Do valor acrescentado bruto
Tese: Do valor acrescentado bruto. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: Alyssonbfreitas • 13/5/2014 • Tese • 1.102 Palavras (5 Páginas) • 464 Visualizações
A microeconomia é considerada a base da moderna teoria econômica, estudando suas relações fundamentais, ela estuda as interações que ocorrem nos mercados em função da informação existente e da regulação estatal. Distingue-se o mercado de um produto ou serviço dos mercados de fatores de produção, capital e trabalho. Compara os agregados da quantidade global demandada pelos compradores e a quantidade fornecida pelos vendedores, o que determina o preço.
Perceber a envolvente macroeconômica e microeconômica exige, em primeiro lugar, ter na nossa posse um conjunto de medidas agregadas que refletem o desempenho da economia. A medida central para avaliar esta performance corresponde à quantidade de bens e serviços produzidos no espaço geográfico em causa num determinado período de tempo (comummente um ano); esta medida vai ser designada, para já, como produto. A medida frequentemente mais utilizada para contabilizar o valor total da produção de um país é a de Produto Interno Bruto (PIB):que trata-se do valor monetário de toda a atividade produtiva desenvolvida numa determinada área geográfica (geralmente, um país) durante um determinado período de tempo (regra geral, um ano ou um trimestre).
Pela óptica da produção, o valor do PIB é encontrado através da soma do valor acrescentado bruto (VAB) de cada atividade econômica. O VAB mede o valor da produção diminuído dos consumos intermédios; os consumos intermédios, por seu lado, corresponderão ao valor dos bens e serviços que são utilizados ou consumidos no processo produtivo.
Ao somarmos os VABs dos diversos sectores ou ramos de atividade, obtemos um valor que não corresponde exatamente ao valor a que os bens são transacionados no mercado. Já referimos que o PIB é contabilizado a preços de mercado; o valor da produção surge-nos, no entanto, a custo de fatores. A diferença reside nos impostos indiretos (como o IVA) líquidos de subsídios à produção: o valor acrescentado não contempla estes impostos enquanto o valor da produção transacionada no mercado o faz. Assim, pela óptica da produção podemos dizer que o PIB corresponde ao total do valor acrescentado bruto de cada atividade econômica mais impostos indiretos líquidos de subsídios à produção. Considerando a óptica da despesa, o PIB respeita à soma de um conjunto de componentes, cada uma delas correspondendo a uma variável macroeconômica de grande relevância. Por esta óptica, definimos o PIB através da seguinte expressão:
PIB = C + I + G + (X – M)
A primeira componente da despesa é o consumo privado (C). Por consumo privado entende-se a despesa do agente econômico famílias em bens e Serviços usados para a satisfação direta de necessidades. Este consumo é consumo final, em oposição ao consumo intermédio.
A variável (I) respeita ao investimento. O investimento é uma variável de fluxo (tal como o consumo), a qual é normalmente acumulável através de vários períodos de tempo (ao contrário do consumo). Ao investimento acumulado atribui-se a designação de capital, o qual será portanto uma variável de stock ou uma variável acumulada. Dada a característica referida, ao investimento podemos igualmente chamar formação bruta de capital (novamente, o termo bruto refere-se ao fato de não se ter em conta a depreciação do capital acumulado, ou seja, ao fato de esta depreciação não ser alvo de amortização). Nas contas nacionais, o investimento ou formação de capital surge como a soma de três componentes:
- Formação bruta de capital fixo (FBCF);
- Variação de existências ou de inventários;
- Aquisição (menos alienação) de valores.
A FBCF corresponde à aquisição (líquida de eventuais alienações) de ativos fixos duráveis, sejam eles de natureza tangível ou intangível. A variação de existências define-se como a entrada menos a saída de bens e serviços em inventário, isto é, daqueles bens e serviços que tendo já sido produzidos ou encontrando-se em fase de produção, ainda não foram objeto de transação no mercado. Quanto à aquisição de valores, esta respeita a ativos que não são em primeira instância para consumo ou produção, mas que servem essencialmente como reserva de
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