por´em, o que acontece se trabalharmos
com isolantes?
Cavendish, em 1773, e Faraday, independentemente, em 1837 1 descobriram
que a capacitˆancia de um capacitor aumenta caso seja colocado um
isolante entre as placas, a capacitˆancia aumenta por um fator que depende
t˜ao somente do tipo de material colocado. Mas por qual motivo isso ocorre?
Nesse cap´ıtulo estudaremos mais profundamente as propriedades desses
materiais diel´etricos, e a sua aplica¸c˜ao na constru¸c˜ao de capacitores, al´em de
estudar alguns dos fenomenos relacionados, como a polariza¸c˜ao.
8.2 Campo no interior de um diel´etrico
Nessa se¸c˜ao veremos mais a fundo o motivo que leva a esse aumento da
capacitancia, dessa forma, devemos considerar dois tipos de materiais, os
compostos por mol´eculas polares e os apolares:
1Nussenzveig, Herch Moys´es, Curso de F´ısica b´asica - Volume 3, 1a Edi¸c˜ao, p´ag 86
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110 CAP´ITULO 8. DIEL´ETRICOS
8.2.1 mol´eculas polares
As mol´eculas polares s˜ao aquelas que apresentam um momento de dipolo
permanente �p. Esse dipolo, quando colocado na presen¸ca de um campo
el´etrico tende a se alinhar com este devido a um torque resultante, que pode
ser observado na figura abaixo:
Figura 8.1: Dipolo molecular imerso em um campo
O alinhamento das mol´eculas do material na dire¸c˜ao do campo el´etrico
externo ´e chamado de polariza¸c˜ao el´etrica.
8.2.2 mol´eculas apolares
Essas mol´eculas n˜ao apresentam momento dipolo permanente, por´em, tamb´em
est˜ao sujeitas `a uma polariza¸c˜ao, devido ao surgimento de um dipolo induzido:
8.3. POLARIZAC¸ ˜AO 111
Figura 8.2: Ao ser imersa em um campo, surge um dipolo induzido na
mol´ecula
8.3 Polariza¸c˜ao
Com o que vimos na Se¸c˜ao 8.2 existem dois tipos de dipolo, um induzido (no
caso das mol´eculas apolares), ou um permanente (caso das mol´eculas polares,
como a ´agua). Esses dipolos podem ser ent˜ao polarizados pela presen¸ca de
um campo el´etrico, como percebe-se na figura abaixo:
Figura 8.3: Material polarizado
Assumimos aqui que todos os dipolos est˜ao alinhados com o eixo do cilindro,
o que nem sempre ´e verdade. Dessa forma, precisamos descobrir a
influˆencia desses dipolos no campo el´etrico resultante.
8.3.1 Defini¸c˜ao do vetor Polariza¸c˜ao
Definimos o vetor polariza¸c˜ao como sendo:
112 CAP´ITULO 8. DIEL´ETRICOS
−→P =
1
V
�N
i=1
�pi (8.1)
Na qual �pi s˜ao os dipolos, induzidos ou permanentes, presentes nos materiais.
Perceba que �P possui sentido que aponta das cargas negativas para
as positivas.
No caso do cilindro apresentado, considerando N dipolos orientados �p
podemos dizer que:
−→P =
1
V
�N
i=1
�pi
Dessa forma, no total, ter´ıamos que as cargas de cada dipolo iriam se anular
dentro do cilindro, restando somente as cargas externas. Assim ter´ıamos:
Figura 8.4: Esquema
Mas como podemos calcular Qp, ou seja, a carga polarizada?
Considerando um grande momento dipolo igual `a soma de todos os vetors
dipolo menores Np. Assim, pela defini¸c˜ao de vetor dipolo: Qph = Np. Mas
Qp = σpA. Dessa forma, podemos dizer que, no caso das placas paralelas:
σp = �P (8.2)
Caso as placas n˜ao sejam paralelas, sendo A� a nova ´area e A a ´area do
8.3. POLARIZAC¸ ˜AO 113
caso paralelo, considerando o vetor ˆn perpendicular `a superf´ıcie e o ˆangulo θ
que este faz com o vetor hatk, temos:
A�cosθ = A ⇒ σp =
Qpcosθ
A
= �Pcosθ = �P · ˆn (8.3)
Al´em disso, pela lei de Gauss, como �E = −�P/ε0 podemos dizer que:
Qp = −
�
�P · d�s (8.4)
Que, pelo teorema da divergˆencia:
∇ · �P = −ρp (8.5)
Dessa forma, precebe-se a importˆancia
...