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Dislexia

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Por:   •  30/4/2014  •  Seminário  •  803 Palavras (4 Páginas)  •  301 Visualizações

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A dislexia é uma dificuldade de leitura e escrita que pode afetar também a percepção dos sons da fala e se manifesta inicialmente durante a fase de alfabetização. É uma condição de aprendizagem de base genética, ou seja, tem natureza hereditária. Existem vários genes envolvidos nesta condição e pesquisadores no mundo todo estão trabalhando para identificar quais são esses genes.

A dislexia consta da Classificação Internacional de Doenças (CID) que descreve suas características e sintomas. Entretanto, o Instituto ABCD prefere abordá-la como um transtorno de aprendizagem persistente e inesperado, pois a criança não apresenta deficiências intelectuais nem sensoriais. As dificuldades podem ser minimizadas utilizando-se métodos pedagógicos alternativos, que se adaptam às dificuldades e necessidades da criança.

Estima-se que 4% da população brasileira tenham dislexia. Portanto são mais de 7 milhões de pessoas convivendo com o problema.

Se um dos pais tiver dislexia, obrigatoriamente os filhos também terão?

Não. A herança genética aumenta a tendência para desenvolver a dislexia, ou seja, é maior a probabilidade da criança apresentar o problema caso um dos pais seja portador. Mas, se ela tiver dislexia, vários fatores podem contribuir para atenuar ou reforçar os sinais, como o estímulo que ela tem em casa e o ambiente sócio-cultural, que pode oferecer a ela recursos para lidar com suas dificuldades. O ambiente vai moldar esta tendência genética. Por isso mesmo em gêmeos idênticos a manifestação pode ser diferente.

Quais são os sinais da dislexia?

Leitura com erros de reconhecimento das palavras, leitura não fluente de textos e com alteração de ritmo e entonação (por exemplo, leitura de sílaba por sílaba), dificuldade de compreensão de textos, escrita com erros de ortografia, inversão de letras e/ou sílabas, leitura e escrita com rendimento abaixo do esperado para a idade e a escolaridade. A intensidade dos sintomas varia caso a caso.

Como é feito o diagnóstico?

Ao ser identificada a dificuldade para o aprendizado da leitura e da escrita, a criança é encaminhada para a avaliação de uma equipe multidisciplinar composta, em geral, por um neuropediatra, um fonoaudiólogo e um psicólogo que farão as avaliações específicas. São aplicadas provas e testes para avaliar o nível de leitura, o vocabulário e habilidades específicas, como memória, atenção e velocidade de processamento.

Existem diferentes níveis de dislexia?

Sim. Atualmente, considera-se mais correto pensar em uma escala de desempenho contínuo que vai desde casos leves até os severos. Em casos leves, por exemplo, ocorrem alguns erros na escrita e a compreensão de texto é possível após algumas leituras. Já em casos graves, há pessoas que não conseguem ser alfabetizadas porque não conseguem ler ou escrever, mas, ainda assim, compreendem textos se alguém fizer a leitura para elas e conseguem fazer uma redação ditando para um digitador. De qualquer maneira, é importante fazer o diagnóstico correto, pois algumas dificuldades leves podem ser decorrentes de uma alfabetização mal feita.

Como é o tratamento?

Não há prescrição de medicamentos, e, sim, adaptações pedagógicas aliadas ao atendimento especializado. O

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