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TURISMO: EDUCAÇÃO SUPERIOR E SUAS VERTENTES

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Por:   •  30/5/2014  •  2.420 Palavras (10 Páginas)  •  439 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO – UFOP

CURSO DE TURISMO

TÓPICOS ESPECIAIS EM TURISMO: EDUCAÇÃO NO TURISMO

PROF. LEANDRO B. BRUSADIN

12 DE FEVEREIRO DE 2014

TURISMO: EDUCAÇÃO SUPERIOR E SUAS VERTENTES

André Saimon Santos Sousa

Erivelton Pimenta

Luiza Silva Pimentel

Resumo

Neste presente artigo, apresenta-se uma discussão sobre a educação no ambiente acadêmico voltado ao ensino do turismo em universidades. Voltadas a relação da sociedade e da cultura envolvida na pratica do aprendizado e do ensino. Visando o social como carro chefe e exemplificando o motivo do ensino para o desenvolvimento de uma sociedade culturalmente relacionada.

Introdução

A educação é o pré pulsor de uma sociedade desenvolvida, tanto economicamente quanto socialmente. A necessidade do ensino se desenvolve a partir da vivencia mutua do individuo com seu meio e passa a tomar formas adaptáveis a cada setor ou a cada segmento. Um artesão utiliza-se da pratica do ensino para manter viva sua arte e passa-la de geração para geração, atua diretamente com a necessidade e o exemplo.

Margarita Barretto, Maria Ivonete Peixer Da Silva, Elizabete Tamanini relatatam, “até os séculos X e XI aproximadamente a educação em geral era ministrada pelos religiosos e os saberes específicos para os ofícios eram ministrados nas corporações, tendo apenas valor dentro delas. Tratavam de saberes vinculados exclusivamente a prática de ofícios, sem teorias explicativas.” Trabalhando desta forma, com os moldes iniciais e praticáveis até os dias de hoje, onde se encontra esta característica muito forte nas artes que necessitam de um trabalho manual e de técnicas.

Tendo um início de atividades acadêmicas por volta de 1200d.c., onde, se teve inicio também o ensino de direito romano. Margarita Barretto, Maria Ivonete Peixer Da Silva, Elizabete Tamanini ainda afirma que, o modelo atual de universidade surgiu no século XIX, a partir do sucesso da Universidade de Berlim (1810). Seus princípios eram os da pesquisa livre por parte de estudantes e professores e atraiu pesquisadores do mundo inteiro, introduzindo seminários, laboratórios científicos e os estudos monogrfados.

A universidade passa a ser então tomada como um ambiente com a intenção de formar pensadores, mais do que profissionais treinados, passa a ser problematizada para entender e ralativizar a inserção do ser humano enquanto sua comunidade. É trabalhado suas ciências especificas e dando novos rumos a educação na sociedade.

O legado educacional do regime militar

Na introdução de seu texto Dermeval Saviani destaca antecedentes fundamentais para a compreensão do legado educacional no regime militar buscando contextualizar o início da década de 60 no Brasil. Nesse contexto há o interesse comum por parte dos políticos em acelerar o desenvolvimento da indústria nacional, tendo como meta o modelo de substituição de importações.

Contudo, apesar dessa meta comum, havia uma forte contradição na política brasileira.

O instituto Superior de Estudos Brasileiros (ISEB) buscava divulgar a ideologia nacional desenvolvimentista, e, em contrapartida, a Escola Superior de Guerra (ESG) divulgava a ideologia da interdependência o que já demonstra a contradição no sistema governamental. Essas fortes divergências ideológicas, não obstante, perdiam força em suas bases na medida em que o interesse em desenvolver a indústria e, evidentemente, a economia nacional – promovendo a substituição de importações através do fortalecimento da indústria primária e secundária – tomava seu lugar e colocando as divergências políticas em segundo plano.

Todavia é fundamental compreender que a contradição ideológica não desapareceu, e, na medida em que os objetivos comuns eram conquistados, as contradições políticas cresciam, pois, para os partidários de direita , como empresários e a classe média, o processo de industrialização tinha um “fim em si mesmo”, enquanto que para os de esquerda, como organizações camponesas e outras ligas que buscavam grandes reformas de bases, além de sindicatos, pensavam que o cumprimento do processo de industrialização deveria ser uma “etapa”, onde a finalidade seria culminar na nacionalização de empresas internacionais e, evidentemente, grandes reformas de base.

Para Dermival Saviani o ápice desse conflito culminou com o golpe militar de 1964, onde houve a vitória das forças socioeconômicas dominantes, implicando na “adequação da ideologia política ao modelo econômico” que, evidentemente, se voltaria cada vez mais para a desnacionalização econômica.

Mas afinal quais foram as consequências desse resultado para educação brasileira?

1. O legado educacional

Um dos aspectos principais do legado educacional no regime militar foi a vinculação da educação pública às necessidades de mercado. Se anteriormente a educação não deveria estar necessariamente vinculada ao aumento da produtividade e da renda, os governantes de então, passaram a realizar modificações estruturais privilegiando fortemente uma educação com princípios de aumento da produtividade e da renda.

A partir de então até a escola primária deveria capacitar o aluno para o desenvolvimento de atividades práticas. O ensino médio deveria, fundamentalmente, preparar profissionais necessários para o desenvolvimento do país. E o ensino superior formar mão de obra especializada para atender às necessidades de mercado.

Fóruns foram realizados para tratar do que foi chamado pelo autor de “teoria do capital humano” tendo como enfoque a criação de cursos técnicos de curta duração, utilização de meios de comunicação em massa como recursos pedagógicos, cursos voltados para o aumento da produtividade e racionalização de custos. Ou seja, a educação era – como foi demonstrado pelo próprio tema de um fórum em 1968 – “a educação que nos convém”. Esta educação “que nos convém”, não obstante, deveria não apenas convir aos interesses do Brasil, pois também atenderia

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