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EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE CULTURAL

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Por:   •  1/10/2013  •  1.360 Palavras (6 Páginas)  •  542 Visualizações

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INTRODUÇÃO

A política educacional brasileira vem ao encontro de um compromisso mundial firmado na Espanha, em 1994, no qual cerca de 80 países assinaram a Declaração de Salamanca, que proclama a educação inclusiva como combate à discriminação. Essa nova concepção parte do princípio de que crianças normais convivendo com as deficientes desde cedo aprendem a respeitar e valorizar as diferenças, pois o fato de os alunos serem especiais e necessitarem de atendimento educacional especializado não significa que não possam ter os mesmos direitos e deveres de todo cidadão considerado “normal”.

Segundo o MEC, ao receber um aluno deficiente, a escola deve entrar em contato com a secretaria de Educação do município ou do estado para que o órgão avalie se existe uma outra escola próxima que já tenha condições de atender deficientes em classes comuns. O MEC disponibiliza os Parâmetros Curriculares sobre o tema e tem planos de ampliar os cursos de capacitação para que toda a rede pública esteja equipada a receber qualquer portador de necessidades especiais. Que a escola tem papel fundamental no processo de inserção do deficiente na sociedade não só é consenso, como também, um direito assegurado por lei.

De acordo com a LDB, a educação especial deve ser entendida como uma modalidade da educação escolar, definida em uma proposta pedagógica que assegura um conjunto de serviços, apoios e recursos educacionais especiais, organizados com o objetivo de promover o desenvolvimento das potencialidades dos educandos que apresentam necessidades educacionais especiais, e garantir a educação escolar em todos os níveis, etapas e modalidades da educação. Assim, os educadores são levados a uma escola mais justa, igualitária e inclusiva. Esta, acolhe todas as pessoas, sem exceção, pois o fato de os alunos serem especiais e necessitarem de atendimento educacional especializado, não significa que não possam ter os mesmos diretos e deveres de todo cidadão considerado normal. O sistema educacional brasileiro defende uma educação para todos por meio de uma escola heterogênea, independentemente de suas diferenças.

Mas, para que a educação inclusiva venha a acontecer, é necessário o preparo das instituições para receber os alunos com necessidades especiais, adequando o espaço físico, revendo recursos didáticos e metodologias e reformulando currículos. Ou seja, para que a escola possa oferecer contribuições neste sentido, faz-se necessário um currículo multicultural. A luta pelo direito e pelo reconhecimento das diferenças não pode se dar de forma separada e isolada e nem resultar em práticas culturais, políticas e pedagógicas solitárias e excludentes.

A escola cumpre a sua função social e política não somente na escolha da metodologia eficaz para a transmissão dos conhecimentos historicamente acumulados ou no preparo das novas gerações para serem inseridas no mercado de trabalho e/ou serem aprovadas no vestibular. Quando a escola

conseguir superar essa visão, ela compreenderá que a racionalidade científica é importante para os processos formativos e informativos, porém, ela não modifica por si só o imaginário e as representações coletivas negativas que se construíram sobre os ditos "diferentes" em nossa sociedade. Nesse sentido, a educação escolar, embora não possa resolver sozinha todas essas questões, ocupa um lugar de destaque (MUNANGA, 1999).

A inclusão dos alunos com necessidades especiais no sistema regular de educação requer o provimento de condições básicas de reformulação de programas educacionais e formação permanente de educadores. Acredita-se que o investimento na formação do professor irá facilitar a implementação da proposta de educação inclusiva, a qual envolve toda uma preparação do professor que, com base nas diferenças e dificuldades do alunado, buscará novas formas de ensinar e de aperfeiçoar seu trabalho na sala de aula.

DESENVOLVIMENTO

O reconhecimento dos diversos recortes dentro da ampla temática da diversidade cultural nos coloca diante do desafio de implementar políticas públicas em que a história e a diferença de cada grupo social e cultural sejam respeitadas dentro das suas especificidades sem perder o rumo do diálogo, da troca de experiências e da garantia dos direitos sociais.

Refletir sobre a escola e a diversidade cultural significa reconhecer as diferenças, respeitá-las, aceitá-las e colocá-las na pauta das nossas reivindicações, no cerne do processo educativo. Implica em romper com preconceitos, em superar as velhas opiniões formadas sem reflexão, sem o menor contato com a realidade do outro.

Apoiando-nos na Matemática, na Ciência e na Psicologia, buscaremos desafiar e subsidiar educadores a pensarem a diversidade cultural, o multiculturalismo em todos os campos e áreas de conhecimento, rompendo com a restrição deste tema ao folclore e às manifestações culturais artísticas circunscritas no calendário das festas escolares.

Acredita-se que uma educação multicultural, inclusiva, crítica e criativa demanda mudanças radicais nas estruturas de poder da escola e da sociedade, demanda mudanças em nós mesmos e mudanças de paradigmas. Aliás, para as mudanças de paradigmas, para incorporarmos outros atores e interlocutores, é necessário revermos os saberes socialmente valorizados e historicamente construídos. A Psicologia, a Sociologia, a História, a Matemática, a Biologia, a Física, as Ciências de um modo geral terão que ser revistas e rediscutidas.

A inclusão no ambiente escolar, depende da adequação dos materiais didáticos, espaço físico, bem como, pequenos cuidados que devem ser observados durante a convivência. O primeiro passo para a inclusão é fazer com que os pais aceitem e ajudem seus filhos no desenvolvimento. Para que haja o desenvolvimento, o professor deve observar principalmente

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