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ESTUDO DE CASO SOBRE INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA

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Por:   •  10/1/2015  •  3.058 Palavras (13 Páginas)  •  1.450 Visualizações

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1.INTRODUÇÃO

O presente estudo de caso foi baseado no caso de um paciente internado no Hospital Geral do Promorar. Onde o paciente em questão encontra-se acometido por Insuficiência cardíaca congestiva, patologia que será apresentada no decorrer do desenvolvimento do estudo de caso.

A ICC consiste na incapacidade do sangue de bombear sangue suficiente para atender às necessidades de oxigênio e nutrientes dos tecidos. Na atualidade, a ICC é reconhecida como uma síndrome clinica caracterizada por sinais e sintomas de sobrecarga hídrica ou de perfusão tecidual inadequada. Ocorrem sobrecarga hídrica e perfusão tecidual diminuída quando o coração é incapaz de gerar um debito cardíaco suficiente para atender as demandas do organismo. O termo ICC indica uma doença miocárdica em que existe um problema coma contração do coração (disfunção sistólica) ou com o seu enchimento (disfunção diastólica), que pode ou não causar congestão pulmonar ou sistêmica. Alguns casos de ICC são reversíveis, dependendo da etiologia. Com mais frequência, a ICC é uma condição progressiva e permanente, que é tratada com mudanças de estilo de vida e medicamentos para evitar episódios de insuficiência cardíaca congestiva descompensada aguda. Esses episódios caracterizam-se por um aumento dos sintomas, diminuição do debito cardíaco e baixa perfusão (Varughese, 2007). Estão associados a um aumento das internações e dos custos com os cuidados de saúde e a uma diminuição na qualidade de vida.

Da mesma forma que com a cardiopatia coronária, a incidência de ICC aumenta com a idade. No entanto, a taxa de cardiopatia coronária esta diminuindo e o oposto se observa para a ICC. Quase 5 milhões de pessoas nos Estados Unidos apresentam ICC, com mais de meio milhão de novos casos diagnosticados a cada ano. A taxa de prevalência de ICC entre brancos não-hispânicos com 20 anos de idade ou mais é de 2,3% para os homens e 1,5% para as mulheres. A ICC é o motivo mais comum para a hospitalização de pessoas com mais de 65 anos de idade e o segundo motivo mais comum para consultas a um medico. A taxa de readmissão hospitalar permanece assustadoramente alta. A elevação na incidência da ICC reflete o numero aumentado de idosos e as melhorias no tratamento da ICC, resultando em taxas de sobrevida aumentadas. Contudo, estima-se que a carga econômica causada pela ICC seja de mais de 23 milhões de dólares em custos diretos e indiretos e espera-se que ela aumente. A prevenção e a intervenção precoce para conter a progressão da ICC são as principais iniciativas de saúde nos Estados Unidos.

O tratamento medico baseia-se no tipo, gravidade e causa da ICC.

2.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1.CONCEITO

Insuficiência cardíaca congestiva descompensada é um estado fisiopatológico frequente em que o coração é incapaz de bombear sangue a uma taxa satisfatória às necessidades dos tecidos metabolizadores, ou pode fazê-lo a partir de uma pressão de enchimento elevada.

2.2.ETIOLOGIA

A disfunção miocárdica é mais frequentemente causada por doença arterial coronária, miocardiopatia, hipertensão ou distúrbios valvares. Os pacientes com diabetes melito também correm alto risco de ICC. A aterosclerose das artérias coronárias constitui a principal causa de ICC, e a doença arterial coronária é encontrada em mais de 60% dos pacientes com ICC (Zipes, Libby & Bonow, 2005). A isquemia provoca disfunção miocárdica, visto que priva as células cardíacas de oxigênio e leva à acidose devido ao acumulo de acido láctico. O infarto do miocárdio provoca necrose focal do musculo cardíaco, morte das células miocárdicas e perda da contratilidade; a extensão do infarto correlaciona-se com a gravidade da ICC. A revascularização da artéria coronária por uma intervenção coronária percutânea (PCI) ou por cirurgia de enxerto de by-pass da artéria coronária (CABG) pode melhorar a oxigenação do miocárdio e a função ventricular.

A miocardiopatia é uma doença do miocárdio. Existem três tipos: dilatada, hipertrófica e restritiva. A miocardiopatia dilatada, que é o tipo mais comum de miocardiopatia, provoca necrose celular difusa e fibrose, levando a uma contratilidade diminuída (Insuficiencia sistólica). A miocardiopatia dilatada pode ser idiopática (de causa desconhecida), ou pode resultar de um processo inflamatório, como miocardite, ou de um agente citotóxico, como álcool ou doxorrubicina (Adriamycin). A miocardiopatia hipertrófica e a miocardiopatia restritiva levam a uma diminuição da distensibilidade e enchimento ventricular (Insuficiencia diastólica). Em geral, a ICC decorrente de miocardiopatia torna-se crônica e progressiva. Todavia, a miocardiopatia e a ICC podem sofrer resolução após a remoção do agente etiológico, como a cessação do consumo de álcool.

A hipertensão sistêmica ou pulmonar aumenta a pós-carga (resistência à ejeção), o que aumenta a carga de trabalho do coração e leva à hipertrofia das fibras musculares miocárdicas. Isso pode ser considerado um mecanismo compensatório, visto que aumenta a contratilidade. Emtretanto, a hipertrofia pode comprometer a capacidade do coração de se encher apropriadamente durante a diástole, e, por fim, o ventrículo hipertrofiado pode dilatar-se e falhar.

A cardiopatia valvar também constitui uma causa de ICC. As valvas asseguram o fluxo de sangue em uma direção. Na presença de disfunção valvar, o sangue tem dificuldade crescente de fluir para diante, aumentando a pressão dentro do coração e a carga de trabalho cardíaca, com consequente ICC.

Várias condições sistêmicas, incluindo insuficiência renal progressiva e hipertensão não controlada, contribuem para o surgimento da ICC.

2.3.EPIDEMIOLOGIA

No mundo existem 23 milhoes de casos. Sendo que, no Brasil são 6,5 milhoes de doentes; Com 30% de internações anualmente; 4% de todas as internações; 31% das internações cardiovasculares; 380.000 hospitalizações por ano; uma média de 5,8 hospitalizaçoes por dia; R$ 200 milhoes anuais; 5,6 a 6,0% de mortalidade hospitalar.

2.4.FISIOPATOLOGIA

A ICC resulta de uma Variedade de condições cardiovasculares, incluindo hipertensão crônica, doença arterial coronária e doença valvar. Essas condições podem resultar em insuficiência sistólica, insuficiência diastólica ou ambas. Em geral, ocorre disfunção miocárdica significativa antes que o paciente exiba sinais e sintomas de ICC, como falta de ar, edema ou fadiga.

À medida que a ICC se desenvolve, o corpo

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