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Diversidade lingüística

Tese: Diversidade lingüística. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  27/10/2013  •  Tese  •  6.802 Palavras (28 Páginas)  •  344 Visualizações

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A diversidade refere-se à abundância de coisas diferentes, à variedade e à diferença. A linguística, por sua vez, é aquilo que pertence ou que está relacionado com a linguagem (o sistema de comunicação que nos permite abstrair e comunicar conceitos) ou com a língua (o sistema de comunicação verbal próprio dos seres humanos).

A diversidade linguística, neste caso, está relacionada com a existência e a convivência de línguas diferentes. O conceito defende o respeito por todas as línguas e promove a preservação daquelas que se encontram em vias de extinção por falta de falantes.

Uma língua desaparece quando morre o último integrante do grupo social que a fala. Nestes casos, falha a transmissão de geração para geração através da qual os pais ensinam a língua materna aos seus filhos. O desaparecimento da língua implica uma perda importantíssima e irrecuperável de conhecimentos: por isso, a diversidade linguística é igualmente relevante.

Estima-se que existem mais de 6000 idiomas no mundo. A Oceânia é o continente com maior diversidade linguística pelo facto de haver numerosos grupos aborígenes que defendem a sua língua nativa. Noutras regiões do mundo, em contrapartida, uma língua dominante impôs-se sobre as restantes. É o caso, por exemplo, dos Estados Unidos da América, onde o inglês levou à extinção das línguas da maioria dos habitantes nativos.

As culturas encontram na língua o seu principal veículo de expressão; quando uma língua deixa de existir, a cultura em questão corre o risco de ter o mesmo destino.

Leia mais: Conceito de diversidade linguística - O que é, Definição e Significado http://conceito.de/diversidade-linguistica#ixzz2QjM1Idan

Diversidade Lingüistica

Não é preciso ser um lingüista para perceber a grande diversidade lingüística a nossa volta, principalmente quando se vive numa região tão nova como o sertão de canudos onde é difícil você se deparar com descendentes dos “filhos da Terra”, é bem verdade que parte da população jovem é nascida aqui na terrinha, porém conserva fortes traços lingüísticos de seus pais e apesar de, aparentemente, as pronúncias não divergirem muito, quando se trata do vocabulário você se depara com palavras desconhecidas e não raras vezes cômicas.

Pode-se perceber a sua variação a todo o momento, é um amigo de outra região, é um vizinho mais velho ou mais novo e até mesmo quando interagimos com o outro sexo, as diferenças são tantas que nos leva a acreditar que a língua é um organismo vivo que está sempre em constante modificação.

O pior de tudo isto é que de repente nos deparamos criticando um colega que falou de tal maneira, o pai que usou tal termo e até o professor gaúcho de filosofia com seus “barbaridades tche”. O policiamento é tão grande que até nós mesmos nos vemos com dificuldade de fazer uma resenha com medo de usar aquela ou esta palavra que não agrade ao professor por não está de acordo com a língua padrão. Opa! E por falar em língua padrão de onde é que veio esta idéia maluca de dizer que tem que ter um padrão pra tudo.

Crescemos ouvindo que a língua natural que estávamos falando estava errada – seu muleque que palavra é esta, inté parece que não estuda? – e de repente você começa a achar que as pessoas que estão a sua volta vivem falando errado. E quando começa a entender de “português”, não o português do livro de história, mas o tal do português da gramática você descobre que, apesar do seu repertório de piadas sobre português, você não entende é nada sobre ele. Mas, ôxente, que confusão!

Na escola você vai aprender uma tal de “norma culta” aquela que está na gramática e, olhe, logo entendi que estes gramáticos sabem mesmo de português e muitas vezes me vi como eles: uma coroa na cabeça e um cetro na mão dizendo em tom forte: isto ta errado, aquilo ta certo, e, incolerisado, ordenando “Corta cabeça! Corta cabeça! E de repente caio do trono e acabo acordando com uma danada dor de cabeça tentando descobrir como se escreve incolerisado”.

Mas de tanto falarem acabaram inculcando na minha cabeça que é necessário ter uma língua padrão e falar/escrever de acordo com a norma culta, pois é uma língua de prestígio social, necessária para quando estamos falando diante de um público seleto e formal. Além disto não se pode tirar uma boa nota numa resenha se não fizer bom uso desta tal norma culta e de antemão, já sabemos que não vai ser um dez.

Quando, no entanto se estuda lingüística se percebe que não existe uma língua melhor do que a outra, pois cada língua com suas variedades atende as necessidades de uma determinada comunidade de falantes de se comunicar e de pensar já que entre estes existe uma concessão social que lhe permite o uso da linguagem que na verdade é o que interessa. Opa! Já lá vamos nós se impolgando de novo. È bom ter modos, já que não cai bem para um estudante de letras falar em democracia lingüística.

No entanto o tal professor gaúcho de filosofia nos chamou atenção para tomar cuidado com o preconceito lingüístico afirmando que esta ou aquela língua é melhor do que a outra, pois é sem dúvida um meio de discriminação e que só serve aos interesses da elite dominante que procura a todo custo se perpetuar no poder. Aí sim cabe ao professor de português combater todo o tipo de discriminação.

Existem vária formas de variações lingüísticas, mas no Brasil em especial, por causa de sua grande extensão territorial se destacam as variedades regionais, pois o falar de um gaúcho (olhe o professor novamente) é muito diferente dos falares nordestinos e mesmo nestas regiões existem diferenças entre os falares de seus habitantes. Estas diferenças regionais são percebidas principalmente no léxico e no sotaque fazendo surgir dialetos regionais marcantes como o baiano e o carioca. È bom lembrar que quando se fala em “dialeto baiano” estão se referindo ao falar de salvador e do recôncavo, nós aqui do norte da Bahia temos o “dialeto sertanejo” que difere muito, principalmente no que tanje (é com j ou com g) a fonética, dizem que agente fala abrindo as vogais das sílabas pretônicas e quanto ao léxico ninguém sabe ao certo, viajando pelo nordeste, se pede uma mandioca, um aimpim ou uma macaxeira, pois dependendo do lugar e da palavra utilizada você corre o risco de si dar mal recebendo uma peixerada na barrigada ou se dar bem exendo a barriga com uma peixerada acompanhada de tomate e cebola.

No entanto a variação lingüística mais acentuada é a “social” esta, assim como as demais, serve como

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