Diferenciar categorias: gênero e gênero
Tese: Diferenciar categorias: gênero e gênero. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: flavia1970 • 15/4/2014 • Tese • 965 Palavras (4 Páginas) • 307 Visualizações
Universidade Estácio de Sá
Professora Antonia de La Cruz
Apostila elaborada por Antonia de La Cruz – Curso de Direito
AULA 4
Objetivos: Diferenciar as categorias: sexo e gênero
Compreender as questões culturais relacionadas ao gênero
Entender a forma como a Psicologia trata as questões de gênero
GÊNERO
É a construção cultural coletiva dos atributos da masculinidade e feminilidade. Esse conceito foi proposto para distinguir-se do conceito de sexo, que define as características biológicas de cada indivíduo.
Para tornar-se homem ou mulher é preciso submeter-se a um processo que chamamos de socialização de gênero, baseado nas expectativas que a cultura tem em relação a cada sexo. Dessa forma, a identidade sexual é algo construído, que transcende o biológico.
O sistema de gênero ordena a vida nas sociedades contemporâneas a partir da lingua¬gem, dos símbolos, das instituições e hierarquias da organização social, da representação política e do poder. Com base na interação desses elementos e de suas formas de expres¬são, distinguem-se os papéis do homem e da mulher na família, na divisão do trabalho, na oferta de bens e serviços e até na instituição e aplicação das normas legais.
A estrutura de gêneros delimita também o poder entre os sexos. Mesmo quando a nor¬ma legal é de igualdade, na vida cotidiana encontramos a desigualdade e a iniqüidade na distribuição do poder e da riqueza entre homens e mulheres.
Durante séculos, as mulheres foram educadas para submeterem-se aos homens. A "domesticação" da mulher foi conseqüência da necessidade dos homens assegurarem a posse de sua descendência. O fato de que a maternidade é certa e a paternidade apenas presumível (ou incerta) sempre foi um fantasma para a organização da cultura patriarcal. O controle da sexualidade e da vida reprodutiva da mulher garante a imposição das regras de descendência e patrimônio e, posteriormente, um sistema rígido de divisão sexual do traba¬lho. Assim, a mulher passa a ser tutelada por algum homem, seja pai, tio ou marido.
Este sistema de divisão sexual do trabalho, cuja finalidade primeira foi a de regula¬mentar a reprodução e organizar as famílias, acabou por dar aos homens e mulheres uma carga simbólica de atributos, gerando uma correlação entre sexo e personalidade que foi interpretada como característica inerente aos sexos. Atribuiu-se à natureza de homens e mulheres aquilo que era da cultura. Pensar que a mulher é frágil e dependente do homem ou que o homem é o chefe do grupo familiar pode levar as pessoas a concluírem que é natural que os homens tenham mais poderes que as mulheres e os meninos mais poderes que as meninas.
Este tipo de pensamento sempre justificou o autoritarismo masculino, interpretando a violência do homem contra a mulher como algo natural. Isso impregnou de tal forma nossa cultura que, assim como muitos homens não assumem que estão sendo violentos, muitas mulheres também não reconhecem a violência que estão sofrendo.
Sexo e gênero
sexo e gênero não são sinônimos.
Sexo => diz respeito às características fisiológicas relativas à procriação, à reprodução biológica - diferenças sexuais são físicas.
Gênero => seria determinado pelo processo de socialização e outros aspectos da vida em sociedade e decorrentes da cultura, que abrange homens e mulheres desde o nascimento e ao longo de toda a vida - diferenças de género são socialmente construídas.
Gênero => conjunto de arranjos através dos quais a sociedade transforma a biologia sexual em produtos da atividade humana e nos quais essas necessidades transformadas são satis¬feitas. Este sistema incluiria vários componentes, entre outros adivisão sexual do trabalho e definições sociais para os géneros e os mundos sociais que estes conformam.
A questão da hierarquia de gênero
O patriarcado é uma forma de hierarquia, em que os homens detêm o poder e as mulheres são subordinadas.
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