Dinâmica Das Vertentes
Trabalho Universitário: Dinâmica Das Vertentes. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: LELEDILSON • 30/8/2014 • 941 Palavras (4 Páginas) • 1.156 Visualizações
Geomorfologia Continental
DINAMICA DAS VERTENTES
As teorias geomorfológicas fazem parte de um campo conceitual extremamente importante para o estudo da Geomorfologia. Os diversos postulados elaborados desde o inicio dos estudos geomorfológicos até a atualidade são relevantes para a compreensão da formação do relevo e de sua relação com ação antrópica, na atualidade. Deve-se levar em consideração que, tais teorias foram elaboradas sem levar em conta esta atual realidade, isto é, a capacidade que o homem tem em modificar o meio.
Para os geógrafos, torna-se de extrema importância o aprofundamento no conhecimento destas relações, pois a Geomorfologia consiste num excelente campo de análise entre os fatores antrópicos e naturais, sobretudo àqueles ligados a construção da superfície terrestre. A compreensão da evolução do relevo gera subsídios para o entendimento dos processos que ocorrem na superfície terrestre e, consequentemente, para a realização de estudos ambientais, ao passo que a morfologia terrestre comporta a maioria dos seres vivos.
Teoria do ciclo geográfico (Willian Morris Davis)
A teoria proposta por William Morris Davis apresenta uma concepção finalista sistematizada na sucessão das formas de um ciclo ideal conforme descreve Christofoletti (1998). Este modelo teórico se apóia na elaboração de três fases no processo de evolução do modelado terrestre: a juventude, maturidade e senilidade, podendo retornar novamente a uma fase de juventude através de movimentos epirogenéticos caracterizando um processo de rejuvenescimento do relevo. Esta visão baseia-se nas áreas temperadas úmidas que se desenvolve sobre as chamadas fases antropomórficas comparando a evolução do relevo aos estágios da vida humana.
Os processos principais deste ciclo apresentam-se através do desenvolvimento das seguintes etapas:
Processo denudacional iniciado pela emersão e surgimento de massas continentais.
Atuação do sistema fluvial no entalhamento dos talvegues originando diversos canyons.
A partir do entalhamento do talvegue o rio caminha rumo a um perfil de equilíbrio, caminhando orientado pelo nível de base onde a drenagem não erode nem deposita.
Por fim, o entalhamento produz nas vertentes desmoronamentos e ravinamentos surgindo uma topografia de colinas.
Vale ressaltar que, uma das lacunas deixadas por essa teoria reside exatamente na consideração do sistema fluvial como agente determinante, sem considerar outros fatores como decisivos na evolução e gênese do relevo.
Todo este processo desenvolve-se por meio da erosão remotante que consiste no “[...] trabalho de desgaste feito de jusante para montante, ou seja, da foz para a cabeceira do rio” (Guerra, 1989, p.159).
Após este processo temos o período da maturidade que se caracteriza por uma estabilidade tectônica. Diminuindo o ritmo da erosão linear as vertentes se alargam e a declividade diminui (Christofoletti, 1980). neste momento ocorre uma horizontalização topográfica.
Na fase da senilidade temos a “sucessão de colinas rebaixadas, cobertas por um manto contínuo de detritos intemperizados e separados por vales com fundo largo” (Christofoletti, 1980, p.162), formando o que denomina-se de peneplanícies, termo que designa uma superfície aplainada com leves ondulações originária de áreas temperadas úmidas. Isso demonstra um período onde o relevo apresenta formas predominantemente aplainadas, pronto para a execução de um novo ciclo a partir de um movimento epirogenético e a conseqüente quebra da estabilidade tectônica.
Teoria da pediplanação (Lester King)
De acordo com Ross (1991) a teoria da pediplanação, se baseia no principio da atividade erosiva desencadeada por processos de ambientes áridos e semi-áridos com a participação dos efeitos tectônicos, elaboradas ao longo do tempo em diferentes níveis. Nesta teoria, os
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