Economia
Trabalho Universitário: Economia. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: tatyoli • 14/3/2015 • 3.460 Palavras (14 Páginas) • 251 Visualizações
1.2. O PROBLEMA ECONÔMICO
A razão de ser da Economia política
A natureza dos problemas econômicos reside na constatação de que os recursos que a coletividade dispõe para a satisfação das necessidades de seus membros são limitados em relação a suas necessidades. Os indivíduos necessitam de certos bens: Roupas, alimentos, uma casa para morar, automóvel...e serviços: educação, lazer, saúde...que são escassos, isto é, existem em quantidades limitadas. As aspirações humanas, são, no entanto, relativamente ilimitadas, superando o volume de bens e serviços disponíveis para a satisfação destes desejos.
Caracteriza-se, dessa forma, o problema fundamental da Economia política: a escassez.
A escassez e a importância dos fatores de produção no processo econômico
Se não podemos ter tudo que desejamos, ao mesmo tempo, já que os recursos ou os fatores de produção são escassos, é preciso escolher entre os bens que serão produzidos e oferecidos à coletividade.
2. EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ECONÔMICO
De forma superficial e resumida, a evolução do pensamento econômico seguiu assim:
PRÉ-HISTÓRIA
A Economia era primitiva ou natural, limitando-se as questões da própria sobrevivência humana, através da caça, pesca e colheita.
ANTIGUIDADE
Não existiam teorias ou escolas econômicas. Surgiu o trabalho escravo. Na antiguidade a atividade econômica era autárquica (a autarquia existe quando a entidade consegue sobreviver ou manter as suas atividades sem apoio externo), pois o meio rural produzia todos os meios necessários para sua sobrevivência e abastecia as necessidades das cidades.
Desta forma, as terras se tornariam a maior riqueza da antiguidade e os seus proprietários os dirigentes desta sociedade. A Grécia Antiga não tinha produção suficiente de alimentos. Isso fez com que ela comprasse esses produtos no exterior e pagava com azeite e vinho.
O Império Romano desenvolveu bastante o comércio exterior, mesmo porque Roma dominava o mundo. Os romanos negociavam até com países distantes, como China e Índia.
IDADE MÉDIA
A atividade econômica era essencialmente agrária (feudalismo), economia baseada na agricultura e utilização do trabalho dos servos. Ocorriam trocas naturais. Apareceu a figura do intermediário. Obs.: Feudalismo: caracterizado pelo sistema de grandes propriedades territoriais (feudos), pertencentes à nobreza e ao clero e trabalhado pelos servos.
IDADE MODERNA
Foi caracterizado por atividades econômicas mercantis (mercantilismo ou capitalismo comercial). Ênfase no nacionalismo econômico que fazia da riqueza o fim principal do Estado.
Surgiu a primeira escola: o mercantilismo, que continha alguns princípios de como fomentar o comércio exterior e entesourar riquezas.
Considerava que o governo de um país seria mais forte e poderoso, quanto maior fosse o seu estoque de metais preciosos, o que acabou estimulando guerras.
Obs.:. Mercantilismo: doutrina que caracterizava o período da revolução comercial (séc. XVI-XVIII). É marcada pela desintegração do feudalismo e pela formação dos estados nacionais.
IDADE CONTEMPORÂNEA
Marcada pelo aparecimento de várias escolas do pensamento econômico, tais como:
Escola Fisiocrática (poder da natureza): Liderada por François Quesnay, pregando que:
- A terra e a natureza representam o fator econômico produtivo;
-A ordem natural ou governo da natureza conduzem a vida econômica;
-Só a terra tinha a capacidade de multiplicar a riqueza.
Para os fisiocratas, a riqueza consistia em bens produzidos com a ajuda da natureza, em atividades econômicas como: a lavoura, a pesca e a mineração. Obs.: Quesnay foi quem primeiro dividiu a economia em setores, mostrando a relação entre eles.
Escola Clássica ou Liberal: Liberada por Adam Smith (1723-1790) e David Ricardo (1772-1823), estabelecendo que:
- A verdadeira fonte de riqueza é o trabalho;
- A produtividade decorre da divisão do trabalho, e essa, decorre da tendência de troca, que é estimulada, pela ampliação dos mercados;
- O papel do Estado na economia, deveria corresponder à proteção da sociedade e que a iniciativa individual deveria ser incentivada.
Escola Socialista: Surgiu na Alemanha (1872). O termo socialismo foi empregado pela primeira vez em 1827, por Roberto Owen.
A Escola Socialista estabelecia:
- O Estado deve ter em suas mãos, a propriedade e os meios de produção;
- O Estado regula a distribuição das riquezas econômicas (bens e/ou serviços) e promove reformas em busca do bem-estar social.
A Escola Socialista é dividida em três segmentos, classificados conforme a estrutura do pensamento de seus autores:
Socialismo Utópico – Constituído pelos pensadores idealistas, liderados por Thomas Malthus. Sua grande obra “A Utopia” (1516), era uma crítica consistente ao capitalismo nascente e ao feudalismo decadente.
A Utopia, ficou na história do socialismo, como a primeira tentativa teórica de formação de uma sociedade teórica de formação de uma sociedade sem propriedade privada, sem trabalho assalariado e sem supérfluos.
Socialismo Cientifico – Constituído pelos pensadores que estruturavam seus trabalhos no materialismo dialético e histórico. Obs. Materialismo dialético – doutrina cuja ideia central é que o mundo não pode ser acabado, mas de processos em incessante movimento.
Obs.: Materialismo histórico – doutrina do Marxismo que afirma que o modo de produção da vida material condiciona o conjunto de todos os processos da vida social, política e espiritual.
O socialismo cientifico, foi liderado por Karl Marx (1818-1883), sua principal obra foi O Capital (1867). Dentre os vários aspectos de sua obra destacam-se os estudos sobre a mais-valia, acumulação capitalista e o exercito industrial
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