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Economia Ortodoxa

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Por:   •  26/3/2015  •  567 Palavras (3 Páginas)  •  316 Visualizações

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Economia Ortodoxa versus Economia Heterodoxa

A ciência econômica como sendo uma ciência eminentemente social, diverge das ciências naturais pelo facto de não possuir regras e leis fixas. Isto permite que as várias escolas de pensamento econômicos – clássicos, neoclássicos, novo-clássicos, keynesianos e pós-keynesianos, monetaristas, (entre outros) – construam teorias que são antagônicas entre si. Convêm, nesse caso, distinguir Ortodoxia de Heterodoxia, portanto, duas doutrinas econômicas distintas.

A Doutrina Ortodoxa compreende todos os pensadores da escola clássica e neoclássica. Defendem a neutralidade da moeda, ou seja, que a moeda não interfere no lado real da economia (Produção) e, também acreditam no equilíbrio econômico de pleno emprego de um mercado livre. A lei de Say é um elemento básico da teoria ortodoxa, no qual, toda a oferta cria a sua própria demanda, não havendo possibilidade de superprodução e desemprego involuntário. Então, se isso é verídico, como podemos explicar a crise de 1929? Certamente, esta teoria apresenta falhas.

Os Ortodoxos em relação à política econômica, defendem a não intervenção do Estado na economia. Acreditam que para uma nação crescer de forma sustentada é necessário controlar a inflação, por meio de políticas fiscais e monetárias contracionistas, onde o governo deve reduzir os gastos para conter a demanda global. Lembrando que a política fiscal engloba as receitas (impostos e tributos) e os gastos estatais, ao passo que a política monetária trata de controlar a quantidade de moeda em circulação e a inflação, de um modo geral.

De outro lado temos a Doutrina Heterodoxa que está em constante desacordo com a ortodoxia. Engloba-se a esta teoria, principalmente, os keynesianos e pós keynesianos. Os heterodoxos destacam o papel do Estado, como agente regulador e capaz de promover o crescimento econômico. A idéia principal desta teoria é que, o sistema não tende de forma automática ao pleno emprego dos recursos, isto é, o pleno emprego é uma possibilidade.

O Estado deve assim, preocupar-se em fazer crescer a economia e, por conseguinte, controlar a inflação. O controle inflacionário dá-se por meio de medidas como a regulação de preços, salários, contratos e câmbio. O governo pode estimular o crescimento econômico através do aumento dos gastos públicos (não financiados pelo aumento dos impostos).

Alguns economistas heterodoxos, como Steve Cohn (Knox College, USA), têm tentado fazer três coisas; (1) identificar idéias compartilhadas que gerem um padrão de crítica heterodoxa através de tópicos e capítulos de textos didáticos introdutórios de macroeconomia; (2) dar atenção especial a idéias que liguem diferenças metodológicas com diferenças em relação à formulação de políticas; e (3) caracterizar as semelhanças de maneira que permita que paradigmas distintos desenvolvam diferenças comuns com a economia dos livros didáticos de diferentes formas.

Associados aos heterodoxos encontramos os denominados Estruturalistas, que acreditam que o Estado tem papel importante na economia, além do social. No entanto, o Estado passa a ser não apenas promotor do crescimento econômico, mas também do desenvolvimento econômico, isto é, do crescimento com melhoria nas condições de vida da população em geral.

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