Economia E A Violência No Brail
Pesquisas Acadêmicas: Economia E A Violência No Brail. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: sahhfernandes • 23/9/2014 • 2.046 Palavras (9 Páginas) • 302 Visualizações
Introdução
O desenvolvimento econômico de uma sociedade é um dos fatores determinantes da violência. Enquanto em alguns países europeus consegue-se reduzir os índices de criminalidade apesar da crise econômica, no Brasil, a violência persiste mesmo com a melhoria.
A sensação de insegurança no Brasil não é sem fundamento. Somos, de fato, um dos países mais violentos da América Latina, que por sua vez é a região mais violenta do globo. Em uma pesquisa da Organização das Nações Unidas, realizada com dados de 1997, o Brasil ficou com o preocupante terceiro lugar entre os países com as maiores taxas de assassinato por habitante. Na quantidade de roubos, somos o quinto colocado. A situação seria ainda pior se fossem comparados os números isolados de algumas cidades e regiões metropolitanas, onde há o dobro de crimes da média nacional. São Paulo, por exemplo, já ultrapassou alguns notórios campeões da desordem, como a capital da Colômbia, Bogotá.
O país perde muito com isso. Só por causa dos assassinatos, o homem brasileiro vive um ano e poucos meses a menos, em média. Se esse homem vive no Rio de Janeiro, o prejuízo é ainda maior: quase três anos a menos. As mulheres também não passam despercebidas. Na cidade de São Paulo, em 2001, o assassinato foi, pela primeira vez, a principal causa de mortes de mulheres, ultrapassando os números de mortes por doenças cerebrovasculares e AIDS.
Como exemplo temos a região nordeste é a região que mais cresce economicamente no país com geração de empregos e aumento do poder aquisitivo, mas, proporcionalmente os indicadores de homicídio também são os mais altos do país.
O Brasil se encontra na 7º posição no índice dos países mais violentos do continente, segundo estudo realizado pela Organização das Nações Unidas.
Evolução histórica da criminalidade no Brasil, comparando com a evolução do PIB.
As taxas de criminalidade no Brasil têm níveis acima da média de crimes violentos e níveis particularmente altos de violência armada e de homicídio. O número de homicídios no Brasil aumentou seis vezes de 1980 a 2010. Em 2002 houve uma estabilização, mas houve também uma concentração de criminalidade no Norte e Nordeste. Existem diferenças entre os índices de criminalidade dentro do país; enquanto em São Paulo a taxa de homicídios registrada em 2010 foi de 13,9 mortes por 100 mil habitantes, em Alagoas esse índice foi de 66,8.
Em 2013, foram registradas 25,8 mortes para cada 100 mil habitantes, uma das mais altas taxas de homicídios intencionais do mundo. O país perde muito com isso, calculando puramente de um ponto de vista monetário dá pra se ter uma ideia do custo de um assassinato. O Banco Interamericano de Desenvolvimento realiza o cálculo levando em conta prejuízos materiais, tratamentos médicos e horas de trabalho perdidas, o crime no Brasil rouba cerca de 10% do PIB nacional.
Segundo especialistas o país enfrenta uma série de problemas que levam a essa situação. Boa parte da sociedade brasileira não tem condições mínimas estruturais como boas moradias e boas escolas, aumentando o risco de criminalidade. Há também a desigualdade social, que de acordo com especialistas a criminalidade tem mais relação com as diferenças entre as camadas da sociedade do que com a pobreza em si. Ou seja, muitos ganhando pouco e poucos ganhando muito criam-se uma espécie de bomba-relógio, com a melhoria econômica e consequentemente um acessos a determinados bens e uma cultura de consumo de marcas, o número de roubos e latrocínios tende a crescer.
Em 2011, o Brasil passou o Reino Unido e se tornou o sexto maior PIB do mundo, e perdeu esta posição em 2012.
Na faixa etária de 15 entre 24 anos, foram de 18.599 mortes, em média de 51,6 por 100 mil. Entre 2002 e 2005, 3.970 pessoas foram mortas por policiais no Rio de Janeiro e, em de São Paulo, 3.009. Estudos apontam também, um aumento dos conflitos rurais que passaram de 925 em 2002 para 1.881 em 2005. O número de mortes nessas disputas quase duplicou no período, subindo para 102 vítimas.
As duas maiores cidades de Minas Gerais, Belo Horizonte e Uberlândia tiveram números de assassinatos similares no ano de 2012, em Uberlândia, o índice foi de 32,95 mortes, considerando a estimativa populacional de 619,5 mil habitantes (IBGE/2012). Já na capital mineira, o índice foi de 33,23 homicídios e latrocínios, enquanto em São Paulo que é a maior cidade do país foram contabilizadas 14,04 mortes para cada grupo de 100 mil moradores.
Principais causas de homicídios no Brasil
Segundo o III Relatório Nacional sobre Direitos Humanos no Brasil, a ineficácia do Estado perante o aumento da violência gera ainda mais violações de direitos humanos e impunidade, além de aumentar o sentimento de insegurança e revolta da população.
No Brasil 25% a 80% dos homicídios são cometidos por impulso ou motivo fútil.
Em quase todos os países do mundo, assim como no Brasil, as principais causas de mortes entre as pessoas são doenças como as cardíacas, isquêmicas, acidentes vasculares cerebrais, câncer, diarreias e HIV. Mas, outro fator vem ganhando as primeiras posições nas últimas décadas: o da violência. Segundo dados da Vigilância de Violências e Acidentes do Sistema Único de Saúde, o homicídio tem ficado em terceiro lugar do ranking de causas de mortes dos brasileiros e, estratificando-se pela faixa etária de 1 a 39 anos, este número alcança a 1ª posição.
Há constatações, através de estudos, que mostram que os homicídios no Brasil têm cor, sexo e idade. Isto é, ele não é distribuído de forma homogênea pela população. Alguns grupos sociais são mais vulneráveis a serem vítimas de homicídios. Os negros no país morrem quase duas vezes mais do que os brancos. Entre os anos de 2002 e 2008, o número de homicídios de vítimas brancas cai no país, enquanto sobe o número de vítimas de negras.
Segundo o estudo, no ano de 2002, morriam 45,8% a mais de negros do que de brancos, em 2005 esse número sobe para 67,1% e, em 2008, atinge o ápice de 103,4%, o que significa que para cada branco morto morrem dois negros.
“Várias pesquisas, há muito tempo, têm mostrado que as vítimas são preferencial jovens, negros e solteiros. No estudo realizado pela LAV-UERJ em parcerias com as outras instituições, é possível perceber que os adolescentes negros têm quase três vezes mais chances de serem vítimas de
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