ESTUDO DE CASO DIABETES
Trabalho Escolar: ESTUDO DE CASO DIABETES. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Enfermeiraadry • 12/7/2013 • 2.598 Palavras (11 Páginas) • 1.136 Visualizações
1. INTRODUÇÃO
O Diabetes Mellitus é a doença que resulta da incapacidade do pâncreas em secretar insulina. É causada por degeneração ou inativação das células beta das ilhotas de Langerhans, mas o mecanismo básico desses efeitos ainda é desconhecido. Em algumas pessoas diabéticas, em especial naqueles que apresentam o diabetes quando ainda muito jovem, a doença é causada por herança de um dos genitores (ou de outro ancestral mais distante ) de células beta com tendência acentuada à degeneração. Em outras pessoas, aparecem anticorpos contra as células beta, causando sua destruição, o que representa exemplo de uma doença auto-imune. Em outras ainda, algumas vezes, pode aparecer anticorpos contra a própria insulina que a destroem antes que possa atuar em outras partes do corpo; a quantidade de insulina secretada pode estar inteiramente normal, mas ela nunca atinge o seu destino.
O Diabetes Mellitus pode manifestar-se em qualquer idade, no entanto, ocorre com maior incidência entre 50 e 60 anos, atingindo igualmente tanto o sexo masculino quanto o feminino. É mais freqüente nas pessoas de vida sedentária e que exercem pequeno trabalho muscular, como nas profissões liberais; inversamente, é rara entre os trabalhadores braçais.
Configura-se hoje como uma epidemia mundial, traduzindo-se em grande desafio para os sistemas de saúde de todo o mundo. O envelhecimento da população, a urbanização crescente e a adoção de estilos de vida pouco saudáveis como sedentarismo, dieta inadequada e obesidade são os grandes responsáveis pelo aumento da incidência e prevalência do diabetes em todo o mundo. Segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde, o número de portadores da doença em todo o mundo era de 177 milhões em 2000, com expectativa de alcançar 350 milhões de pessoas em 2025. No Brasil são cerca de seis milhões de portadores, a números de hoje, e deve alcançar 10 milhões de pessoas em 2010. Um indicador macroeconômico a ser considerado é que o diabetes cresce mais rapidamente em países pobres e em desenvolvimento e isso impacta de forma muito negativa devido à morbimortalidade precoce que atinge pessoas ainda em plena vida produtiva, onera a previdência social e contribui para a continuidade do ciclo vicioso da pobreza e da exclusão social.
2. REVISÃO LITERÁRIA
2.1 Histórico
A diabetes já era conhecida antes da era cristã. No papiro de Ebers descoberto no Egito, correspondente ao século XV antes de Cristo, já se descrevem sintomas que parecem corresponder à diabetes, porém sem nome específico para a doença.
No século II da ERA CRISTÃ, Areteu da Capadócia deu a esta afecção o nome de diabetes, que em grego significa sifão, referindo-se ao seu sintoma mais chamativo que é a eliminação exagerada de água pelo rim, expressando que a água entrava e saía do organismo do portador sem fixar-se nele (polidipsia e poliúria, características da doença e por ele avaliadas por esta ordem). Ainda no século II, Galeno, contemporâneo de Areteu da Capadócia, também se referiu à diabetes, atribuindo-a à incapacidade dos rins em reter água como deveriam (GUIA DE DIABETES E SAÚDE, 2010).
No século IV Primeiro registro do sabor adocicado da urina, na Índia; No séc. XIX O grande clínico francês Bouchardat assinalou a importância da obesidade e da vida sedentária na origem da diabetes e traçou as normas para o tratamento dietético, basendo-a na restrição dos glicídios e no baixo valor calórico da dieta. Os trabalhos clínicos e anatômico-patológicos adquiriram grande importância em fins do século XIX.
2.2 Etiologia
O diabetes é um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por hiperglicemia e associadas a complicações, disfunções e insuficiência de vários órgãos, especialmente olhos, rins, nervos, cérebro, coração e vasos sangüíneos. Pode resultar de defeitos de secreção e/ou ação da insulina envolvendo processos patogênicos específicos, por exemplo, destruição das células beta do pâncreas (produtoras de insulina), resistência à ação da insulina, distúrbios da secreção da insulina, entre outros.
2.3 Classificação:
O diabetes é classificado do seguinte modo:
1) Diabetes primário ou idiopático, subdividido clinicamente em dois tipos: insulino dependente ou tipo I e não-insulino-dependente ou tipo II;
2) Diabetes secundário (doença pancreática, distúrbios hormonais, anormalidades nos receptores de insulina, síndromes genéticas etc.)
2.3.1 Diabetes primário
Das duas formas de diabetes, primária e secundária, a primária é a mais freqüente e a mais importante.
2.3.1.1 Diabetes insulino-dependente
(diabetes do tipo I, precoce ou juvenil).
Este abrange cerca de 10 a 20% dos casos de diabetes idiopático. Atinge as pessoas com menos de 20 anos, desenvolve-se em crianças, tornando-se manifesto e grave na puberdade. O diabetes do tipo II é raro na pessoa jovem.
No começo da doença, o pâncreas é de volume normal. Depois, sofre atrofia e, havendo sobrevida por muitos anos, aumenta a consistência por fibrose. Nesta fase adiantada, é difícil encontrar as ilhotas de Langerhans. Nesses casos, pode haver atrofia das células acinosas, pobreza de grânulos secretórios e redução da secreção exócrina. Em fase menos adiantada, nota-se a redução do numero de células beta nas ilhotas (secretoras de insulina), redução esta que aumenta com o tempo de duração de diabetes. Em casos que o diabetes tem pouca duração, nota-se frequentemente, discreto infiltrado linfocitário na periferia de algumas ilhotas (insulite).
O diabetes do tipo I é provocado pela destruição das células beta das ilhotas pancreáticas; por isto o paciente precisa de insulina para sobreviver. Esta destruição é causada pela interação de fatores genéticos, infecciosos e imunológicos. Além dos vírus, responsabilizam-se varias outras causas pelo inicio da lesão das células beta. Atua a imunidade celular na patogênese do diabetes insulino-dependente, pois o numero de linfócitos T ativado está aumentado em diabéticos do tipo I com pouco tempo de duração.
O mecanismo de destruição das células beta pode ser sintetizado do seguinte modo: predisposição genética do paciente ao diabetes→infecção virótica das ilhotas pancreáticas
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