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Economia Ambiental

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Por:   •  28/7/2014  •  2.042 Palavras (9 Páginas)  •  716 Visualizações

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Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul

Campus Virtual

Atividade de Avaliação a Distância

Disciplina: Economia Ambiental

Curso: Técnico Agronegócio

Professor

N

Data: 27/03/14

Questão 1) Observe o diálogo entre Calvin e Haroldo na tira em quadrinhos disponível a seguir.

Observação: o personagem Calvin menciona no terceiro quadro da tira o termo “parálise”, o qual significa “paralisia”.

Fonte: BROKEN JEFF. Visão descontraída em gestão. Disponível em <http://brokenjeff.blogspot.com.br/2008_08_01_archive.html>

De acordo com o conteúdo de nossa disciplina, que ferramenta de gestão ambiental Calvin poderia utilizar para sair do nível da constatação dos problemas ambientais e partir para a correção ou prevenção em relação aos mesmos? Descreva as fases de aplicação dessa ferramenta, conforme estudado nessa disciplina. (3,0 pontos)

R: O PDCA é um método amplamente aplicado para o controle eficaz e confiável das atividades de uma organização, principalmente àquelas relacionadas às melhorias, possibilitando a padronização nas informações do controle de qualidade e a menor probabilidade de erros nas análises ao tornar as informações mais entendíveis. O PDCA constitui-se das seguintes etapas:

“PLAN” – O primeiro passo para a aplicação do PDCA é o estabelecimento de um plano, ou um planejamento que deverá ser estabelecido com base nas diretrizes ou políticas da empresa e onde devem ser consideradas três fases importantes: a primeira fase é o estabelecimento dos objetivos, a segunda, é o estabelecimento do caminho para que o objetivo seja atingido e, a terceira é a definição do método que deve ser utilizado para consegui-los. A boa elaboração do plano evita falhas e perdas de tempo desnecessárias nas próximas fases do ciclo;

“DO” – O segundo passo do PDCA é a execução do plano que consiste no treinamento dos envolvidos no método a ser empregado, a execução propriamente dita e a coleta de dados para posterior análise. É importante que o plano seja rigorosamente seguido;

“CHECK” – O terceiro passo do PDCA é a análise ou verificação dos resultados alcançados e dados coletados. Ela pode ocorrer concomitantemente com a realização do plano quando se verifica se o trabalho está sendo feito da forma devida, ou após a execução quando são feitas análises estatísticas dos dados e verificação dos itens de controle. Nesta fase podem ser detectados erros ou falhas;

“ACT” ou “ACTION” – a última fase do PDCA é a realização das ações corretivas, ou seja, a correção da falhas encontradas no passo anterior. Após realizada a investigação das causas das falhas ou desvios no processo, deve-se repetir, ou aplicar o ciclo PDCA para corrigir as falhas (através do mesmo modelo, planejar as ações, fazer, checar e corrigir) de forma a melhorar cada vez mais o sistema e o método de trabalho.

Questão 2)

Há décadas, cientistas advertem que o descuido do homem em relação ao meio ambiente pode trazer graves consequências ao futuro do planeta. Sinais recentes, porém, como ondas de calor inéditas e furacões avassaladores, mostram que a catástrofe causada pelo aumento das temperaturas na Terra já está em curso (Fonte: Veja, 13 de setembro, 2006). (3,5 pontos)

Fonte: LOPES, Cícero. Mais uma de aquecimento global. Disponível em

< http://ciceroart.blogspot.com.br/2009/11/mais-uma-de-aquecimento-global.html> Acesso 04 mar. 2013.

Considerando as consequências do aquecimento global, elabore um texto explicando o que é esse fenômeno e demonstrando a relação entre o mesmo e o desenvolvimento econômico. Em seguida, escolha uma das correntes econômicas estudas em nossa disciplina e, com base nisso, discorra sobre qual seria o posicionamento desta corrente diante da situação das atividades humanas estarem degradando o planeta, a ponto de várias espécies de animas se extinguirem ou estarem em risco de extinção, fato que é retratado na imagem acima.

R: O aquecimento global é um dos temas mais abordados atualmente em diversas áreas do conhecimento. Constitui em tema de discussão não somente entre os cientistas, mas entre políticos, público em geral e governantes. Uma das questões principais a respeito desta temática é: “como o aquecimento global irá influenciar o clima e os fenômenos naturais de nosso planeta”? E ainda: “Qual a consequência dessas alterações”? De acordo com os especialistas sobre o tema, estas ainda são perguntas sem respostas precisas, onde apenas estimativas e hipóteses podem ser elaboradas.

O termo “aquecimento global” refere-se ao aumento da temperatura do planeta causado, principalmente, pelo aumento da concentração de certos gases atmosféricos, tais como o dióxido de carbono, metano, óxido nítrico, e clorofluorcarbonos. Esses gases apresentam como principal característica, a habilidade de “prender” a energia radiante do sol, levando a elevações da temperatura atmosférica, a qual, por sua vez, pode causar mudanças significativas no clima, alterar os padrões de chuvas e tempestades, mudar os padrões de correntes marinhas, e aumentar a faixa máxima de alcance do nível do mar.

É importante mencionar que o aumento dos gases de efeito estufa na atmosfera terrestre é atribuído, principalmente, a queima de combustíveis fósseis e madeira.

Ressalta-se também que, certamente, o aumento dos níveis de CFCs atmosféricos encontram-se diretamente relacionado a atividade antrópica, uma vez que este gás é uma invenção humana e é utilizado nos sistemas de ar refrigerado.

As questões relacionadas às influências humanas nessas mudanças envolvem uma série de forças propulsoras, podendo-se mencionar como principais as socioeconômicas e as ético-culturais, Nesse sentido, o modelo de desenvolvimento predominante, baseado no caráter mecanicista e acumulativo do sistema econômico capitalista, tem moldado um estilo de vida baseado no consumismo e no desperdício, Esta fato coloca permanentemente em risco o meio ambiente e perpetua as desigualdades sociais, pois o desejo de atingir o progresso e a modernização através do crescimento econômico, catalisado pela industrialização, demanda um alto grau de consumo de energia e exploração dos recursos naturais – renováveis ou não – do planeta (fonte de matéria prima e energia), que por sua vez são os principais componentes do processo de produção.

Economia Neoclássica:

O sistema econômico abrange os processos de circulação de produtos, insumos e dinheiro entre empresas e indivíduos. Nesses processos são transacionados bens e serviços elaborados com fatores de produção, como capital, força de trabalho e recursos naturais.

A economia neoclássica sugere que tais trocas ocorrem ciclicamente, como um sistema autossuficiente. Se esse modelo traduzisse de forma fiel a realidade, a economia seria um “reciclador perfeito”, sem geração de resíduos ou efluentes e sem extração de matérias-primas para que o fluxo se mantenha constante.

Considerando-se que os recursos naturais são necessários aos processos produtivos, a possível escassez dessa fonte seria compensada pelo uso intensivo de qualquer um dos demais fatores de produção: capital ou trabalho. Além disso, a falta de recursos forçaria a busca de alternativas que surgiriam com os avanços tecnológicos.

Essas alternativas seriam impulsionadas por uma estrutura regulatória, baseada em incentivos econômicos, aumentando a eficiência no uso dos recursos naturais.

Os mecanismos de mercado têm, nesse caso, o papel de evitar a falta de recursos, uma vez que o preço subiria em períodos de escassez, forçando a busca de alternativas por meio da tecnologia. Assim, tais mecanismos forçariam os agentes econômicos a internalizar os impactos ambientais da sua atividade.

Mesmo com auxílio dos mecanismos de mercado, a preocupação neoclássica em manter crescentes os níveis de produção pertence a uma perspectiva de curto prazo, pois desconsidera os limites físicos do planeta e os impactos futuros para a sociedade. Os horizontes mais distantes vislumbrados pela economia mainstream não passam de 50 anos.

Questão 3)

Suponha que em face de um empreendimento novo proposto, realize-se a execução de um estudo para reduzir a magnitude ou intensidade de impactos ambientais negativos previstos nas atividades desse empreendimento. Além disso, outros conjuntos de ações têm sido propostos para serem integrados às medidas mitigadoras e que somados a essas definem o plano de gestão ambiental dessa organização.

Nesse contexto, considere que esse empreendimento seja uma indústria têxtil. Em seguida, com base no conteúdo da disciplina e realizando pesquisas na web sobre o que é característico da indústria têxtil, no que diz respeito aos produtos naturais necessários ao processo de sua produção e os resíduos dali decorrentes, apresente que ações básicas podem ser realizadas por um programa de gestão ambiental nessa organização.

Observação: Você pode citar dois problemas ambientais decorrentes da indústria têxtil e as medidas minimizadoras dos impactos ambientais, demonstrando-as, inclusive, como parte do plano de gestão ambiental. (3,5 pontos)

R: o sector têxtil é conhecido por apresentar potencial poluente elevado, abrangendo cinco campos distintos: efluentes líquidos, emissões de gases e partículas, resíduos sólidos, odores e ruídos. O grande consumo de água durante as etapas do processo de fabrico dos tecidos gera água residual com efeito poluidor bastante significativo devido às elevadas vazões e toxicidade, além do volume e composição variáveis. Quando este efluente é descartado pode causar impactes no corpo receptor oriundo da sua carga poluente, além de contaminações, pois os efluentes têxteis possuem elevados valores para níveis de coloração, demanda química e bioquímica de oxigénio, sólidos suspensos e baixas concentrações de oxigénio dissolvido. Os resíduos sólidos resultantes, assim como, os compostos poluentes utilizados no processo de fabrico das matérias-primas para a produção, o consumo elevado de água bem como os impactes nos efluentes e as infiltrações de águas contaminadas são constantes ameaças para a qualidade do solo no que se refere ao sector têxtil. Existem técnicas já desenvolvidas para minimizar todo este conjunto de impactes, contudo, este processo não é estanque, logo, susceptível de ameaças constantes a este meio natural, o solo.

Medidas minimizadoras dos impactos ambientais:

– Redução de emissões de substâncias odoríferas

Implementação:

- Revisão das características das fibras considerando a decomposição dos óleos e/ou volatização dos solventes presentes na fibra, nas operações de tratamento térmico. É recomendado a aquisição de fios, com óleos de enzima termoestáveis ou facilmente emulsionáveis por processo de purga;

- Monitoramento dos processos quando da utilização de produtos químicos que podem desprender odores característicos (como por exemplo, sulfetos).

Benefício ambiental:

- Redução ou eliminação do odor e sanando o incômodo à população da vizinhança.

Aspectos econômicos:

- Aumento no custo da fibra;

- Redução do risco de recebimento de multa administrativa ambiental em função do

incômodo à população.

Controle de recebimento de matérias-primas e produtos auxiliares.

– Procedimentos operacionais para redução de produtos químicos.

Implementação:

- estabelecimento de critérios de aceitação de materiais;

- implantação de laboratório e/ou kit para testes expeditos;

- controle das condições de armazenagem;

- treinamento de pessoal;

- estabelecimento de procedimentos operacionais.

Benefícios ambientais:

- Redução na quantidade de resíduos gerados;

- Redução no consumo de recursos (água, energia);

- Otimização do STAR.

Aspectos econômicos:

- Redução nos custos de matérias-primas;

- Redução nos custos de tratamento/disposição de resíduos e/ou produtos rejeitados;

- Custos de equipamentos para testes;

- Investimento em recursos humanos.

Substituição de cozinha de cores manual por automatizada

Implementação:

- aquisição do sistema automatizado de solução de cores;

- sistema de informática para o gerencia mento operacional e o desenvolvimento de

software para acompanhamento on-line do processo para otimização do mesmo;

- treinamento dos operadores;

- uso de corantes em pó e em solução;

- instalação de tubulação hidráulica para alimentação direta dos equipamentos,

em circuito fechado, e adequação dos equipamentos dos setores produtivos.

Benefícios ambientais:

- Redução no descarte e destinação final de resíduos sólidos (embalagens diversas) e semissólidos (pastas ou restos de tintas);

- Redução do descarte de soluções de corantes no sistema de tratamento de corantes no sistema de tratamento de efluentes líquidos;

- Redução do consumo de corante via otimização do processo e consequente redução de custos (ambientais e operacionais) devido a utilização exata de insumo (sem excedente);

Aspectos econômicos:

- Investimento inicial alto, porém com retorno rápido (pay-back);

- Redução do uso e de compra de produtos químicos (corantes e auxiliares);

- Redução do custo de destinação final e transporte de resíduos;

- Redução dos custos das parcelas dos volumes de captado e do lançamento na Cobrança pelo Uso da Água (Comitê de Bacia Hidrográfica local);

- Investimento em recursos humanos para o aprimoramento da mão-de-obra;

- Redução de variações operacionais (diferentes cores /nuances) e otimização da qualidade;

- Facilidade na obtenção de dados gerenciais para efeitos de custos e administração;

- Diminuição da movimentação interna de tambores/containers, materiais e mão-de-obra;

- Contribuição significativa de limpeza da fábrica na área de tinturaria;

redução de poluentes atmosféricos.

– Procedimentos operacionais nos equipamentos de geração de vapor.

Implementação:

- manutenção preventiva da(s) caldeira(s);

- amostragem periódica das emissões;

- estabelecimento de procedimentos operacionais;

- controle visual da fumaça;

- treinamento de pessoal;

- realizar monitoramento anual das emissões na chaminé.

Benefícios ambientais:

- Redução nas emissões de poluentes gasosos;

- Redução no consumo de combustível;

- Diminuição de conflitos com a comunidade;

- Facilidade na renovação da Licença de operação.

Aspectos econômicos:

- Redução no consumo de combustível;

- Custos adicionais para amostragem e análises das emissões;

- Custos adicionais com pessoal (treinamento);

- Diminuição no custo fixo na operação do Equipamento de Controle de Poluição – ECP do Ar.

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