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Disciplina segurança no trabalho e ergonomia

Tese: Disciplina segurança no trabalho e ergonomia. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  29/9/2013  •  Tese  •  2.843 Palavras (12 Páginas)  •  823 Visualizações

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Disciplina segurança no trabalho e ergonomia

Questões

1° - Qual a importância da segurança do trabalho no setor siderúrgico?

R: A siderurgia é, sem dúvida, a espinha dorsal que sustenta a produção industrial dos países mais desenvolvidos. A produção e o consumo de metais ferrosos - aço e ferro fundido - é um dado muito importante que mede a saúde econômica e o grau de desenvolvimento desses países.

O setor siderúrgico brasileiro compõe-se de 36 empresas produtoras de aço, das quais:

• 13 são usinas integradas, ou seja, operam todas as fases do processo de produção do aço - preparação, redução, refino e conformação;

• 21 são semi-integradas, ou seja, processam sucata, gusa ou ferro-esponja, nas fases de refino e conformação;

• 2 são não-integradas, ou seja, operam apenas a fase de redução

O objetivo de este trabalho mostrar a necessidade que existe de cumprir as normas de segurança para, assim, poder preservar a vida e a saúde do trabalhador, diminuindo o índice de acidentes setor siderúrgico, aspectos sociais, econômicos e trabalhistas e como obter informações objetivas sobre os processos industriais e seus riscos potenciais à segurança e saúde dos trabalhadores.

O setor siderúrgico está incluído na Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE no grupo 27 (metalurgia básica), constando dos seguintes subgrupos:

2° - Quais os riscos que um colaborador que trabalha no setor de alto forno de uma siderúrgica esta exposto?

R: No alto-forno, o minério de ferro é reduzido para gusa. O alto-forno é alimentado a partir do topo com coque e minério de ferro. Ar quente (chegando a 1.200 °C) é soprado a partir da parte inferior para o alto-forno. O coque reage com o ar e forma CO, resultando em um calor de aproximadamente 2.200 °C. O CO em movimento ascendente, reduz o minério de ferro em ferro. O gás produzido pelo alto-forno é recolhido no topo, enquanto escórias e gusa são depositados na parte inferior e coletados ou recolhidos, através de um orifício com tampa removível.

Na Siderurgia os colaboradores passam parte de sua jornada diária diante de fortes fontes de calor. Essas pessoas frequentemente enfrentam condições adversas de calor que representam certos perigos para a sua segurança e saúde, como: Confusão mental, Delírio, Perda da consciência, Convulsão, Esgotamento, Câimbras entre outras.

Então a Segurança e Medicina do Trabalho tem como finalidade fazer cumprir normas relacionadas a Lei 6.514 de 22 de Dezembro de 1977 – Portaria 3.214 de 8-6-1978, que pode ser entendida como o conjunto de medidas adotas visando minimizar os acidentes de trabalho, as doenças ocupacionais, bem como para proteger a integridade e a capacidade de trabalho de cada colaborador.

Assim como os processos de redução a produção de aço apresenta uma grande gama de riscos físicos, como o calor e o ruído gerado pelos sopradores ou pelo arco voltaico, atingindo facilmente níveis acima de 105dB(A).

Como riscos químicos o CO e os fumos metálicos, cuja exposição é muito maior nesta etapa do processamento.

A poeira de refratários constitui outros riscos nesta etapa, proveniente da recuperação de panelas e conversores, que após algumas dezenas de corridas devem ter seus refratários reparados. Os riscos de acidentes também são eminentes devido a transportes de produtos através das pontes rolantes e outros equipamentos internos.

A atividade de siderurgia inclui uma grande variedade de processos industriais. Observamos essa variação de processos quando comparamos empresas distintas ou mesmo quando analisamos uma única planta industrial, o que confere à siderurgia a característica de concentrar em espaços relativamente pequenos os mais diversos riscos ("hazards") químicos e físicos, p. e. Benzeno na coqueria e temperaturas elevadas no alto forno; fatores ergonômicos, p. e. inadequação de postos de trabalho; e atividades associadas a risco de acidentes, p. e. transporte ferroviário e utilização de ponte rolante. Alguns desses riscos estão presentes em todas as siderúrgicas, outros são encontrados apenas em algumas delas.

Citamos como exemplo o benzeno. Esse produto químico, que representa uma ameaça aos trabalhadores por ser cancerígeno, assume importância nas siderúrgicas integradas, pois estas produzem grandes quantidades de benzeno durante a coqueificação do carvão que é utilizado nos altos-fornos. Esse risco inexiste nas siderúrgicas que utilizam forno a arco elétrico ou o carvão vegetal em substituição ao coque.

Sempre que possível as siderúrgicas devem ser inspecionadas por equipes de AFT – Auditoria Fiscal do Trabalho, os quais devem solicitar, quando necessário, o apoio de outros órgãos, entidades ou instituições, como Ministério Público, FUNDACENTRO, Secretarias de Saúde e INSS. No caso de inspeção que possa envolver a exposição ocupacional ao benzeno em uma siderúrgica integrada, os AFT devem contatar a Comissão Nacional Permanente do Benzeno (CNPBz) ou a Comissão Regional, caso exista, para integrar suas ações.

As inspeções nas siderúrgicas devem ser registradas através de relatórios para permitir um histórico das ações desenvolvidas. Esses históricos devem ser elaborados visando a continuidade das inspeções pelo MTE, assim como para fornecer subsídios, em caso de solicitação, para a CNPBz ou para as Comissões Regionais e Estaduais do Benzeno

3° - Quais as conseqüências para o organismo, caso as medidas de prevenção não sejam adotadas?

R: Muitos trabalhadores passam parte de sua jornada diária diante de fontes de calor. As pessoas que trabalham em fundições, siderúrgicas, padarias, – para citar apenas algumas industrias – frequentemente enfrentam condições adversas de calor que representam certos perigos para a sua segurança e saúde.

A EXPOSIÇÃO AO CALOR PRODUZ REAÇÕES NO ORGANISMO

Os fatores ambientais que afetam a saúde do trabalhador quando exposto ao calor excessivo em sua área de trabalho, são: temperatura, umidade, calor radiante (como o que provém do sol ou de um forno) e a velocidade do ar. As características pessoais são talvez o fator que mais pesa durante a exposição ao calor. Podemos considerar as seguintes: a idade, o peso, o estado físico, as condições orgânicas e a aclimatação ao calor.

O corpo reage às altas temperaturas externas aumentando a circulação sanguínea

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