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E a estrutura de um plano de negócio (business plan)

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Por:   •  20/5/2014  •  Tese  •  4.833 Palavras (20 Páginas)  •  459 Visualizações

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Empreendedorismo – Aulas 6 / 7 e 8

PLANO DE NEGÓCIOS e estrutura (Business plan)

Planejamento é a definição de um futuro almejado e dos meios e alternativas mais eficazes de alcançá-lo. Embora não garanta o futuro desejado, o planejamento define objetivos, direciona os esforços e recursos e dá um rumo ao empreendimento.

Sabe-se que uma pequena ou média empresa (Peme) apresenta peculiaridades e enfrenta circunstâncias que variam conforme o estágio de desenvolvimento em que se encontra. Por uma abordagem sistêmica, não se pode pensar que uma única variável, analisada isoladamente, determine um resultado. Um empresário pode ter tudo na cabeça, até certo ponto ou estágio, e mesmo assim ser bem sucedido. Embora planejando informalmente, monitora e age em direção aquilo que é crítico e vital ao negócio, maneja pessoalmente as atividades e ajusta-se; assim o empreendimento se desenvolve. Outros, com belos planos formais, esquecem os reais objetivos, dispersam atenção e não monitoram os assuntos vitais, e a empresa não se adapta; assim o empreendimento perece. De uma forma ou de outra há algum planejamento. O grau de formalidade e a forma de planejamento não devem explicar isoladamente o limite do sucesso.

O grau de formalização do planejamento, portanto, depende de variáveis e considerações relativas às características particulares de cada empreendimento, quais sejam:

a. Estágios evolutivos da empresa

b. Estilo e habilidade do empresário

c. Complexidade do modelo

d. Grau de incerteza

Dessa maneira, entender profundamente o ramo, ter visão, equilibrar sonhos e realização, compreender as variáveis críticas do sistema, monitorar a empresa, determinar objetivos são vitais. Construir possibilidades futuras a partir do presente, definir claramente o que fazer e o que não fazer, agir e disseminar valores pela organização é muito mais importante do que o grau de formalidade do planejamento.

Um planejamento razoavelmente bom propicia:

• melhor entendimento do negócio;

• determinação e compreensão das variáveis vitais e críticas;

• clareza quanto ao que fazer e ao que não fazer;

• visão de oportunidades;

• abordagens criativas e inovadoras;

• definição de objetivos e observação da congruência dos elementos do modelo;

• observação de alternativas e possibilidades futuras;

• integração e motivação aos envolvidos na empresa;

• direção e rumo;

• disciplina e motivação.

Em contrapartida, deve-se evitar e repensar a adoção do planejamento quando:

• a complexidade inibe a ação;

• paralisa a empresa;

• a forma prevalece sobre a essência;

• o que é crítico e vital torna-se secundário ou implícito;

• direciona-se somente a oportunidade em detrimento do foco;

• é utilizado para solucionar problemas do dia a dia;

• inicia um engessamento da empresa.

Plano de negócio

A principal utilização do plano de negócio (PN) é a de prover uma ferramenta de gestão para o planejamento e desenvolvimento inicial de uma start-up. No entanto, o plano de negócios tem atingido notoriedade como instrumento de captação de recursos financeiros junto a capitalistas de risco e angel investors, principalmente com referência às empresas de tecnologia e Internet dos EUA.

O índice de mortalidade das micro e pequenas empresas (MPE) brasileiras, nos primeiros anos de existência, atinge percentuais próximos aos 70% ou mais, o que tem sido motivo de análise e discussão em vários âmbitos da sociedade, do meio acadêmico ao empresarial. Esse retrospecto não é uma particularidade das empresas brasileiras. Mesmo nos Estados Unidos, país referência em empreendeedorismo e criação de pequenas empresas de sucesso, a mortalidade das chamadas start-ups também é alta, chegando a índices próximos aos do caso brasileiro, acima de 50% em algumas áreas de negócio. Uma pesquisa do SBA (Small Business Administration), órgão do Governo Americano de auxílio às pequenas empresas daquele país, pode apontar apenas 2% dos casos de fracasso das start-ups americanas possuem causas -desconhecidas. Os demais 98% podem ser agrupados e resumidos em uma única conclusão: falha ou falta de planejamento adequado do negócio.

Uma tradição a ser quebrada é achar que o plano de negócios, uma vez concebido, pode ser esquecido. Este é um erro imperdoável e as conseqüências serão mostradas pelo mercado que está em constante mutação. A concorrência muda, o mercado muda, as pessoas mudam. E o plano de negócios, sendo uma ferramenta de planejamento que trata essencialmente de pessoas, oportunidades, contexto e mercado, riscos e retornos, também muda. O plano de negócios é uma ferramenta dinâmica, que deve ser atualizada constantemente, pois o ato de planejar é dinâmico e corresponde a um processo cíclico. No caso das empresas que já se encontram em funcionamento, ele deve mostrar não apenas aonde a empresa quer chegar (situação futura), mas também onde a empresa está no momento, apresentando os valores dos seus atuais indicadores de desempenho.

Outra característica importante é que ele não deve estar apenas focado no aspecto financeiro. Indicadores de mercado, de capacitação interna da empresa e operacionais são igualmente importantes, pois estes fatores mostram a capacidade da empresa em "alavancar" os seus resultados financeiros no futuro. Resumindo, é importante que o plano de negócios possa demonstrar a viabilidade de se atingir uma situação futura, mostrando como a empresa pretende chegar lá.

O plano de negócios é um documento usado para descrever um empreendimento e o modelo de negócios que sustenta a empresa. As seções que compõem um plano de negócios geralmente são padronizadas para facilitar o entendimento, tendo cada uma delas, um propósito específico. Um plano de negócios para

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