ESTUDO DE CASO AVC
Trabalho Escolar: ESTUDO DE CASO AVC. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Deboracat • 22/10/2013 • 2.340 Palavras (10 Páginas) • 1.832 Visualizações
Acompanhamento Individualizado de Paciente com Acidente Vascular Cerebral: Relato de Caso
RESUMO: O presente estudo refere-se ao Acompanhamento Nutricional de um período de 10 (dez) dias, de um paciente idoso, do sexo masculino, que sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e se encontra em Nutrição enteral via Gastrostomia. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o AVC é definido como o desenvolvimento rápido de sintomas/sinais clínicos de um distúrbio focal da(s) função (ões) cerebral (ais), com duração superior a 24 horas ou que conduzam à morte, sem outra causa aparente para além da vascular. O acompanhamento nutricional do paciente A.C. demonstrou que apesar de estar com visível perda de massa muscular e tecido subcutâneo, o paciente encontra-se em adequado estado nutricional, segundo classificação de IMC para adultos acima de 20 anos de idade. Observou-se também a persistência no quadro de constipação, mesmo com uso de suplemento de fibra insolúvel (Fiber Mais). Observa-se a importância da avaliação e acompanhamento nutricional de pacientes para melhora da condição de saúde e qualidade de vida.
INTRODUÇÃO
O presente estudo refere-se ao Acompanhamento Nutricional de um período de 10 (dez) dias, de um paciente idoso, do sexo masculino, que sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e se encontra em Nutrição enteral via Gastrostomia.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o AVC é definido como o desenvolvimento rápido de sintomas/sinais clínicos de um distúrbio focal (ocasionalmente global) da(s) função (ões) cerebral (ais), com duração superior a 24 horas ou que conduzam à morte, sem outra causa aparente para além da vascular.
O AVC pode ser classificado em isquêmico (AVCi) ou hemorrágico (AVCh) dependendo de sua origem.
O AVC isquêmico é caracterizado pela falta de suprimento sanguíneo na região cerebral por obstrução de alguma veia ou artéria. Já o AVC hemorrágico é causado pelo rompimento de um vaso sanguíneo provocando sangramento no interior ou ao redor de alguma região do cérebro. Esses eventos causam transtornos neurológicos reversíveis ou irreversíveis dependendo do grau de lesão cerebral e a rapidez de atendimento ao indivíduo.
O diagnóstico médico observado no prontuário do paciente A.C. e que foi a causa de sua internação foi de Acidente Vascular Cerebral isquêmico não especificado com lesão de tronco e cerebelo.
O principal objetivo desse estudo foi avaliar a evolução do estado nutricional do paciente, sua dieta e sintomas gastrointestinais.
MATERIAL E MÉTODOS
Foi realizado um estudo experimental de acompanhamento nutricional do tipo estudo de caso clínico. O paciente A.C., do sexo masculino, 63 anos, foi internado no Vila Velha Hospital devido a um AVC isquêmico não especificado com lesão de Tronco e Cerebelo.
Para a averiguação de informações importantes como diagnóstico médico, sinais vitais, evolução nutricional, exames bioquímicos, diurese e hábito intestinal, realizou-se a consulta no prontuário do paciente disponível no posto de enfermagem do andar onde o paciente se encontrava internado.
Para a avaliação do estado nutricional do paciente, com base nos dados antropométricos, foi realizada a aferição da circunferência do braço (CB) e circunferência de panturrilha (CP), além da altura do joelho (AJ) para a estimativa de altura. O paciente se encontrava acamado, por este motivo os dados antropométricos de peso (P) e altura (A) tiveram de ser estimados, uma vez que o acompanhante não sabia essas informações.
A adequação da CB foi feita através da fórmula: CB (%) = CB obtida (cm)/CB percentil 50 x 100 – e classificada de acordo com a tabela de Blackburn, G.L. e Thornton, P.A., 1979.
A estimativa de altura foi feita através da fórmula de Chumlea, 1985: A = 64,19 – [0,04 x Idade (anos)] + [2,02 x AJ (cm)] – referente ao sexo masculino.
Já a estimativa de peso foi realizada através da fórmula, também de Chumlea (1985) para pacientes brancos do sexo masculino com idade entre 60 e 80 anos: (AJ x 1,10) + (CB x 3,07) - 75,81.
Também foi calculado o Índice de Massa Corporal (IMC) do paciente, por meio da Fórmula: IMC = P/(A)² - e classificado conforme tabela da OMS (Organização Mundial de Saúde), 1995 a 1997.
O valor energético total (VET) do paciente foi calculado com base na fórmula de bolso – 30 kcal/kg de peso/dia.
No acompanhamento nutricional, foram feitas visitas diárias ao paciente para a coleta de informações pertinentes ao estudo clínico tais como: perda de massa magra e tecido subcutâneo; aferição de medidas antropométricas (CB e CP); se o paciente apresentava quadros de diarréia ou constipação, refluxo e vômitos; uso de suplemento sob prescrição médica, etc.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
O paciente avaliado se encontrava acamado, às vezes sonolento devido a medicamentos, às vezes acordado e até bastante agitado e interagindo com o examinador. Não respondia a estímulos verbais, porém fixava o olhar ao avaliador quando solicitado.
Radanovic (2000) realizou uma pesquisa para avaliar o atendimento à pacientes com AVC em hospital secundário e concluiu que existe certa deficiência devido ao alto potencial de morbimortalidade associado a este diagnóstico. Ainda segundo RADANOVIC (2000) os custos com estes pacientes são altos devido a necessidade da realização de vários exames caros (TC de crânio, arteriografia cerebral, ressonância magnética de encéfalo e etc.) para o melhor diagnóstico e confirmação da doença, além da necessidade de internação em UTI e em alguns casos a intervenção neurocirúrgica.
Mazzola et. al (2006), em um estudo sobre o perfil de paciente acometidos por AVC de uma clínica de fisioterapia da Universidade de Passo Fundo, perceberam que dos 43 indivíduos avaliados a prevalência de AVC foi entre a faixa etária de 50 a 59 anos. Constatou-se também que 83,7% dos casos eram de AVC isquêmico.
Segundo dados da primeira evolução nutricional de A.C., o mesmo se encontrava em uso de nutrição enteral para diabetes (NE) via gastrostomia, normocalórica e a base de soja. O médico prescreveu dieta enteral devido à incapacidade da alimentação via oral, uma vez que o paciente apresentava broncoaspiração (engasgava muito).
Na consulta ao prontuário, foi identificado que em sua história médica pregressa o paciente é portador de Diabetes Mellitus (DM) e já sofreu um Infarto Agudo do Miocárdio
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