Disfunção Eretil
Tese: Disfunção Eretil. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Jwlynha • 25/5/2014 • Tese • 1.204 Palavras (5 Páginas) • 163 Visualizações
2 REVISÃO DE LITERATURA
Através de uma pesquisa de campo e com base em artigos científicos serão levantadas as principais características referentes à disfunção erétil e o seu tratamento medicamentoso. Para melhor apresentação este capítulo foi dividido em quatro seções. A primeira parte abordará a disfunção erétil. Na segunda parte estará especificado o uso do citrato de sildenafila, bem como na terceira e quarta partes o uso da tadalafila e vardenafila respectivamente. Por fim, apresenta-se um pouco sobre a lei dos genéricos e sobre a lei patentária dos medicamentos.
2.1. DISFUNÇÃO ERÉTIL
Disfunção erétil é a incapacidade do homem em alcançar a ereção como parte de um processo multifacetário de sua função sexual, compreendendo uma variedade de aspectos, tanto físicos, psicológicos como comportamentais (FERRAZ; CICONELLI, 1998). No século XV acreditava-se que a impotência era causada por feitiços ou castigos dos deuses por atos pecaminosos. Moura (1999, p.265) aborda em sua pesquisa, “em 1563, Dr. Johann Weyer especulou que a impotência poderia estar relacionada a causas naturais ou ao uso de certos remédios - o primeiro reconhecimento de que alguns fármacos podem causar disfunção erétil”.
A DE não caracteriza uma patologia ou uma síndrome, e sim uma manifestação de um conjunto de patologias que podem ser de origem psicológica ou orgânica (MOURA; CERÉSER, 1999).
Pouco se falava na antiguidade sobre a disfunção erétil e sendo assim muitos tabus e mitos foram criados. O fato de acreditar que a DE era um “castigo”, fez atrasar as pesquisas sobre o assunto sendo assim as buscas por uma cura ocorreram de forma muita lenta (MOURA; CERÉSER, 1999).
A etiologia das disfunções sexuais pode estar relacionada a uma série de fatores como:
a) causas orgânicas: doenças crônicas (arteriosclerose, doenças neurológicas, diabetes etc.) câncer, agentes farmacológicos e uso de drogas, alterações endocrinológicas,doenças psiquiátricas subclínicas, outros fatores médicos, cirúrgicos ou traumáticos;
b) causas psicológicas: fatores individuais (personalidade, baixa autoestima, educação, história de vida, abuso sexual, dificuldades psicossociais, depressão, ansiedade, medo, frustração, culpa, conflitos intrapsíquicos, crenças religiosas), fatores interpessoais (comunicação pobre, relação conflituosa,pouca confiança, traições, medo de intimidade) e fatores psicossexuais (aprendizado e atitudes negativos sobre a sexualidade, ansiedade de desempenho,traumas sexuais, desconhecimento da resposta sexual, expectativas de resposta surreais) (MARQUES; CHEDID; EIZERIK, 2008).
As DEs são classificadas em quatro categorias:
a) disfunções de desejo (desejo sexual hipoativo, desejo sexual hiperativo e aversão sexual);
b) disfunções de excitação (disfunção erétil);
c) fase de orgasmo (ejaculação precoce, retardada, retrógrada e ausência de ejaculado);
d) disfunções sexuais relacionadas à dor (prostatites, uretrites, fimose, doença de Peyronie) (MARQUES; CHEDID; EIZERIK, 2008).
2.1.1 Estatística da disfunção erétil no mundo
A DE acomete cerca de 150 milhões de homens em todo mundo. No Brasil o número de homens que sofrem com DE chega a 11 milhões. Estes homens, tendem a ter uma baixa de auto estima, dificultando na vida harmoniosa do casal. A prevalência e a gravidade da situação aumentam com o passar da idade (TORRES et al., 2012).
Estima-se que cerca de 52% dos homens na faixa entre 40 e 70 anos estejam acometidos com DE. Aqui no Brasil aproximadamente 46% dos homens sexualmente ativos já tenham tido algum episódio de disfunção erétil (TORRES et al., 2012).
Segundo Schiavini, Damião (2010, p. 01) :
Entre as idades de 40 e 70, a prevalência de DE leve permanece relativamente constante, porém a prevalência de DE moderada e grave aumenta em cada década, com o total combinado de aumento evoluindo de cerca de 40% na idade de 40 anos a quase 70% aos 70 anos7. Embora a incidência desta doença aumente com a idade, isto não deve ser considerado uma consequência inevitável ou natural do envelhecimento.
Ilustração 1: Grau de severidade da disfunção de acordo com a idade
Fonte: Moreira Junior e Santos (2003).
Entretanto, doenças como diabetes mellitus, hiperprolactinemia, hipo ou hipertireoidismo, disfunções de adrenal e algumas drogas também podem interferir nos mecanismos hormonais e nos neurotransmissores impedindo assim que se obtenha uma ereção peniana satisfatória (CASTILHO et al., 2006).
Antidepressivos, ansiolíticos, antipsicóticos, anti-hipertensivos e diuréticos são drogas que por serem largamente utilizadas também podem contribuir para o avanço da DE (CASTILHO et al., 2006).
As doenças neurológicas podem afetar profundamente os mecanismos de ereção e também de ejaculação.
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