ERRO EM FOCO COMO ENTENDER O ERRO, APRENDER COM ELE E SE RECUPERAR DO TOMBO
Artigo: ERRO EM FOCO COMO ENTENDER O ERRO, APRENDER COM ELE E SE RECUPERAR DO TOMBO. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: thaysarangel • 8/4/2014 • 4.050 Palavras (17 Páginas) • 278 Visualizações
1. INTRODUÇÃO
O erro é comum dentro de qualquer organização, e é encarado como um evento
inevitável no ambiente e no exercício do trabalho. Nesse contexto, o que é preciso entender é como lidar com ele e o que podemos tirar de aprendizado e também como evitá-los. Depende decisivamente de ações do gestor com um desenvolvimento do clima organizacional em que os erros possam ser reconhecidos, assumidos e encarados por todos como um processo de aprendizagem e aperfeiçoamento. Para isso, algumas organizações adotam algumas ferramentas, como por exemplo, ouvir a opinião de clientes para trazer a tona falhas em operações rotineiras, ou até mesmo em ouvir opiniões dentro de sua própria equipe para buscar a melhoria e atender o objetivo da organização.
2. O EMPREENDEDOR E O CULTO DO FRACASSO
Por mais bem-intencionada que seja essa tentativa de celebrar o fracasso é equivocada. Não se deve confundir medo com ansiedade, e a celebração do erro parece destinada a reduzir a ansiedade.
Ansiedade, teria explicado Freud, é quando a pessoa reage irracionalmente, a um mero galho de árvore como se fosse uma cobra venenosa. Medo é quando reage a uma cobra venenosa como se esta fosse justamente isso, venenosa. A ansiedade é disfuncional, mas o medo pode ser bom: ajuda a nos proteger de coisas perigosas, como assumir riscos. Empreendedores desenvolvem um saudável medo daquilo que pode dar errado. Só não se deixam paralisar por ele.
Eis três ideias para ajudar governantes a calibrar o medo do fracasso para incentivar o empreendedorismo sem sugerir que o erro seja glorificado.
Aceitar que o fracasso é parte natural da atividade empresarial. É comum um negócio que ainda engatinha errar. O fracasso vem cedo; o sucesso leva tempo. Errar logo no início é importante, pois produz um aprendizado sistêmico sobre onde estão (ou não) as oportunidades e como lidar com elas, e porque rapidamente libera gente, capital e ideias para projetos mais promissores.
Remover obstáculos estruturais para reproduzir riscos objetivos de um empreendimento dar errado. Muitos países punem a falência, impedem assim que empresários quebrados abram um novo negócio ou, até, uma conta bancária, e em certos casos tratam a falência como crime. Leis aumentam o custo do fracasso e desestimulam a participação de novos atores (empreendedores). A legislação trabalhista é outro problema: estudos mostram que abolir leis que dificultam a demissão de pessoal pela empresa e, no lugar disso, dar apoio ao trabalhador demitido, deixa o empreendedor muito disposto a contratar para uma nova empresa (pois sabe que pode cortar a folha se necessário).
Transformar fracasso em algo útil. É importante ensinar o empreendedor a cometer erros pequenos e baratos, logo cedo. Autoridades públicas podem apoiar a orientação de empreendedores em técnicas e estratégias de redução de risco.
Quem seguir esses conselhos não terá de estourar o champanhe toda vez que um empreendedor fracassar. Tratar o fracasso como um aspecto normal do investimento num novo negócio e cultivar a perspectiva certa sobre o valor desse erro, vai ajudar a aplacar o medo do fracasso sem que seja preciso fazer festa em seu nome.
3. ESTRATÉGIAS PARA APRENDER COM ERRO
Estratégia, segundo Mintzberg, trata-se da forma de pensar no futuro, integrada no processo decisório, com base em um procedimento formalizado e articulador de resultados. Elas são fundamentadas pela percepção continua do ambiente externo e das capacidades internas da organização. Embora a maioria das pessoas acham que tudo se desenvolve a partir de metas, o fato é que pessoas práticas formam metas em base no que é viável, de acordo com ambiente em que devem operar seus recursos e capacidades.
A maioria dos gestores acha que aprender com erro é bastante simples: bastaria pedir que refletissem sobre o erro para não se repeti-lo. Essa ideia é totalmente equivocada. A maioria das empresas não toma atitudes necessárias para análise de erros, com estratégias de aprendizado ajustadas ao contexto. Eles pensam que se não punir a pessoa pelo erro como irão garantir que não irão errar e se dedicar para que isso não aconteça novamente. É por isso, que tão poucas organizações migraram para uma cultura de segurança psicológica na qual seja possível colher o benefício de aprender com erro.
Segue algumas relações de razões para algum erro:
- Desvio: quando viola deliberadamente um processo ou prática indicado
- Desatenção: se desvia sem querer das especificações exigidas
- Inadequação de processos: segue o processo indicado, porém falho ou incompleto.
- Dificuldade na tarefa: tarefa difícil demais para ser executada; em alguns casos o funcionário pode não estar capacitado para desenvolver a tarefa imposta.
- Complexidade de processos: processo composto de muitos elementos.
- Incerteza: falta de clareza no processo que leva o indivíduo a tomar algumas decisões que parecem sensatas e que produzem resultados indesejados.
Todo líder deve ter consciência de que a tarefa pode ter erros, e que estes se dividem em três categorias:
Primeiro: Erros em operações de rotinas ou previsíveis que podem ser evitados
Segundo: Erros em operações complexas que não podem ser evitados, mas podem ser controlados.
Terceiro: Resultados indesejados em, por exemplo, ambientes de pesquisa, que tem por valor gerar conhecimento.
Quando o erro é detectado, é essencial ir além das causas obvias e superficiais e buscar entender a raiz do problema. Gestores normalmente admiram determinação, eficiência e ação de seus funcionários. Para isso, o gestor precisa incentivar a participação da equipe pedindo comentários e ideias para analisarem o porquê do erro. Incentivar a participação de todos ajuda a neutralizar a resistência e atitude defensiva.
Podem-se destacar ainda algumas atitudes necessárias para uma gestão satisfatória do erro. Primeiro jamais caçar culpados, porque essa prática só gera descompromisso e insatisfação; segundo, não valorizar demais
...