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Por:   •  28/3/2015  •  771 Palavras (4 Páginas)  •  195 Visualizações

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confronto entre o racismo (contemplado nos Valores Tradicionais), em que há a

separação entre brancos e negros, o que reflete uma situação social concreta, e o

antirracismo (ressaltado pelos Valores Novos) em relação às justiças humanas,

sociais e à igualdade das raças.

A análise dos diferentes valores nas produções literárias possibilita a colocação

de outra questão: qual seria a natureza da literatura infantil? Coelho (2000, p. 27)

afirma que:

Literatura é uma linguagem específica que, como

toda linguagem, expressa uma determinada

experiência humana, e dificilmente poderá ser

definida com exatidão. Cada época compreendeu e

produziu literatura a seu modo. Conhecer esse

‘modo’ é, sem dúvida, conhecer a singularidade de

cada momento da longa marcha da humanidade em

sua constante evolução”.

Compreende-se que a literatura representa conhecimentos que são passados e

registrados de geração para geração e evidenciam a forma de pensar ou conceber o

mundo de cada época, ou seja, a realidade social. Por essa razão, é considerada

como sendo uma forma de arte literária.

Assim, qual seria o papel da literatura infantil neste contexto? Da mesma forma

que a produção literária destinada a adultos deseja atuar sobre as mentes, no caso

particular da literatura infantil a criança é considerada como leitora e receptora das

produções literárias. As histórias para crianças foram, a princípio, baseadas na

concepção da criança como um “adulto em miniatura” e tinham por finalidade

aproximá-la de um mundo repleto de atitudes e valores considerados importantes

para a vida adulta. Dessa forma, a literatura, por meio da adaptação dos clássicos e

contos populares, com conteúdos voltados para o universo adulto, revelou uma

tentativa de preparar a criança para enfrentar a realidade e adentrar na vida adulta

(ou ainda atrair o pequeno leitor e ouvinte para participar de experiências com

relação à realidade e ao mundo imaginado).

Os estudos da Psicologia Experimental contribuíram para superar tal

concepção, afirmando que a criança é um ser diferente do adulto, com

características que lhe são próprias e, portanto, se desenvolve em diferentes

estágios, da infância à adolescência. Essas afirmações confirmaram também a

necessidade de se considerar a relação entre a criança, o livro, o ato de ler e a

adequação das produções literárias, devido às diferentes fases também do leitor,

definindo-se assim categorias de leitor.

As inclusões em determinada categoria de leitor são sempre aproximadas, pois

não dependem exclusivamente da idade do leitor, mas pressupõem a interrelação

entre a idade cronológica, o nível de amadurecimento biológico, cognitivo e afetivo e

domínio do mecanismo da leitura. Portanto, servem como princípios norteadores

para a seleção de livros considerados adequados aos respectivos leitores, como

segue: Pré-leitor se divide em duas fases: Primeira infância (dos 15/17 meses aos 3

anos) e Segunda infância (a partir dos 2/3 anos); Leitor iniciante (a partir dos 6/7

anos); Leitor em processo (a partir dos 8/9 anos); Leitor fluente (a partir dos 10/11

anos) e Leitor crítico (a partir dos 12/13 anos).

Certamente compreender as diferentes categorias de leitor auxiliará o professor

na seleção adequada das produções literárias. Do mesmo modo, compreender as

relações entre a história e natureza da literatura infantil também é necessário. Como

visto anteriormente,

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