EDUCAÇÃO AMBIENTAL, CIDADANIA E SUSTENTABILIDADE

RESENHA:

EDUCAÇÃO AMBIENTAL. CIDADANIA E SUSTENTABILIDADE.

Pedro Jacobi

DESENVOLVIMENTO, MEIO AMBIENTE E PRÁTICAS EDUCATIVAS

O autor inicia com uma reflexão sobre as práticas sociais devido à degradação permanente do meio ambiente e sua ligação com a educação ambiental.

Ele fala sobre a crise ambiental a partir do fato da maior parte da população do Brasil viver em cidades onde há degradação das condições de vida, que demanda repensar na forma de agir sobre a questão ambiental. Cita Leff (2001) que afirma ser impossível a resolução dos problemas ambientais sem uma mudança radical nos sistemas de conhecimento.

Em 1997 com a Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental (Tsibilisi – EUA), teve início um grande movimento global no sentido de criar condições que formem uma nova consciência sobre o valor da natureza e também para reorientar a produção do conhecimento baseada na interdisciplinaridade e complexidade.

Outra inovação foi a necessidade de se articularem ações de educação ambiental baseadas nos conceitos de ética e sustentabilidade, identidade cultural e diversidade, mobilização e participação e práticas interdisciplinares (Sorrentino, 1998).

Através de Ulrich Beck, descreve a sociedade de risco que emerge com a globalização, a individualização, a revolução de gênero, o subemprego e a difusão dos riscos globais. Como é o caso dos riscos ecológicos, químicos, nucleares e genéticos.

Ou seja, o tema sustentabilidade confronta-se com o paradigma da

“sociedade de risco” e isso implica integrar prática social com educação ambiental. E a reorganização do poder e da autoridade a partir do acesso à informação e transparência.

A preocupação com o desenvolvimento sustentável representa a possibilidade de garantir mudanças sociopolíticas que não comprometam os sistemas ecológicos e sociais que sustentam as comunidades.

Promover o crescimento da consciência ambiental, onde a população possa participar do processo decisório como corresponsáveis na fiscalização e controle dos agentes de degradação ambiental.

EDUCAÇÃO AMBIENTAL: ATORES, PRÁTICAS E ALTERNATIVAS

Nos tempos atuais a informação tem um papel cada vez mais relevante e pode ser uma usada na defesa da qualidade de vida. A educação ambiental com função transformadora no desenvolvimento sustentável. A educação ambiental não é uma ferramenta, mas não é suficiente. O educador tem função de mediador na construção de referenciais ambientais e precisa aprender a usar como instrumento para o desenvolvimento de uma prática social centrada no conceito de natureza.

Conceito de desenvolvimento sustentável surge para enfrentar a crise ecológica de um processo alimentado por duas correntes:

- Clube de Roma;

- Conferência de Estocolmo;

O relatório de 1987, conhecido como “Nosso futuro comum” traz a ideia de desenvolvimento sustentável, reforçando as relações entre economia, tecnologia, sociedade e política. Salienta a necessidade de uma nova postura ética em relação